A empresa italiana de tecnologia Hacking Team, que vende software de vigilância para governos, teve seus bancos de dados invadidos e vazados na internet no começo de julho. Foram divulgados pelos hackers mais de 400 Gigabytes de informações da empresa e dos seus funcionários, além de dados de clientes que contrataram os serviços da companhia.
De acordo com as informações, divulgadas pelo site WikiLeaks, a Polícia Federal brasileira, em 2014, teve interesse em contratar os serviços de vigilância dessa empresa, utilizados por governos como Etiópia, Sudão e Rússia. O vazamento da ação determinou uma reação em cadeia, conforme revela reportagem do portal Conjur, desta quarta-feira, 22/07.
De acordo com a ONG Repórteres sem Fronteiras, a empresa é “mercenária digital” e considerada “inimiga da internet”. O sistema de controle remoto oferecido por eles, chamado Da Vinci, quebra criptografia de e-mails, arquivos e ligações telefônicas. Com o uso do software, é possível acessar câmeras e microfones de forma remota, gravar ligações e usar o teclado, além de rastrear o uso da internet e a troca de mensagens.
Nesta terça-feira, 21/07, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) disse em comunicado que alguns países da região “são ou foram” clientes da Hacking Team e usam o software sem o devido respaldo legal. O órgão pede para as autoridades governamentais investigarem esses casos porque eles podem gerar prejuízo aos direitos à intimidade, à liberdade de pensamento e de expressão na região.
Em comunicado, a Hacking Team, sustenta que sempre vendeu seus software e operou dentro da lei. Segundo informações apuradas pelas reportagens internacionais, seriam clientes da empresa italiana governos do Egito, Marrocos, Nigéria, Chile, Colômbia, Equador, México, Estados Unidos, Mongólia, Coreia do Sul, Austrália, Alemanha, Itália e Espanha.
*Fonte: portal Conjur
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