Por André Brunetta
O potencial de agilidade, transparência e sustentabilidade das govtechs resulta em economia significativa de papel, combustível e protocolos
O Brasil vem provando, progressivamente, que tem sim condições para promover grandes avanços tecnológicos e se tornar referência quando falamos em govtechs.
Nós já somos vistos em diferentes rankings internacionais como uma das nações mais empreendedoras da América Latina, e agora, mais do que nunca, estamos a caminho de alinhar a oferta de govtechs à demanda dos governos do país. É claro que ainda temos um longo caminho pela frente, e alguns desafios para serem superados, mas o futuro é otimista.
De acordo com o relatório “As startups Govtech e o Futuro do Governo no Brasil”, existem atualmente cerca de 1,5 mil startups com potencial para o mercado deste segmento, visto que 80 delas já trabalham de maneira consistente junto ao setor público.
Pense que até três anos atrás ainda não se falava sobre esse conceito, e hoje já existem soluções inovadoras de baixo custo e impacto profundo aos desafios cotidianos, enfrentados tanto pelos governos, quanto pelos cidadãos.
As transformações que temos vivido por conta dos efeitos da pandemia, principalmente no último ano, confirmam que as tecnologias digitais podem levar à extinção no uso do papel nos procedimentos burocráticos, sejam eles estatais ou privados.
Essa discussão se torna tão importante visto que impacta diretamente o sistema público e a população, uma vez que o potencial de agilidade, transparência e sustentabilidade das govtechs resulta em economia significativa de papel, combustível e protocolos.
É preciso considerar, também, que as empresas que fazem investimentos em tecnologia se beneficiam igualmente disso.
Um estudo feito pela TNS Research apontou que as instituições que investem em tecnologia têm aumento na receita e crescem aproximadamente 60% a mais em comparação às empresas que descartam o investimento em tecnologia. E é diante desse cenário que a preocupação com os processos tecnológicos se estende aos órgãos públicos.
Não à toa, recentemente foi sancionado o novo marco legal das startups, que além de impactar diretamente o cenário das govtechs no país, confirma a capacidade brasileira de assumir o protagonismo na área.
Assim como a recém aprovada Lei do Governo Digital, que busca a digitalização, desburocratização e simplificação da gestão administrativa, por meio da inovação e uso de tecnologia.
Apesar de não solucionarem todos os problemas enfrentados pelo setor, não há dúvidas de que os últimos acontecimentos são fundamentais para traçar o caminho em busca do fim do papel e da burocracia. Temos motivos e provas suficientes para crer que caminhamos para um ambiente digital que torne o trabalho mais simples, transparente e sustentável.
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