Para 58% das instituições entrevistadas investir mais em inteligência artificial e automação é prioridade nos próximos anos para aumentar a eficiência dos programas de combate ao crime financeiro
Segundo uma pesquisa global da consultoria Oliver Wyman, as empresas do setor foram multadas em US﹩ 14,1 bilhões em 2020 por descumprirem obrigações contra práticas criminosas (AFC – Anti-Financial Crime). O estudo, produzido em parceria com a ACAMS, entidade internacional que atua no combate ao crime financeiro, mostra que para reverter esse quadro, mais da metade (58%) dos profissionais do mercado financeiro acredita que investir em inteligência artificial e automação é a saída para disseminar uma cultura anticrime em suas empresas.
As melhorias tecnológicas reduzem burocracia e deixam as equipes mais comprometidas com as responsabilidades regulatórias, segundo o levantamento que ouviu 349 diretores de compliance e gerentes de bancos, varejo, corporativo e investimento, fintechs, casas de câmbio e seguradoras atuantes em cinco continentes (América, África, Ásia, Europa e Oceania). Dos 349 entrevistados, 11 são dirigentes de órgãos reguladores e associações do setor.
Depois do investimento em tecnologia, a segunda prioridade para 30% é reforçar o treinamento das equipes sobre as práticas AFC. Aumentar o orçamento e reforçar a equipe para combater os crimes também são ações importantes para 27% dos entrevistados.
Outros 26% dos entrevistados afirmam que o alto escalão tem o importante papel de disseminar o posicionamento das empresas contra as práticas criminosas.
Só assim é possível garantir que a média gerência e os profissionais seniores atuem em conformidade com normas, leis, regulamentos, políticas e diretrizes éticas nos negócios.
Ainda segundo o estudo, ter uma estratégia de risco, exemplos das lideranças, políticas de prestação de contas e incentivos, treinamento e comunicação são quatro fatores chaves para fortalecer uma cultura anticrime nas instituições financeiras.
Para 77% gestores lideram com exemplo contra práticas criminosas
Embora as instituições financeiras ainda estejam falhando na gestão dos riscos anticrimes, um grupo de profissionais acredita que a maioria das empresas tornou a gestão do risco de crimes financeiros uma prioridade na última década e investiu significativamente no enfrentamento desse desafio.
Para 77%, seus gerentes lideram com exemplo quando se trata de práticas anticrimes 73% concordam que eles se retirariam de uma oportunidade de negócio devido a preocupações relacionadas a crimes financeiros.
Outras 64% acreditam que suas organizações estão bem preparadas para lidar com os riscos de práticas criminosas que estão enfrentando atualmente.
A inteligência artificial como aliada na otimização de diagnósticos da saúde