Como DNS e PKI estão moldando a confiança digital entre agentes autônomos e identidades não humanas
À medida que a inteligência artificial avança, estamos entrando em uma nova era em que agentes autônomos — softwares que tomam decisões e executam tarefas sozinhos — começam a interagir entre si e com sistemas humanos. Isso levanta uma pergunta urgente: como saber com quem (ou com o quê) estamos falando?
Se no mundo físico usamos documentos de identidade e passaportes, no mundo digital a resposta passa por duas tecnologias já bem conhecidas: DNS (Sistema de Nomes de Domínio) e PKI (Infraestrutura de Chaves Públicas).
Por que isso importa agora?

Tradicionalmente, usamos DNS para localizar servidores e PKI para garantir que estamos nos conectando a um site ou serviço legítimo.
Mas agora, com a proliferação de identidades não humanas — como robôs de atendimento, bots de negociação, assistentes virtuais e agentes de IA — precisamos aplicar esses mesmos princípios a entidades que não são pessoas, mas que tomam decisões e executam ações em nosso nome.
O que dizem os especialistas?
Empresas líderes em segurança digital já estão se posicionando sobre esse novo cenário:
DigiCert lançou a plataforma DigiCert ONE, que integra DNS e PKI para criar uma base unificada de confiança digital. A ideia é permitir que máquinas e agentes de IA tenham identidades verificáveis, com certificados digitais e registros DNS que comprovem sua legitimidade.
Sectigo defende o uso de PKI privada para proteger identidades de dispositivos, aplicações e agentes internos. Com sua solução de PKI gerenciada, a empresa permite que organizações emitam certificados digitais para cada máquina ou agente, garantindo controle e isolamento seguro.
GlobalSign também aposta em PKI como base para autenticação de máquinas e automação segura. Sua plataforma gerenciada permite emitir, renovar e revogar certificados de forma centralizada, além de integrar com sistemas de autenticação multifator e gerenciamento de dispositivos.
O que está em jogo?
Sem uma identidade confiável, agentes de IA podem ser alvos de falsificação, manipulação ou uso indevido. Imagine um agente financeiro que executa ordens de compra e venda — como garantir que ele é legítimo e está autorizado? Ou um assistente virtual que acessa dados sensíveis — como impedir que um impostor se passe por ele?
A resposta está em criar um “passaporte digital” para cada agente, usando certificados digitais (PKI) para provar sua identidade e registros DNS para localizar e validar suas credenciais. Esse modelo já funciona para servidores e pode ser estendido para agentes de IA.
A identidade digital de máquinas e agentes autônomos não é mais um tema futurista — é uma necessidade atual. Empresas como DigiCert, Sectigo e GlobalSign estão liderando esse movimento, oferecendo soluções que combinam DNS e PKI para garantir confiança, segurança e governança.
Para quem trabalha com tecnologia, segurança ou transformação digital, vale a pena acompanhar esse debate. Afinal, em um mundo cada vez mais automatizado, saber quem está falando é o primeiro passo para confiar.
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