Por Elias Rogério da Silva, Presidente da Diebold Nixdorf no Brasil
Conduzir os negócios de maneira socialmente responsável nunca foi tão importante como hoje.
Afinal de contas, não bastassem as urgentes discussões e questões relativas às mudanças climáticas e das necessárias mudanças sociais pelo mundo afora, ainda estamos em meio a uma pandemia global, com todos sendo diretamente impactados pelas mudanças impostas pela Covid-19. Ou seja, agir de forma sustentável, transparente, com ética e integridade deixou de ser apenas uma questão puramente de propósito.
Hoje, pensar nos efeitos e compromissos com o mundo é, também, uma decisão de negócio e o setor de tecnologia também será impactado por esse novo movimento.
Estamos vivendo um instante cujas mudanças estão colocando em xeque os velhos modelos sociais e de consumo. Precisamos entender isso o quanto antes, colocando a saúde e o bem-estar das pessoas, assim como a preservação do planeta, em primeiro lugar.
Não por acaso, uma série de pesquisas realizadas por Bancos, Fundos de Investimento e Bolsas Internacionais indicam que companhias que não adotarem políticas de ESG (Environmental, Social Governance, em inglês) perderão espaço e receita no futuro – sobretudo em momentos de crise.
De acordo com dados da MSCI, por exemplo, destaca que os fundos de investimento estão preferindo apoiar marcas com ações de ESG ativas, em relação às que ainda não têm planos de sustentabilidade, durante a pandemia de Covid-19.
O relatório indica que 77% dos investidores passaram a apoiar mais as companhias com foco em sustentabilidade.
Mas isso não acontece apenas por conta do coronavírus: outro estudo da mesma consultoria mostra que um terço dos maiores investidores institucionais considera as mudanças climáticas como o fator de maior impacto na forma como as empresas investirão nos próximos três a cinco anos. Na sequência estão pontos como a transformação social, foco em diversidade e inclusão.
Isso acontece, efetivamente, pois as pessoas estão no centro das decisões e demandando mais respostas do que nunca. O impulso para criar uma sociedade mais justa e sustentável está desafiando pessoas, governos e economias em escala global.
Os especialistas do setor preveem que, assim que passarmos da COVID-19, os consumidores e provedores de serviços financeiros valorizarão as iniciativas sociais e sustentáveis ainda mais à medida que trabalhamos juntos para fortalecer relacionamentos e construir comunidades fortes e vibrantes.
Nesse cenário, acreditamos que, ao exercer efetivamente nossa influência coletiva sobre o bem-estar social em níveis local, regional, nacional e global, poderemos ajudar a construir um futuro em que o varejo e o setor bancário terão condições de ajudar a criar, também, um mundo melhor, conectando e atendendo as pessoas em todos os lugares.
Temos visto uma crescente preocupação em relação ao desenvolvimento sustentável e é hora de agirmos, com o impulsionamento de ações dedicadas à construção de um ambiente que, de fato, agregue valor e segurança à sociedade como um todo.
Nesse sentido, é de se comemorar os resultados da recente pesquisa feita pelo Instituto de Defesa do Consumidor, o Idec, com a indicação de que todos os principais bancos e instituições financeiras de nosso País evoluíram nos quesitos de ESG.
Ainda assim, temos consciência de que a consolidação de políticas sustentáveis é um processo contínuo e que está longe do que almejamos. Por isso, é fundamental que estejamos prontos a estimular as iniciativas que ajudem a proposição de novos diálogos, trazendo cada vez mais atores e públicos às conversas, assim como também devemos aumentar o acesso às informações.
Os avanços que fizemos para solidificar o compromisso com o mundo e as gerações futuras passa pela necessidade de também propor e ouvir saídas e soluções para criarmos juntos um lugar onde a natureza seja preservada e que as pessoas e empresas tenham acesso às oportunidades para crescerem.
Além de produtos, nosso objetivo é também ser reconhecido pela integridade, ética e cuidado com a vida. Esse novo momento poderá beneficiar o setor de TI e as empresas que estiverem mais preparadas para esse movimento serão as que continuarão à frente do mercado. Vamos todos trabalhar para isso.
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