Associação Brasileira da Internet das Coisas ABINC ressalta os carros como partes fundamentais dentro do ecossistema de cidades inteligentes
Até 2030, a cada dez veículos no mundo, um será carro autônomo, segundo relatório publicado recentemente pelo portal Statista. Esta realidade, que já vem sendo trabalhada por quase todas as montadoras, além de trazer muitos benefícios, promete reduzir acidentes, melhorar o trânsito e ajudar as pessoas em outras atividades durante os deslocamentos.
De acordo com análise da Associação Brasileira de Internet das Coisas ABINC, o mercado será altamente lucrativo e prevê um crescimento significativo nos próximos 20 anos.
“Esses carros são precursores para novas tecnologias emergentes e atuam como catalisadores nos desenvolvimentos tecnológicos dos automóveis para o IoT Automotivo.”
“Os veículos autônomos usam tecnologias como visão computacional, GPS, LIDAR (sistema permite cobrir uma área mais vasta, em 360° e RADAR. Além disso, são integrados com sistemas de controle avançados que podem interpretar as entradas sensoriais para evitar uma colisão ou detectar as placas de sinalização”, explica Alexandre Vargha, presidente do Comitê de Auto e Mobilidade da ABINC.
Ainda segundo o pesquisador e executivo, são as soluções que implementam produtos eletrônicos inteligentes e avançados junto com sensores em diversas partes do automóveis, chamados de IoT Automotivo, que os tornam em veículos autônomos eficientes e com nível de excelência em automação. Outras tecnologias como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML) também serão importantes para esse avanço no mercado automobilístico.
Nesse cenário, diversas startups de IoT Automotivo já estão desenvolvendo serviços e tecnologias essenciais para as montadoras, contribuindo com soluções inteligentes que já são utilizadas atualmente em alguns automóveis.
Por exemplo, o sistema capazes de manter-se na faixa em velocidade de cruzeiro e ajuda a evitar colisões, além de ajustes que são feitos na direção, no acelerador e nos freios, como também a autonomia de realizar baliza sem esforço do condutor.
Outro exemplo positivo são as soluções que possibilitam evitar situações de perigo e realizar frenagens de emergência. Esse aprimoramento de produtos, upgrades e a inovação impactam positivamente no crescimento para os novos players no ecossistema IoT automotivo.
Importância das iniciativas governamentais
Existem inúmeros fatores que irão impulsionar o mercado de veículos autônomos. Para o diretor da ABINC, o mais fundamental deles são as iniciativas governamentais. Com elas, é possível ter pesquisas intensivas e atividades de desenvolvimento para gerar tecnologia de condução autônoma, além de gerar investimentos crescentes no setor.
“Países como Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos já buscam estimular as pessoas a comprarem veículos elétricos e híbridos, oferecendo abatimento no pagamento de impostos e até mesmo gratuidade em estacionamentos e pedágios. É preciso que outras nações também realizem incentivos como esse, até mesmo para conseguirmos reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera por parte dos veículos convencionais”, argumenta.
Vargha avalia ainda que diversas empresas, em todo o mundo, estão colaborando para acelerar a expansão do mercado.
“São players que investem de forma maciça em P&D para fomentar o desenvolvimento da tecnologia juntamente com as grandes montadoras. Esse avanço – principalmente entre fabricantes de dispositivos semicondutores e provedores de soluções tecnológicas – é essencial para que as montadoras obtenham maior conhecimento técnico e possam reduzir o custo global de produção no futuro”, conclui.
Sobre a ABINC
A ABINC, Associação Brasileira de Internet das Coisas, foi fundada em dezembro de 2015 como uma organização sem fins lucrativos, por executivos e empreendedores do mercado de TI e Telecom.
A ideia nasceu da necessidade de se criar uma entidade que fosse legítima e representativa, de âmbito nacional, e que permitisse a atuação em todas as frentes do setor de Internet das Coisas.
A ABINC tem como objetivo incentivar a troca de informações e fomentar a atividade comercial entre associados; promover atividade de pesquisa e desenvolvimento; atuar junto às autoridades governamentais envolvidas no âmbito da Internet das Coisas e representar e fazer as parcerias internacionais com entidades do setor.
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