Empreendedores, gestores de políticas públicas, investidores, pesquisadores e organizações interessadas em colaborar com startups voltadas para o agronegócio contam agora com um mapeamento nacional das startups orientadas a prover soluções para o setor agropecuário.
A Embrapa, a SP Ventures e a consultoria Homo Ludens lançaram o “Radar Agtech Brasil 2019: Mapeamento das Startups do Setor Agro Brasileiro”, com o apoio do da StartAgro, da ACE e do Centro Universitário FEI.
O Radar, apresentado na sexta (30) em evento na Embrapa Informática Agropecuária (Campinas – SP), identifica a distribuição geográfica das AgTechs, segmento de atuação e categoria (antes, dentro e depois da porteira), além de disponibilizar informações sistematizadas sobre localização, website e contatos das empresas.
“As informações organizadas podem subsidiar os empreendedores na análise de oportunidades de negócios, buscando maior assertividade em suas estratégias de atuação. Consequentemente, trazem uma relevante contribuição para os ecossistemas de inovação no setor agropecuário brasileiro”, avalia o analista Cleidson Dias, da Secretaria de Inovação da Embrapa e um dos coordenadores do estudo.
Ao todo, 1125 startups foram validadas, analisadas e classificadas. Dentre os dados coletados, aproximadamente 90% das empresas voltadas ao agro estão nas regiões sul e sudeste do país.
As cidades que concentram o maior número delas são: São Paulo (262); Piracicaba (41); Campinas (38); Ribeirão Preto (37); Curitiba (36); Rio de Janeiro (35); Porto Alegre (29); Belo Horizonte (24); Florianópolis (21); Uberlândia (19); Goiânia (17); São José dos Campos (17); Londrina (15); Campo Grande (14); São Carlos (14), entre outras.
Para Francisco Jardim, sócio fundador da SP Ventures, o agronegócio está tão globalmente integrado a economia brasileira, que se tornou um importante aliado no crescimento do segmento.
“Desenvolver um raio-x das agtechs que fazem parte do nosso ecossistema nos ajuda a entender em que patamar estamos e o que podemos esperar das soluções que estão sendo desenvolvidas. Nosso principal objetivo é unirmos forças para auxiliar no desenvolvimento do setor e impulsionar negócios que tenham tecnologias inovadoras, com alto impacto e potencial de crescimento”, explica Jardim.
O relatório aponta também a distribuição das startups por regiões, sendo que a maioria está localizada na região Sudeste (738); seguido do Sul (261); Centro-Oeste (70); Nordeste (39) e, por fim, região Norte (17).
Já com relação aos dez principais Estados, São Paulo é o primeiro da lista, com 590 empresas mapeadas. Em seguida, aparecem Paraná (102); Minas Gerais (99); Rio Grande do Sul (89); Santa Catarina (70), Rio de Janeiro (41), Goiás (22); Mato Grosso (18); Mato Grosso do Sul (17) e Distrito Federal (13).
“Este radar mostra a riqueza do ecossistema, da fazenda ao garfo”, destaca Luiz Ojima Sakuda, sócio da Homo Ludens e professor do Centro Universitário FEI.
Parceiro da edição de 2018 com a SP Ventures, na qual foram mapeadas 338 startups, Sakuda também ressalta a importância da parceria dos setores para o estudo.
“A SP Ventures, a Embrapa e a Homo Ludens possuem fontes e pontos de vista de análise complementares, o que proporcionou um resultado mais rico. Além de disponibilizar o estudo e o quadro com todas as startups mapeadas, o site radaragtech.com.br ajudará as novas startups a literalmente no radar”.
O Raio-x das agtechs traz ainda informações sobre o tipo de serviço que é oferecido por elas. Para isso, a SP Ventures, Homo Ludens e Embrapa desenvolveram três frentes mapeadas – tecnologias para serem utilizadas antes da fazenda; soluções para dentro da fazenda; e inovações para depois da fazenda.
Entre os dados coletados, destacam-se que 391 tem soluções eficazes para utilização dentro da porteira e as demais oferecem tecnologias com aplicabilidade fora das propriedades rurais.
Acesse o estudo “Radar Agtech Brasil 2019: Mapeamento das Startups do Setor Agro Brasileiro“
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