O Home Office é uma tendência que cresceu muito nos últimos anos. Inicialmente, os principais argumentos por esse modelo são a flexibilização, melhora na qualidade de vida das equipes, otimização de espaços corporativos e escalabilidade
Por Alexis Rockenbach
Valorizado pelas gerações Y e Z, o home office tornou-se rapidamente uma política desejável por novos candidatos – especialmente em empresas de tecnologia, que se posicionam como inovadoras em suas práticas de gestão e eficiência.
Segundo a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt), entre 2016 e 2018, a adoção pelo home office no País, teve crescimento de 22%.
O ganho em qualidade de vida surge de formas diferentes: ganho de tempo para praticar exercício, fazer tarefas domésticas ou até mesmo dormir um pouco mais; melhorar mobilidade urbana; redução de despesas com espaço físico e custos associados; aumento da produtividade e atração e retenção de talentos.
Há ganhos secundários em saúde e bem-estar, como maior facilidade em controlar a alimentação, tempo de trabalho e menos riscos de se ver ilhado durante a hora do rush.
Diversas empresas ainda resistem a mudança, devido à radical transformação no formato de gestão necessária. Isso se mostra especialmente verdadeiro em países com culturas sociais e afetivas, como é o caso de grande parte do mundo latino.
Nas últimas semanas, porém, em decorrência da disseminação do COVID-19, o home office deixou de ser tendência e tornou-se uma necessidade. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), a expectativa é de que a situação dure aproximadamente de 30 a 60 dias e pode impactar a economia e pequenas e médias empresas.
Deste modo, enfrentar esse desafio sem afetar seus negócios negativamente e, principalmente, se mantendo seguro, só está sendo possível graças a tecnologia. Aqui temos mais um exemplo em que a cloud computing é a maior aliada.
A realidade de poder acessar de qualquer lugar arquivos que estejam hospedados na nuvem – assim como aplicações e plataformas de processamento de dados antes reservados a grandes mainframes , agora está sendo vivida por um número exponencialmente maior de trabalhadores.
Este é um momento de extrema sensibilidade, mas que pode ser uma revelação para empresas e gestores que antes viam o formato do home office com suspeita.
Não mais vemos a prática como exclusiva de empresas de tecnologias e grandes grupos. Segundo uma pesquisa realizada pela Brazil Small & Medium Business: ICT & Cloud Services Tracker, até 2019, 33% das pequenas e médias empresas brasileiras já faziam uso do cloud computing.
O fato é, que cada vez mais, a tecnologia se torna uma grande condutora para as garantias de vantagem competitiva no mercado. No cenário atual, onde grande parte das empresas seguem liberando os trabalhadores para o home office, os serviços digitais estão se fazendo essenciais.
Além disso, a cloud é uma opção extremamente segura quando se trata em dados da empresa. Isso porque os provedores de serviço são continuamente atualizados com as tecnologias mais inovadoras para a segurança de dados, desta forma, suas informações sigilosas ficam sempre protegidas.
Manter-se em casa é hoje a ação mais prudente para aqueles em áreas afetadas e a quem isso é uma opção. Por isso, nesse momento há uma grande movimentação por parte das empresas em adotar para seus profissionais o trabalho remoto. Independentemente do tamanho da companhia, a ideia é facilmente adaptável, já que o ambiente em nuvem é escalonável e elástico.
Exemplo disso é a Compasso, que possui um quadro de 1600 funcionários, onde quase sua totalidade está em casa, desempenhando seus trabalhos e, mais importante de tudo, seguros.
É nítido que o momento pede que os tomadores de opinião das empresas tenham uma abordagem inovadora ao oferecer novas formas de trabalho à sua equipe. Esse é o momento de nos solidarizarmos e pensarmos não só em nossas equipes ou clientes, mas na sociedade como um todo, e fazer escolhas que beneficiem a todos.
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