Revisado em 7 de novembro
Conferência reúne representantes do Mercosul, União Europeia e governo brasileiro em meio a desafios do comércio internacional frente a taxações e a busca por novos acordos comerciais
Nesta quinta-feira, 6 de novembro, o Rio de Janeiro recebe a V Conferência Internacional de Comércio e Serviços do Mercosul (CI25), promovida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O evento será realizado na sede da CNC, localizada na Avenida General Justo, no centro da capital fluminense com autoridades dos países do Mercosul, da União Europeia e de parceiros estratégicos.
A conferência acontece em um momento de atenção às barreiras comerciais e medidas de taxação adotadas por diversos países. Segundo matéria publicada pelo Jornal do Comércio, o objetivo da CNC é “construir pontes e não barreiras”, promovendo o diálogo entre governos e setor privado para fortalecer o comércio exterior brasileiro e ampliar parcerias internacionais.
Ao longo do dia, serão discutidos temas como a diversificação de mercados, a ampliação de acordos comerciais, o papel das cadeias produtivas regionais, os desafios logísticos e regulatórios, e as oportunidades de cooperação entre blocos econômicos. A programação inclui painéis com especialistas e autoridades que abordarão estratégias para aumentar a competitividade do Brasil no cenário internacional, com foco em soluções conjuntas para superar entraves comerciais e promover o desenvolvimento sustentável.
Tecnologia como apoio à integração regional
Embora o foco do evento esteja na articulação comercial com outras nações, a tecnologia aparece como um dos instrumentos que podem contribuir para esse processo, especialmente no contexto do Mercosul. A digitalização de documentos, a interoperabilidade de sistemas e o uso de assinaturas eletrônicas são exemplos de soluções que ajudam a reduzir custos e aumentar a eficiência nas relações internacionais.
O Crypto ID conversou com Enylson Camolesi, diretor-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), sobre como a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil pode contribuir nesse cenário.
E, em entrevista ao portal Crypto ID no dia 5 de novembro, véspera da CI25, Enylson Camolesi destacou os impactos do acordo de reconhecimento mútuo de assinaturas eletrônicas entre os países como os que formam o bloco do Mercosul.

“É relevante este encontro e destaco a importância de lembrar que o acordo do Mercosul foi regulamentado pelo governo brasileiro em janeiro deste ano. Há um acordo de interoperabilidade entre o Brasil e os países do bloco de reconhecimento mútuo de assinaturas em documentos eletrônicos. Isso já vem trazendo bons resultados.
O Instituto Nacional da Tecnologia da Informação, o ITI, que atua como a Autoridade Certificadora Raiz da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), mantém a lista de confiança das entidades que são provedoras desse tipo de assinatura nos países do bloco, e essa interoperabilidade já produziu efeitos que podem ser observados na validação de documentos eletrônicos. Hoje estamos validando em torno de quatro milhões de assinaturas em documentos eletrônicos por mês, e três por cento desse montante vem do Mercosul. Estamos falando de 120 mil validações por mês, e essa cifra mostra o potencial que temos diante de nós, para fortalecer o comércio e as demais relações.
E onde isso impacta? Impacta positivamente na redução dos custos operacionais, muitas vezes em operações de importação e exportação ou no dia-a-dia da vida dos cidadãos residentes nos países do bloco, quando necessitam da validação de algum documento, de algum histórico escolar, de algum documento eletrônico que deva ser validado entre as partes para permitir a movimentação das pessoas, dos negócios. Nós, do ITI e do governo brasileiro, acreditamos que esse acordo de reconhecimento mútuo com o Mercosul teve um reflexo positivo imediato, seja na redução do custo Brasil e seja na criação de facilidades para o exercício pleno da cidadania. E a tendência é de crescimento do uso dessas assinaturas reconhecidas pelos países do bloco”, disse Enylson Camolesi, diretor-presidente do ITI.
Quando perguntamos sobre as iniciativas relacionadas ao reconhecimento mútuo das assinatura eletrônica junto a União Europeia Enylson declarou que “sobre as articulações junto à UE, o acordo segue em ritmo acelerado, com as entidades evoluindo na reciprocidade dos protocolos exigidos, principalmente na adequação das regras para a interoperabilidade das listas de confiança.”
A conferência se concentrará na construção de parcerias comerciais estratégicas e na superação de obstáculos regulatórios, com a tecnologia atuando como ferramenta complementar nesse esforço.
Com informações do Jornal do Comércio via Portal do Comércio
Assinado Acordo sobre Comércio Eletrônico do MERCOSUL
Aduanas do Mercosul já estão conectadas pelo blockchain
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