As soluções de IA permitem criar agências para atuar desde o atendimento ao cliente até a gestão de processos e suporte técnico
O mercado de Inteligência Artificial (IA) vem se tornando um novo eixo de crescimento econômico do mundo digital. Estimativas indicam que o setor deve movimentar mais de US$ 400 bilhões até 2027, segundo projeções internacionais, impulsionado pela corrida de empresas por automação inteligente e soluções sob medida. Até 2031, a IA deve se consolidar como uma indústria trilionária, de acordo com levantamento do Stocklytics.com.
Mas, enquanto gigantes da tecnologia disputam espaço no topo, um outro movimento ganha força na base. Estamos falando do surgimento de agências de IA, pequenas estruturas formadas por profissionais independentes, consultores e criadores digitais que estão aprendendo a construir, treinar e vender agentes inteligentes personalizados para empresas de todos os portes.

“Com a ascensão dos agentes inteligentes, nunca foi tão fácil estruturar uma operação lucrativa no setor de IA, mesmo sem um background técnico”, explica Jenifer Calvi, Head de Produto e Negócios da Irrah Tech. “Empreendedores digitais, consultores e agências estão descobrindo que é possível transformar conhecimento em produtos automatizados, e isso abre um novo mercado, criando novas fontes de receita”.
Plataformas como o GPT Maker, por exemplo, desenvolvido pelo grupo paranaense Irrah Tech, permitem que qualquer pessoa, mesmo sem experiência em programação, crie e gerencie múltiplos agentes de IA voltados para atendimento ao cliente, capacitação corporativa, estratégias de marketing ou suporte técnico. Na prática, é como se cada negócio pudesse ter um exército de assistentes virtuais especializados, treinados na sua linguagem, com os seus dados e propósito.
Calvi destaca que “a ferramenta opera como um ecossistema completo de gestão, personalização e venda de agentes de IA. As aplicações vão de treinamentos internos até campanhas de influência digital, em um modelo que combina escalabilidade e personalização, duas palavras que definem o estágio atual da revolução da IA“.
A Irrah Tech, com sede no Paraná, nasceu voltada para o varejo e o e-commerce, mas hoje amplia sua atuação para empresas que buscam autonomia tecnológica e querem reduzir a dependência de equipes humanas em tarefas repetitivas como serviços e varejo ou até mesmo que têm ou desejam criar uma agência para atuar com IA.
“Ao criar uma agência de IA, o profissional não oferece apenas consultoria, ele cria soluções replicáveis, que podem ser escaladas e adaptadas a diferentes clientes”, afirma Jenifer. “É um novo modelo de negócio, que combina automação e propriedade intelectual.”
A ideia reflete uma mudança estrutural: se antes o diferencial competitivo estava em dominar o código, hoje está em dominar a lógica da aplicação, entender onde a IA pode gerar valor e como fazê-la conversar com os sistemas e fluxos já existentes.
“No fundo, trata-se de um movimento maior. A IA deixa de ser uma promessa de automação e passa a criar novos ofícios, novos tipos de empreendedores e uma nova economia criativa baseada em algoritmos”, reforça.
O que antes parecia ficção científica começa a ganhar estrutura de mercado e, talvez, no futuro, cada agência digital tenha também o seu “time” de agentes inteligentes, tão importante quanto o time humano que os programa.
A seguir, três razões apontadas pela especialista para considerar criar sua própria agência de inteligência artificial um modelo de negócio que promete unir autonomia, escala e inovação.
- Custo-benefício competitivo
Montar uma agência de IA é mais acessível do que parece. O custo de operação é baixo, especialmente quando se trabalha com plataformas prontas e escaláveis, que oferecem agentes como produtos recorrentes.
“O investimento inicial é reduzido e o retorno vem da possibilidade de replicar soluções com alto valor agregado”, destaca Jenifer. Em outras palavras, o empreendedor não precisa de uma equipe de programadores, apenas de visão de mercado.
- Escalabilidade garantida
Enquanto uma consultoria tradicional depende da disponibilidade do consultor, uma agência de IA pode crescer de forma exponencial. Os agentes criados podem ser replicados, adaptados a diferentes empresas e atualizados sem necessidade de intervenção técnica.
A lógica é de startup, isto é, construir uma solução uma vez e multiplicá-la. Isso permite que profissionais independentes e pequenas empresas atuem em larga escala, atendendo a nichos específicos com agilidade.
- Integração com ferramentas existentes
Um agente de IA eficaz não atua isoladamente, ele se conecta aos sistemas já usados por empresas e clientes, como WhatsApp, CRMs, plataformas de automação e e-mail marketing.
A integração é o que transforma automação em inteligência: “O GPT Maker foi desenvolvido para se conectar com diversas ferramentas do mercado, ampliando a eficiência e a personalização dos atendimentos”, diz Jenifer.
À medida que a tecnologia se torna parte do cotidiano empresarial, criar uma agência de IA deixa de ser uma promessa e se torna uma oportunidade real de negócio.
“Mais do que uma tendência, é o início de um novo setor, em que cada agente inteligente pode representar um novo produto, um novo serviço e, sobretudo, um novo mercado nascendo dentro das máquinas”, conclui.
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