Gileno Barreto apresentou a plataforma Gov.br durante o G-Stic, evento que reúne empresas, líderes sociais e econômicos para criar soluções positivas para economia
O presidente do Serpro, Gileno Barreto, participou na madrugada desta quarta-feira, 19, da conferência Democratisation of technology: living the change in a post-pandemic world (Democratização da tecnologia: vivendo as mudanças em mundo pós-pandêmico), durante o G-Stic, The Global Sustainable Technology and Innovation Commuity (Comunidade Global sustentável de Tecnologia e Inovação), destacando como a plataforma Gov.br inseriu o Brasil entre as 10 nações que mais avançaram em tecnologia digital e contribuiu para que o país enfrentasse a pandemia.
O evento teve início no domingo, 16, e seguiu até hoje, 19 de janeiro, no Dubai Exhibition Centre, o mais moderno espaço de eventos de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
A participação foi online. Conduzida por Sandra Piesik, diretora da 3 Ideas B.V, participantes de seis países e instituições públicas, privadas e não-governamentais mostraram diferentes ângulos e situações de enfrentamento à pandemia.
“A perspectiva de uma recuperação verde pós-covid oferece oportunidades para moldar nosso futuro de forma mais sustentável e equitativa. Viver essa mudança impõe mudar nossa mentalidade e reavaliar nossas relações com a natureza e uns com os outros”. pontuou Piesik.
Em sua fala, o presidente Gileno destacou a importância da plataforma Gov.br para a transformação digital do país, realizada pelo Governo Federal.
“Hoje, entregamos quase 5 mil serviços, 73% deles totalmente digital, para mais de 119 milhões de brasileiros, facilitando o relacionamento do cidadão com o Governo. A plataforma Gov.br possibilitou que o brasileiro tenha, em um só lugar, com um acesso único e centralizado, todas as informações e serviços governamentais, de forma segura, garantida por mecanismos de validação biométrica e atendendo aos requisitos de privacidade. Tudo com tecnologia de ponta”, destacou Gileno.
A plataforma desenvolvida pelo Serpro está presente em praticamente todos os serviços do Governo Federal, desde as que se relacionam com a saúde do cidadão, como o Cartão Nacional de Vacinação, emissão de Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, até registros de doação de órgãos.
“Em plena pandemia, nossa tecnologia contribuiu para que ações sociais de auxílio financeiro pudessem acontecer, como a criação de mais de 30 milhões de contas bancárias digitais, impactando 120 milhões de pessoas e isso em menos de 30 dias”, frisou Gileno, elencando ainda a função da autenticação do Gov.br para acessar as soluções digitais de trânsito, relacionamento com a Receita Federal e prova de vida para beneficiários do sistema de previdência pública.
Equidade digital
Entretanto, o salto tecnológico que o Brasil vivencia não é o mesmo para muitos países conforme pontuou a conferencista Nibal Idlebi, especialista em tecnologia para o desenvolvimento, governo digital e sociedade do conhecimento e chefe de Inovação da Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental (UN-ESCWA).
Segundo ela, a tecnologia digital é crucial para o desenvolvimento de qualquer nação e sua importância foi ressaltada durante a pandemia.
“O papel da tecnologia digital foi vital para apoiar a continuidade dos negócios, atividades empresariais, educação, entretenimento e socialização das pessoas durante o isolamento, inclusive para prover serviços básicos de Estado para os cidadãos”.
Por outro lado, Idlebi apontou gaps de vulnerabilidades que ficaram evidentes no período, como por exemplo, o fato de que apenas 63% da população mundial tem acesso à Internet, restando quase 3 bilhões de pessoas completamente offline.
“Esse percentual é ainda menor nos países africanos, onde a Internet alcança apenas 33% da população. 96% das pessoas que estão offline vivem em países em desenvolvimento. Mas até mesmo nos países desenvolvidos há desníveis entre áreas rurais e urbanas e até mesmo em grupos sociais como gêneros, idade e classe social. A inclusão digital é a estratégia para alcançar a equidade digital. Não apenas o acesso à internet e dispositivos de banda larga para todos, mas também o treinamento em alfabetização digital, suporte técnico de qualidade e conteúdo online que permite a autossuficiência”, concluiu.
Tecnologia, desenvolvimento e sustentabilidade
Apesar de reconhecer a importância da tecnologia para o desenvolvimento, a gerente de projetos no Fronteiras de Resiliência, da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC), Marcela Main, chama a atenção para o uso massivo de recursos que possam interferir nas mudanças climáticas.
“Alcançados os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), talvez tenhamos que voltar à prancheta para corrigir novas disparidades de bem-estar, criadas por nós mesmos. Novas tecnologias como criptomoedas e blockchain são ferramentas de uso intensivo de energia,” alerta a especialista.
De outro modo, Mariam Al-Foudery, CMO do grupo Agility, vê com entusiasmo o crescimento das ferramentas digitais. “As pequenas e médias empresas representam dois terços de todos os empregos em todo o mundo, mas menos de um terço das exportações mundiais. A tecnologia está nivelando o campo de jogo, e a pandemia atuou como acelerador dessa condição”, frisa a empresária.
Já o economista Paul Donovan, diretor administrativo e economista-chefe da UBS, uma das principais empresas globais de gestão de fortunas, banco de investimento, gestão e corretagem de valores mobiliários e de investimentos, faz a reflexão sobre tecnologia tirânica e democratização digital.
Para ele, “não é a tecnologia que é vital para criar eficiência econômica e ambiental, mas a forma como usamos essa tecnologia”, finaliza.
Sobre o G-Stic
A Conferência Global de Tecnologia Sustentável e Inovação G-Stic (Global Sustainable Technology and Inovation Conference) é referência internacional no debate que relaciona ciência, tecnologia e informação e a Agenda 2030. Esta edição de 2022, que acontece em Dubai, discutiu a importância da ciência, tecnologia e inovação para criar resiliência, recuperar o planeta dos impactos da Covid-19 e prepará-lo para enfrentar futuras crises de saúde, inclusive as decorrentes dos problemas ambientais.
O G-Stic realiza-se desde 2017 e compreende uma série de conferências globais voltadas a buscar, disseminar e acelerar o desenvolvimento e a aplicação de soluções tecnológicas sustentáveis do ponto de vista econômico e social, tomando como norte a concretização dos ODSs. Com apoio das Nações Unidas, o G-Stic reúne uma comunidade de especialistas “orientados para ação”.
G-Stic no Brasil
Com participação de cerca de 140 países, o evento desperta a atenção para como ciência, tecnologia e inovação foram desafiadas durante a pandemia de Covid-19, ao mesmo tempo em que foram reconhecidas como parte essencial da solução para este e futuros eventos. Para os organizadores do evento, a tecnologia por si só não substitui ou compensa outras medidas de saúde pública, mas tem papel cada vez mais crítico a desempenhar nas respostas a emergências. Ao final desta edição de 2022, foi anunciado que a próxima edição do G-Stic acontecerá no Brasil, em fevereiro de 2023.
Fonte: Serpro
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