O documento digital, que deve ser adotado por todas as instituições de ensino superior até 2022, evita fraudes e permite economia de mais R$ 300 por certificado
A pandemia de Covid-19 expôs a urgência de colocar a transformação digital em prática em diversos setores, entre eles, a educação. Algumas ações iniciadas pré-pandemia se tornaram ainda mais necessárias nesse contexto. Uma delas é o projeto de Diploma Digital iniciado pelo Ministério da Educação (MEC) no final de 2018.
O objetivo da iniciativa é fazer com que todas as instituições de ensino superior do país acabem com o certificado em papel e adotem a versão digital.
O diploma é documento fundamental para que estudantes ingressem no mercado de trabalho na área escolhida. No entanto, com o modelo em papel, esse processo pode levar até 120 dias e exige que o graduando se desloque à instituição de ensino para buscar o documento.
Durante o período de distanciamento social, essa burocracia, além de gasto de tempo, representa um risco à saúde dos alunos, que precisam se expor ao vírus para ter acesso ao diploma.
Com a versão digital, a solicitação do diploma pode ser feita pelo próprio estudante por meio de smartphone ou computador, e é possível receber o documento sem sair de casa em tempo consideravelmente menor. De acordo com estimativas do MEC, a redução é de cerca de 120 para 15 dias.
A Universidade Federal de Santa Catarina, pioneira na emissão do documento digital, usa tecnologia de certificação digital desde 2019 para garantir a autenticidade do documento e a agilidade na emissão.
De acordo com Sérgio Roberto de Lima e Silva Filho, consultor comercial da BRy Tecnologia, empresa que em parceira com o Laboratório de Segurança em Computação (Labsec) ajudou a implementar o projeto na UFSC, dois recursos criptográficos tornam possíveis a digitalização dos diplomas.
“O carimbo do tempo, tecnologia que comprova data e hora em que o documento foi emitido, e o certificado digital, que garante a autenticidade do diploma” explica.
O carimbo do tempo é vinculado a fontes confiáveis conforme determina a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), que reúne normas técnicas de segurança usadas na certificação digital. É essa a garantia de que o documento terá validade jurídica a longo prazo, ou seja, poderá ser acessado muitos anos após a emissão.
Outra vantagem é a prevenção a fraudes, pois a criptografia tem mecanismos de segurança avançados e não é manipulada manualmente. Com a tecnologia, os diplomas devem ser emitidos por qualquer instituição do sistema de ensino federal.
A digitalização do diploma também traz benefícios para o meio ambiente, pois elimina o uso do papel. “É um ganho para o meio ambiente e para desburocratização da universidade”, afirma Sérgio.
O consultor também explica que a tecnologia é uma medida de combate à falsificação de diplomas, que pode acontecer com o modelo em papel. O diploma digital é armazenado no banco de dados da universidade e facilmente acessado sempre que necessário, inclusive para checar sua validade.
Outra vantagem é que os certificados podem ser armazenados com segurança em nuvem, o que permite que o acesso seja feito pelo computador, celular ou tablet.
Economia com Diploma Digital de R$ 48 milhões ao ano
Desde o início do uso do diploma digital, a UFSC economiza R$ 305,11 por diploma (a versão física custa R$ 390,26 enquanto a digital R$ 85,15). O MEC estima que, quando todas as universidades federais aderirem ao sistema, a economia deve ser de R$ 48 milhões/ano.
“A transformação digital contribui de diferentes formas, principalmente pela agilidade e por garantir mais segurança. Sem falar que os recursos podem ser investidos de uma melhor forma. As mesmas tecnologias utilizadas para emissão do diploma digital também podem apoiar a digitalização de outros processos nas instituições de ensino”, finaliza Sérgio.
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Sobre a BRy Tecnologia
Há 19 anos no mercado, a BRy Tecnologia atua na aplicação de protocolos criptográficos para tornar operações e negociações digitais mais seguras. Apostando constantemente em parcerias e no desenvolvimento de tecnologia, é referência em soluções para carimbo do tempo, assinatura e certificação digital, infraestrutura de chaves públicas e biometria.
Com sua tecnologia, abre caminho para a transformação digital, o aumento da produtividade de empresas e a otimização do tempo. Os serviços oferecidos pela BRy atendem as necessidades de grandes, pequenas empresas e startups, além de organizações públicas, que processam altos volumes de dados e documentos.
A empresa se destaca por ser fabricante de um Framework de Serviços Criptográficos para assinatura digital, do Sistema de Carimbo do Tempo homologado pela ICP-Brasil e por ser credenciada como Prestador de Serviço de Confiança (PSC) da ICP-Brasil para armazenamento de certificados digitais na nuvem.
A BRy apresentou crescimento de receita medido pela CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 24% entre 2013 e 2018. Hoje, são mais de 20 mil clientes atendidos, 2 bilhões de assinaturas digitais realizadas em suas aplicações e mais de 100 milhões de carimbos do tempo emitidos.
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