O Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, divulga as principais previsões de cibersegurança para este ano e 2024
De acordo com as mais recentes pesquisas, 50% dos diretores de segurança da informação (CISOs – Chief Information Security Officer) adotarão um design centrado no ser humano para reduzir os atritos operacionais da cibersegurança; as grandes empresas vão se concentrar na implementação de programas ’Zero Trust’; e metade dos líderes de cibersegurança tentará usar, sem sucesso, a quantificação dos riscos cibernéticos para direcionar a tomada de decisões corporativas.
“Não há dúvida de que os CISOs e suas equipes devem focar no que acontece hoje para garantir que suas organizações sejam mais seguras”, diz Richard Addiscott, Analista e Diretor Sênior do Gartner “
Mas esses executivos também precisam reservar um tempo para olhar além dos seus desafios diários, examinar o horizonte a identificar ameaças que podem impactar seus programas de segurança nos próximos anos.
Essas informações funcionam como um sinalizador e devem ser consideradas por qualquer CISO que busca criar um programa de cibersegurança eficaz e sustentável.”
O Gartner recomenda que os líderes de cibersegurança criem suas estratégias para os próximos dois anos em sintonia com essas 8 previsões:
– Até 2027, 50% dos CISOs adotarão formalmente práticas de design centradas no ser humano em seus programas de cibersegurança para minimizar o atrito operacional e maximizar a adoção de controle: Pesquisa do Gartner mostra que mais de 90% dos colaboradores que admitiram realizar uma série de ações inseguras durante o trabalho já sabiam que suas ações aumentariam o risco para a organização, mas o fizeram de qualquer maneira.
O design de segurança centrado no ser humano é modelado com o indivíduo – não na tecnologia, ameaça ou localização – como o foco e implementação de controle para minimizar o atrito.
– 10% das organizações vão usar com sucesso a privacidade como uma vantagem competitiva: As empresas estão começando a reconhecer que um programa de privacidade pode permitir que elas usem dados de forma mais ampla, diferenciando-se dos concorrentes e criando confiança com clientes, parceiros, investidores e órgãos reguladores.
O Gartner recomenda que os líderes de segurança apliquem um padrão de privacidade abrangente de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) para se destacarem em um mercado cada vez mais competitivo e crescerem sem obstáculos.
– Até 2026, 10% das grandes empresas terão um programa abrangente, maduro e mensurável de ’Zero Trust’ em vigor, acima dos menos de 1% hoje: Uma implementação de ’Zero Trust’ madura e abrangente exige integração e configuração de vários componentes, o que pode ser bastante técnico e complexo. O sucesso é altamente dependente da conversão em valor comercial.
Começando pequeno, uma mentalidade de ’Zero Trust’ em constante evolução facilita compreender os benefícios de um programa e gerenciar parte da complexidade em uma etapa de cada vez.
– Até 2027, 75% dos colaboradores adquirirão, modificarão ou criarão tecnologia fora da visibilidade da TI, acima dos 41% em 2022: Reenquadrar o modelo operacional de cibersegurança é a chave para as mudanças que estão por vir.
O Gartner recomenda pensar além da tecnologia e da automação para se envolver profundamente com os colaboradores, influenciar a tomada de decisões e garantir que eles tenham o conhecimento apropriado para agir de maneira informada.
– Até 2025, 50% dos líderes de cibersegurança tentarão, sem sucesso, usar a quantificação do risco cibernético para orientar a tomada de decisões corporativas: A pesquisa do Gartner indica que 62% das empresas que adotam a quantificação de ameaças citam ganhos leves em credibilidade e conscientização sobre o problema, mas apenas 36% alcançaram resultados baseados em ações, incluindo redução de riscos, economia de dinheiro ou influência real na decisão.
Os líderes de segurança devem concentrar o poder de fogo na quantificação de temas que os tomadores de decisão pedem, ao invés de produzir análises genéricas para tentar persuadir a empresa a se preocupar.
– Até 2025, quase metade dos líderes de cibersegurança mudará de emprego, dos quais 25% irão para funções diferentes, principalmente causa do estresse relacionado ao trabalho: Acelerado pela pandemia e escassez de pessoal em todo o setor, as pressões de trabalho do setor estão aumentando e se tornando insustentáveis.
O Gartner sugere que, embora eliminar esse problema seja irreal, os profissionais podem gerenciar trabalhos desafiadores e estressantes em empresas que oferecem apoio e são capazes de mudar as regras de engajamento para promover mudanças culturais.
– Até 2026, 70% dos Conselhos de Administração incluirão um membro com experiência em cibersegurança: Para que os líderes desse setor sejam reconhecidos como parceiros de negócios, eles precisam reconhecer o apetite pelo risco do Conselho de Administração e da companhia.
Isso significa não apenas mostrar como o programa de cibersegurança evita que coisas desfavoráveis aconteçam, mas também como melhora a capacidade da empresa de assumir riscos de maneira eficaz.
O Gartner recomenda que os CISOs se antecipem à mudança para promover e apoiar a cibersegurança via Conselho e estabelecer um relacionamento mais próximo no intuito de melhorar a confiança e o suporte.
– Até 2026, mais de 60% dos recursos de detecção, investigação e resposta a ameaças (TDIR – Threat Detection and Incident Response, do inglês) aproveitarão os dados de gerenciamento de exposição para validar e priorizar os riscos detectados, acima dos 5% atuais: À medida que as superfícies de ataque organizacional se expandem devido ao aumento da conectividade, assim como o uso de Software como Serviço (SaaS) e de aplicativos em Nuvem, as empresas exigem uma ampla gama de visibilidade e um local central para monitorar constantemente as ameaças e a exposição.
Os recursos TDIR podem fornecer uma plataforma unificada ou um ecossistema no qual a detecção, a investigação e a resposta podem ser gerenciadas, dando às equipes de operações de segurança uma visão completa dos riscos e de seu potencial impacto.
Sobre o Gartner
O Gartner, Inc. (NYSE: IT) é a principal empresa de pesquisa e consultoria do mundo. Destaca-se por fornecer insights, conselhos e ferramentas indispensáveis para líderes de negócios alcançarem suas prioridades de missão crítica e para desenvolverem organizações de sucesso no futuro.
A combinação incomparável de pesquisas com informações para a tomada de decisões mais inteligentes é liderada por especialistas que dominam os assuntos que mais importam para os negócios.
O Gartner oferece recursos confiáveis e atua como um parceiro fundamental para mais de 15.000 empresas de todos os setores. Atua com uma equipe de especialistas composta por mais de 16 mil associados, possui mais de 90 escritórios em todo o mundo e fatura US$ 4,7 bilhões ao ano.
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