Pesquisa anual da Kyndryl com líderes empresariais brasileiros mostra que 92% esperam a transformação organizacional total pela Inteligência Artificial em 12 meses, enquanto metade da inovação é barrada por gargalos tecnológicos e a proteção de dados se torna prioridade em um cenário geopolítico complexo
A Kyndryl (NYSE: KD), líder mundial em serviços de tecnologia de missão crítica, lançou hoje a segunda edição de seu Kyndryl Readiness Report. O estudo, que consultou 3.700 executivos em 21 nações, incluindo o Brasil, delineia um momento de paradoxo: o retorno sobre os projetos de Inteligência Artificial (IA) está crescendo, mas as corporações enfrentam uma pressão intensa para modernizar suas bases de TI, acelerar a inovação, requalificar suas equipes e administrar os riscos em um ambiente regulatório cada vez mais disperso.
“O potencial de transformação da IA é inegável”, afirma Spencer Gracias, Diretor-Geral da Kyndryl Brasil. “No cenário brasileiro, 92% dos líderes estão convictos de que a IA vai remodelar por completo as funções corporativas no próximo ano, e o aporte médio em tecnologia de IA subiu 40% nos últimos doze meses. Contudo, esse ímpeto é confrontado por obstáculos: 43% mencionam a escassez de profissionais habilitados para gerir a IA, e para 50%, a inovação frequentemente é postergada por questões de infraestrutura. Ou seja, apesar da notável evolução da IA, a falta de preparo tecnológico e de talentos permanece como entrave crucial para o avanço das empresas no país.”
O relatório da Kyndryl do ano anterior já havia apontado uma lacuna entre a confiança e o preparo: 95% dos executivos consideravam sua infraestrutura de TI de ponta, mas apenas 49% a viam como preparada para riscos futuros. Essa dualidade persiste no cenário atual, conforme detalhado:
- Busca por Retorno e Estagnação no Piloto: 61% dos líderes brasileiros sentem mais cobrança por resultados concretos (ROI) nos investimentos em IA do que no ano passado. Além disso, 50% relatam que as iniciativas de inovação frequentemente não avançam após a fase inicial de prova de conceito.
- Aumento Sustentado de Capital em IA: O investimento médio em IA no Brasil aumentou 40% em relação ao período anterior, uma evidência de que as empresas mantêm a aposta na tecnologia, mesmo sob a crescente necessidade de demonstrar resultados. Paralelamente, metade dos entrevistados admite que sua arquitetura tecnológica atual retarda os esforços de inovação.
- IA e a Metamorfose da Força de Trabalho, com Déficit de Competências: 92% preveem uma “transformação completa” nos postos de trabalho em seus negócios nos próximos 12 meses. No entanto, somente 39% avaliam que seus colaboradores dispõem das competências técnicas exigidas.
Cibersegurança em Foco: A Proteção como Prioridade Máxima no Ciclo de IA
O crescimento dos investimentos empresariais em IA (40% de aumento no Brasil) vem acompanhado por uma pressão proporcional para que esse valor seja não apenas entregue, mas também protegido. Com 61% dos executivos exigindo maior ROI nos projetos de IA, a ciber-resiliência emerge como ação fundamental para mitigar riscos. Para 49% dos líderes, a resposta imediata é o investimento na implementação de medidas robustas de cibersegurança.
A Nuvem em Revisão: Impacto Geopolítico e Necessidade de Controle de Dados
Um número significativo de organizações está reavaliando suas abordagens de nuvem, impulsionadas por novas regras globais e pela preocupação crescente com a soberania de dados. No Brasil, 77% dos gestores expressam apreensão sobre os riscos geopolíticos inerentes ao armazenamento e manejo de dados em ambientes de nuvem globais. Em resposta, 62% das empresas brasileiras já fizeram alterações em suas táticas de nuvem, incluindo a revisão de políticas de governança de dados (48%), a migração de dados para infraestrutura interna (34%) e a escolha por provedores de tecnologia locais (29%). Tais movimentos sinalizam uma busca clara por maior segurança, conformidade e controle sobre os ativos de dados.
O Elemento Humano: Talento e Cultura como Condições para a Prontidão
Ao tentar ampliar a inovação, a preparação do capital humano se impõe como um desafio—e uma grande oportunidade. No Brasil, embora 9 em cada 10 reconheçam que a IA irá redefinir fundamentalmente os empregos no ano que se inicia, apenas 43% consideram sua equipe de trabalho apta a utilizar a tecnologia com eficácia. Globalmente, barreiras culturais também são comuns: quase metade dos CEOs indica que suas empresas sufocam a inovação (48%) e demoram a tomar decisões (45%).
Os “Pacesetters” (organizações mais ágeis identificadas no estudo) não apenas investem na tecnologia, mas priorizam cultura, capacitação e alinhamento da liderança. Em comparação com as empresas que ficam atrás nestes fatores, os “Pacesetters” demonstram maior preparo, sendo:
- 32 pontos percentuais menos propensos a ver a pilha tecnológica como um impedimento.
- 30 pontos percentuais mais propensos a afirmar que sua estratégia de nuvem se adapta a novas regulamentações.
- 20 pontos percentuais menos propensos a relatar uma interrupção ligada à cibersegurança no último ano.
Para acessar o relatório completo, visite o Kyndryl’s Readiness Report.
Metodologia
O Kyndryl Readiness Report 2025 combina dados de uma pesquisa com 3.700 líderes seniores e tomadores de decisão em 21 países com insights do Kyndryl Bridge, a plataforma digital aberta de integração e inteligência artificial da empresa. O relatório revela os fatores, barreiras e trade-offs que podem determinar o sucesso das organizações em proteger, sustentar e acelerar seu desempenho e preparar seus processos críticos para o futuro.
Sobre a Kyndryl
A Kyndryl (NYSE: KD) é uma empresa líder em serviços de tecnologia de missão crítica, oferecendo recursos de consultoria, implementação e serviços gerenciados para milhares de clientes em mais de 60 países. Como a maior provedora de serviços de infraestrutura de TI do mundo, a empresa projeta, constrói, gerencia e moderniza os complexos sistemas de informação dos quais o mundo depende todos os dias.
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