O painel de encerramento do primeiro dia do IT Forum X reuniu alguns dos principais CEOs de empresas do país para discutir o tema “Inovar: o imperativo do século”
O debate contou com a mediação de Sérgio Alexandre Simões, sócio da PwC, e a com a presença de Rodrigo Galvão, presidente da Oracle, Paulo Kakinoff, presidente da GOL, Cris Gomes, CEO da CCR Aeroportos, Jânyo Diniz, presidente do Grupo Ser Educacional, e Nader Fares, CEO das Lojas Marabraz.
Em uma apresentação inicial, Sérgio Simões fez um preâmbulo para discutir o que é inovação hoje em dia, em um ambiente onde cada vez mais existe a integração entre corporações e startups. Ao mesmo tempo, apenas 10% dos CEOs de grandes empresas brasileiras se consideram líderes de inovação, e só 13% dos CEOs de startups dizem que estão lucrando.
Os palestrantes então discutiram o conceito de inovação de uma forma geral e em suas respectivas áreas. Jânyo Diniz, por exemplo, falou sobre o crescimento do ensino à distância. “Hoje, 30% do ensino superior é à distância, com previsão de 50% em dois anos”, afirmou. “O modelo de inovação não deve ser pensado do ponto de vista apenas da tecnologia. É uma ferramenta que deve ser aplicada de forma gradual e atendendo a necessidade do usuário.”
Ser humano sempre no centro
Para Nader Fares, inovar é transformar. Segundo ele, sua empresa pensa em inovação como um tripé: impactar processo, produtos ou pessoas. “Inovar é trabalhar esse espectro e transformar algo dentro desse espectro. Para nós, a tecnologia tem sido o que mais permite inovar na empresa nos últimos anos”, disse, citando startups e serviços digitais, por exemplo. Já Rodrigo Galvão abordou a tecnologia como ferramenta para resolver problemas e o papel do ser humano nisso.
“No fim da discussão, apesar de a tecnologia ser esse grande motor propulsor da sociedade, o ser humano está no centro. Uma transformação digital passa por uma transformação cultural”, disse.
Cristiane Gomes e Paulo Kakinoff deram exemplos práticos de como grandes empresas, que têm processos mais demorados e até nocivos no ambiente de experimentação, são capazes de ganhar agilidade na busca de soluções. Entre elas, a criação de startups ou ferramentas independentes em busca de inovação.
“A grande dificuldade para uma empresa grande com uma cultura bastante enraizada é a coragem de criar esse ambiente [de inovação]”, afirmou Cristiane.
Fonte: IT Forum X