As operadoras celulares têm uma nova oportunidade de geração de receita: a validação de identidade de seus assinantes para serviços de terceiros.
Trata-se de um mercado novo, com potencial de gerar US$ 17 bilhões em receita acumulada ao longo dos próximos cinco anos, de acordo com projeção da GSM Association.
O assunto foi apresentado pelo gerente de alianças estratégicas da entidade, Rafael Diaz, durante o Forum Mobile+, 25 de outubro, em São Paulo.
As teles têm em suas mãos diversos dados sobre seus assinantes que podem ser usados para confirmar sua identidade, o que é extremamente valioso para serviços de pagamento digital, por exemplo.
Atualmente, as bandeiras de cartão de crédito cobram de lojas virtuais como a Amazon uma taxa três vezes maior para pagamentos remotos do que aquela cobrada para pagamentos presenciais. Isso se deve ao risco de fraude nessa forma de pagamento.
No ano passado, nos EUA, estima-se em US$ 10 bilhões as transações fraudulentas com pagamentos remotos. A solução poderia estar na oferta por parte das operadoras móveis de um serviço de validação de identidade do comprador que atendesse aos requisitos das bandeiras de cartão equivalentes a um pagamento presencial.
“Poderia ser a digitação de um PIN ou a verificação de dados que somente o usuário possa responder”, explica Diaz.
Um primeiro teste piloto será conduzido no ano que vem com uma grande operadora canadense.
Segundo Diaz, hoje o usuário médio administra 26 logins e cinco senhas. As teles também poderiam atuar como um administrador de identidade, tal como faz hoje o Facebook para diversos aplicativos.
A Orange, na França, já presta esse serviço. Isso reduz problemas de segurança, pois muita gente escolhe senhas fáceis para novos serviços. “A senha mais comum em inglês é ‘password’, seguida de ‘123456’”, relata.
Outro uso para as operadoras móveis é servir como uma segunda camada de autenticação, como fazem alguns bancos, que adotaram o chamado “token móvel”. Para concluir uma transação, o usuário precisa realizar determinada interação com o seu celular, via SMS ou QR code, por exemplo. Mas poderia ser, no futuro, o uso de dados biométricos guardados no SIMcard.
Entre as vantagens de se adotar o celular como ferramenta de validação de identidades, Diaz cita os seguintes fatores: a ubiquidade (há quase 7 bilhões de linhas móveis no mundo); a mobilidade (o usuário leva o celular consigo para todo lugar); a redução de custos; a possibilidade de gerenciamento remoto; e a segurança.
Para as operadoras, a principal vantagem é ter uma nova fonte de receita, além de reduzir o churn.
Fonte: mobiletime
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