A IA tornou-se um instrumento à disposição do cibercrime, e a intervenção pode estar na própria inteligência artificial
Resposta está na chamada “IA defensiva”, a exemplo da Plataforma de Inteligência Artificial Safer, da TI Safe, que atuará em breve na redução de riscos e na aceleração da maturidade cibernética das empresas; a companhia apresentará em primeira mão um protótipo da solução no Mind The Sec deste ano, em SP
Em 2025, sistemas baseados em aprendizado de máquina serão responsáveis por detectar 85% das ameaças cibernéticas em tempo real, segundo projeções do Google Cloud.Marcelo Branquinho, CEO da TI Safe, empresa brasileira líder e pioneira em segurança cibernética para sistemas críticos, falará sobre o futuro da segurança cibernética mundial no dia 16 de setembro, terça-feira, às 17h, no Mind the Sec, maior evento de cibersegurança da América Latina , que ocorre de 16 a 18/9 no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
A inteligência artificial (IA), antes vista como um recurso restrito a grandes empresas e centros de pesquisa, tornou-se também um instrumento à disposição do cibercrime. Nos últimos anos, consolidou-se um mercado negro no qual criminosos comercializam serviços de IA capazes de criar malwares sob medida, automatizar campanhas de phishing altamente convincentes e potencializar ataques de negação de serviço distribuídos (DDoS). Esse fenômeno está remodelando o cenário global de ameaças digitais ao reduzir barreiras de entrada para criminosos inexperientes e ampliar a eficiência de atores já consolidados.

Marcelo Branquinho, CEO da TI Safe afirma que o cibercrime funciona hoje como um negócio estruturado, seguindo o modelo de “Crime como Serviço”, no qual kits de ataque e acessos ilícitos são vendidos na dark web. “A IA tornou-se um produto de valor nesse ecossistema: ferramentas generativas sem filtros são oferecidas para escrever códigos nocivos, burlar sistemas de proteção e automatizar golpes. Ainda em 2022, surgiram as primeiras evidências de hackers usando o ChatGPT para desenvolver scripts maliciosos. Em pouco tempo, fóruns clandestinos foram tomados por menções a WormGPT, FraudGPT e DarkGPT, versões sem restrições éticas que prometiam desde a criação de malware polimórfico até a elaboração de campanhas de fraude sofisticadas. Entre 2023 e 2024, a presença dessas ferramentas cresceu mais de 200% nesses espaços, confirmando a ascensão de uma ‘indústria sombria’ da IA“, alerta.
O impacto é visível em várias frentes. No campo dos malwares, mesmo usuários sem experiência já conseguem gerar códigos nocivos funcionais com o auxílio da IA, como ladrões de dados e criptografadores de arquivos. Para criminosos mais avançados, surgem recursos capazes de criar softwares indetectáveis e que se reescrevem automaticamente, dificultando o trabalho de antivírus. Já no phishing, um dos golpes mais comuns, a IA elevou o nível de sofisticação. Mensagens fraudulentas antes denunciadas por erros agora são redigidas com perfeição, em qualquer idioma, e adaptadas a contextos específicos. “Em golpes de Business Email Compromise (BEC), por exemplo, ferramentas como o WormGPT ajudam a compor e-mails convincentes em nome de executivos, reduzindo custos das campanhas e ampliando as taxas de sucesso. Paralelamente, deepfakes de voz e vídeo começaram a ser usados em fraudes milionárias, como a imitação de diretores financeiros para autorizar transferências indevidas“, recorda Branquinho.
Solução está na própria IA
Diante desse cenário, ele aponta que a única forma de combater ameaças de IA é com IA defensiva, como é o caso da Plataforma Safer, solução inédita de inteligência artificial da TI Safe voltada exclusivamente à cibersegurança. A plataforma personalizada será lançada em janeiro de 2026 ao mercado. “Organizações precisam adotar ferramentas inteligentes capazes de detectar padrões anômalos em tempo real, criar planos de contingência contra os ataques automatizados e investir em tecnologias de verificação de deepfakes. Também se faz necessário reforçar a conscientização dos colaboradores: vozes ao telefone podem ser falsificadas e e-mails perfeitos ainda podem ser armadilhas. Protocolos de checagem adicionais e inteligência de ameaças sobre fóruns clandestinos são hoje medidas indispensáveis“, diz Marcelo.
A Plataforma Safer, cujo protótipo será apresentado em primeira mão no Mind The Sec, explica o CEO da companhia, é um marco estratégico para a cibersegurança industrial no Brasil e na América Latina. “Nossa expectativa é que o Safer se consolide como a principal referência nacional em proteção de sistemas ciberfísicos baseada em IA, promovendo conformidade regulatória, redução de riscos e aceleração da maturidade cibernética em infraestruturas críticas. Acreditamos que, com o uso intensivo de inteligência artificial e nossa expertise prática acumulada em quase duas décadas de atuação, a plataforma será um catalisador para a transformação digital segura do setor elétrico e industrial como um todo“, destaca.
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