A expectativa se justifica com as possibilidades oferecidas pelo 5G a partir das ferramentas já existentes de IA e IoT
Por Ricardo Fiovaranti
Quando se trata de tecnologia, o varejo brasileiro sabe que não há mais escapatória. Independentemente do porte ou segmento, é essencial adotar soluções capazes de automatizar processos e melhorar a eficiência operacional.
Porém, a questão é saber quais tecnologias podem ser úteis para o dia a dia do negócio. Entre tantas opções disponíveis, algumas se destacam por entregarem aquilo que o varejista mais precisa. Isto é, informações acuradas, insights e inteligência na tomada de decisões.
Situações possíveis graças a uma combinação de conceitos que deve se aprofundar nos próximos meses: a chegada do 5G e a expansão da inteligência artificial e da internet das coisas.
A chegada do 5G ao Brasil está prevista para o segundo semestre de 2022 nas capitais estaduais. Com promessa de uma conexão ultrarrápida, projetos de omnicanalidade no varejo, possíveis com o princípio de conectividade entre diferentes objetos, se tornarão frequentes.
Além, é claro, das possibilidades de análises de informações provenientes de ferramentas de IA – algo que já está em alta no mercado global. Não à toa, pesquisa do Gartner aponta que o setor de software de inteligência artificial deve movimentar US$ 62,5 bilhões em 2022, um aumento de 21,3% em relação ao ano anterior.
A expectativa se justifica com as possibilidades oferecidas pelo 5G a partir das ferramentas já existentes de IA e IoT. Se a conexão proporcionada pela quinta geração de internet móvel promete ser 100 vezes mais rápida do que o 4G (que já causou uma revolução nos dados), é natural que vá entregar além daquilo que os profissionais já possuem.
Imagine, por exemplo, dados melhores e mais completos para ferramentas de IA, capazes de automatizar ainda mais o processo de análise. Ou ainda o fluxo de dados que circula entre os equipamentos, possibilitando extrair mais informações de outras ferramentas da loja, como provador virtual. Abrem-se novas oportunidades de negócios para todos.
A principal delas, evidentemente, consiste em melhorar a experiência do consumidor. A aceleração digital dos últimos dois anos colocou o tema no centro das lojas físicas. Afinal, com muitos comprando nos canais digitais, o nível de personalização aumentou significativamente.
As pessoas esperam que os estabelecimentos localizados nas ruas ou nos centros de compras entreguem a mesma comodidade e facilidade. Não há mais espaço para empresas que abordam seus clientes como uma massa uniforme com os mesmos desejos e necessidades. É preciso aprofundar essa relação, colocando a loja física em evidência independentemente do canal que a pessoa pretende concluir sua compra.
Isso leva ao segundo ponto que pode (e deve) ser incrementado com o 5G e as novas possibilidades de inteligência artificial e internet das coisas. O varejo precisa estender a jornada de compra do seu consumidor. Isso pode ser feito a partir da omnicanalidade, evidentemente, ao posicionar a marca em diferentes canais e ambientes digitais que a pessoa costuma frequentar.
Mas é possível fazer isso dentro da própria loja ao estipular diferentes perfis de compradores (como a identificação de jovens e adultos no fluxo de visitantes) e a criação de iniciativas que melhorem a permanência, como redução na fila do caixa, disposição de vitrines, entre outros.
O certo é que os próximos meses serão decisivos para o varejo brasileiro. A pandemia de covid-19 deixou as lojas físicas numa encruzilhada: ao mesmo tempo que sua importância foi reforçada na sociedade, também é preciso adotar uma série de mudanças para atender aos novos hábitos dos consumidores.
Não há mais retorno. Com o 5G batendo à porta no cenário brasileiro, passou da hora de os lojistas e empreendedores se adaptarem a estes novos tempos. Quanto mais rápido se acostumarem ao oceano de informações que virá nos próximos meses, mais rápido conseguirão atingir seus objetivos.
Sobre a FX Data Intelligence
A FX Data Intelligence é uma plataforma SaaS que fornece dados inteligentes para o varejo por meio de visão computacional dirigida por inteligência artificial. A empresa combina as informações coletadas na loja, como as características do fluxo, jornada de compra, tempo de fila, com outros dados como vendas, atratividade das vitrines entre outros KPIs definidos pelos clientes.
Dessa forma, o varejista consegue identificar a eficiência da operação, melhorar o investimento em marketing para aquisição de novos clientes e potencializar a gestão do time de vendas, tudo isso com foco na melhoria da performance do negócio. Criada em 2015, faz parte da HiPartners Capital & Work, grupo de empresários e investidores que investe em soluções disruptivas para o varejo.
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