Segundo especialista da Engineering Brasil, integração das tecnologias deve causar uma série de impactos positivos em diversos mercados, inclusive no brasileiro
Em 2024, a IA (Inteligência Artificial) promete continuar desempenhando um papel crucial na transformação digital das empresas, especialmente no mercado brasileiro. No entanto, essa tecnologia depende fundamentalmente de APIs (sigla para “Interfaces de Programação de Aplicações”), softwares que disponibilizam os dados a serem utilizados para praticamente qualquer função.
Segundo Willy Sousa, Diretor de Produtos e Tecnologia na Engineering Brasil, parte do Grupo Engineering, companhia global de tecnologia da informação e consultoria especializada em transformação digital, isso deve gerar um crescimento no volume de APIs inteligentes e estratégicas ao longo do ano.
“Ao integrar essas plataformas com a IA, é possível adotar abordagens inovadoras e tecnologicamente avançadas, melhorando a eficiência operacional das organizações”, afirma o especialista.
Diante da iminente união dessas duas ferramentas, algumas tendências globais devem impactar diversos setores nos próximos meses. As 5 principais delas são:
Novas experiências de atendimento digital
Os chatbots e assistentes virtuais, baseados tanto nas IAs conversacionais quanto generativas, já são essenciais para tornar as interações com consumidores, fornecedores e parceiros mais fluidas e individualizadas. Se combinados com APIs, provavelmente haverá o surgimento de novas experiências de atendimento digital.
“Basicamente, a comunicação com quem está do outro lado é otimizada devido à aplicação inteligente e responsável dos seus dados. Ou seja, essas informações se transformam em insights valiosos para as companhias, que aprimoram as relações entre ambas as partes. Por exemplo, o setor de telecomunicações pode aumentar a velocidade de suporte ao cliente, visto que a IA faz recomendações para aquele indivíduo ou empresa baseadas em evidências”, explica Sousa.
Regulamentação sobre o uso da IA
Assim como acontece com qualquer tecnologia, há questões éticas, sociais e jurídicas referentes à IA que exigem uma regulamentação adequada e transparente. Ao integrá-la com APIs de forma estratégica, cada um desses pontos tende a ser olhado com mais atenção, permitindo que as empresas explorem o potencial das ferramentas respeitando as normas de privacidade.
“A IA em edge computing pode otimizar o desempenho e a segurança dos sistemas, reduzindo a dependência da nuvem e ajudando as organizações a processarem dados sensíveis ou críticos de maneira local e em tempo real. Para setores como o financeiro, essa é uma característica indispensável não só no sentido de adequação às leis, mas também para detectar fraudes e gerir riscos ligados às suas soluções”, diz o especialista da Engineering Brasil.
Realidade estendida
A realidade estendida (a qual engloba a realidade virtual, a realidade aumentada e a realidade mista) é outra oportunidade de negócio que deve ser desenvolvida em 2024. Para Sousa, isso está relacionado, principalmente, à aplicação de ferramentas tecnológicas visando pessoas, sejam elas consumidoras ou colaboradoras:
“A incorporação de recursos de IA nas plataformas de gerenciamento de APIs abre espaço para a criação de experiências imersivas, interativas e personalizadas em diversos domínios, como saúde, educação, turismo e lazer. Em outras palavras, se a empresa garantir que o foco da sua transformação digital seja em indivíduos reais, não há dúvidas de que conseguirá melhorar os níveis de engajamento, fidelização e satisfação do público-alvo”, pontua.
Conteúdos gerados por IA
Os geradores de conteúdo, como música, imagens, vídeos e textos, ganharão mais força com a aplicação de estratégias inteligentes envolvendo IAs e APIs. “É uma via para apoiar e acelerar todo processo de criação, trazendo novas possibilidades de expressão, marketing, educação, entretenimento, pesquisa e muitas outras”, destaca o diretor.
O executivo também reforça que a junção das tecnologias de IAs e APIs é um caminho para aumentar a produtividade e diminuir custos. “Os colaboradores são liberados de tarefas rotineiras ou tediosas, podendo focar esforços na criatividade e inovação. Assim, todos os recursos tecnológicos da empresa são utilizados sem desperdícios, tanto de tempo quanto de potencial de receita”, complementa.
Novas possibilidades para dispositivos móveis
Por fim, o avanço no processamento de dados ocasionado pelas tecnologias em questão oferece grandes benefícios aos dispositivos de borda, como smartphones, câmeras e sensores. Inclusive, Sousa aponta que alguns dos maiores projetos tecnológicos da atualidade, como as redes 5G, devem ganhar novos rumos com esse fator:
“Atualmente, as IAs e APIs interferem diretamente em quase todas as outras ferramentas digitais, como IoT (Internet das Coisas), robôs, entre outras. Desse modo, qualquer plataforma que gera algum tipo de conexão acabará sendo afetada positivamente pelas inúmeras vantagens promovidas por ambas”, finaliza.
Sobre a Engineering Brasil
A Engineering Brasil é parte do Grupo Engineering, companhia global de tecnologia da informação e consultoria especializada em transformação digital, com sede na Itália, com mais de 70 escritórios e aproximadamente 15.000 colaboradores na Europa, América do Sul e América do Norte.
A companhia ajuda as empresas a desenvolverem e evoluírem a sua vantagem competitiva por meio de uma abordagem orientada a negócios, colocando a Inteligência Artificial no centro de sua operação, explorando ecossistemas e plataformas digitais e adotando o mindset API First para reconfigurar e inovar a cadeia de valor, gerando novos modelos de negócios e uma melhor experiência do cliente.
Há mais de 15 anos no Brasil, sendo responsável por transformar operações como TIM, Claro, Sabesp, Eletrobras, Nestlé, Volvo, Pfizer, entre outras. Com mais de 1.000 colaboradores no Brasil, a companhia é uma das maiores e mais inovadoras empresas presentes no País e considerada um dos melhores lugares para se trabalhar.
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