O ChatGPT talvez seja uma ferramenta que preencha a necessidade de uma compreensão mais amigável e precisa das informações
Por Carolina Vieira
A humanidade tem sido transformada pela tecnologia ao longo da história.
Desde as rudimentares ferramentas usadas pelos nossos ancestrais, passando pelas revoluções industrial e digital, superamos inúmeros processos disruptivos.
Aprendemos com cada um destes ciclos, que nos impulsionaram para irmos cada vez mais longe.
O ambiente acadêmico é terreno fértil para a inovação. É importante que estudantes e instituições estejam preparados para essas mudanças e compreendam como elas podem afetar o nosso dia a dia.
O ChatGPT, uma ferramenta de inteligência computacional treinada pela empresa OpenAI, que tem sido amplamente discutida em todo o mundo, com longos debates, repletos de argumentos, sobre os seus prós e contras.
Questionar o impacto negativo da tecnologia é compreensível, mas resistir ao seu avanço é lutar contra a corrente da modernidade. Embora a pauta suscite preocupações, ela precisa ser enfrentada.
O ChatGPT talvez seja uma ferramenta que preencha a necessidade de uma compreensão mais amigável e precisa das informações.
Ele pode ter um impacto significativo no aprendizado, ao oferecer um conjunto de informações já exploradas sobre determinado assunto.
O próximo passo, no entanto, aquele capaz de surpreender e inovar, ainda deve exigir a participação humana, sempre.
Além disso, esse novo mundo da tecnologia vai muito além do ChatGPT e inclui outras AIs, capazes de gerar imagens e muito mais. Essas tecnologias podem ser valiosas para o futuro da educação.
Ao contrário de simplesmente copiar e colar informações da internet, o conhecimento profundo para a escolha e avaliação das informações construídas pelo ChatGPT ainda é uma habilidade intrinsecamente humana, que não pode ser substituída pela automação.
Assim como o estilo de escrita, inerente de qualquer autor. O que é, aliás, bastante reconhecido pelo professor que acompanha de perto seus alunos e suas produções.
É compreensível que esse novo universo que se descortina estimule velhos debates, como o fim de algumas profissões.
Pode ser que isso realmente aconteça, mas outras carreiras, novinhas em folha, com as quais ainda nem sonhamos, também surgirão fruto do avanço tecnológico.
Como é o caso de estudos de inserções de informações e comandos na ferramenta, algo que tem sido estudado na atualidade.
Cabe a nós, educadores, repensar a forma como o aprendizado será conduzido nesse novo ambiente. Eu ainda acredito que conhecimento passa por uma experiência direta dos alunos com pesquisas e experimentos concretos durante as aulas, bem como por conteúdos criados com base em conhecimentos concebidos e testados na instituição de ensino, como no uso de laboratórios para pesquisas em biologia e química, por exemplo.
Nesse ponto, instituições conteudistas devem enfrentar dificuldades enquanto aquelas que valorizam a pesquisa e o processo de construção do conhecimento tendem a olhar para as novas tecnologias como aliadas do processo de aprendizagem.
É inegável que a chegada do ChatGPT mudará a forma como utilizamos os computadores. É possível que ele seja tão conhecido no futuro quanto outros nomes que já nos acostumamos a ouvir, como Google, mas o fato é que esse passo é fundamental para a evolução humana.
Também é válido considerar que a ferramenta será a base para sistemas operacionais, como é o caso da integração com o Windows e com o Bing, defendidos pela Microsoft.
O ChatGPT nos permitirá construir um futuro ainda melhor e acelerar o progresso científico. Devemos estar prontos para aproveitar ao máximo as oportunidades que essa tecnologia oferece, a fim de alcançar um avanço cada vez maior.
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