Quais impactos ambientais gerados pelo uso da tecnologia e inovação das ferramentas de inteligência artificial estão à nossa espreita?
Por Jane Greco
Diariamente, uma quantidade imensurável de informações e de soluções de tecnologia são lançadas no ambiente digital.
Por que eu caracterizo esse volume como imensurável? Por que desse universo fazem parte o que conhecemos e é divulgado, mas, também, o que está em segredo, teste e/ou desenvolvimento, ou seja, longe do radar da maioria.
Quais impactos ambientais gerados pelo uso da tecnologia estão à nossa espreita?
Essa realidade se intensifica a cada avanço tecnológico e de suas constantes transformações. Tem ficado ainda mais evidente diante de cada inovação das ferramentas de inteligência artificial.
É crescente a busca das companhias e dos profissionais de TI e SI por locais em que possa-se armazenar esse grande e complexo volume de dados, garantindo desempenho, segurança, resiliência e flexibilidade no ambiente digital, além de rápida restauração em caso de incidentes de cibersegurança.
O novo momento, porém, pede atenção especial das organizações ao “cumprimento de metas de sustentabilidade” exigidas pelo conceito ESG. Especificamente com relação aos dados gerados no mundo, a demanda é por soluções de armazenamento de informações que, além de espaços físicos reduzidos, também considerem redução do consumo de energia para operação e resfriamento e mitigação do uso de recursos naturais e danos ao meio ambiente.
Nesse cenário, datas centers das organizações digitalmente mais maduras têm passado por profundas transformações, afinal são recursos que estão nitidamente sobrecarregados.
A solução prioritária tem sido substituir as unidades de disco rígido (HDD) por armazenamento em flash, que usa memória não-volátil e se destaca pela eficiência energética, por causa da otimização de espaço físico, por menos necessidade de manutenção, por melhor desempenho em momentos de restauração e menos impacto ao meio ambiente.
Meus esforços e minha atenção é para que, cada vez mais, as instituições e os órgãos competentes promovam o debate, a conscientização e a regulação em prol da transparência e das boas práticas no quesito coleta, uso e armazenamento de dados, inclusive, considerando questões de impacto ao meio ambiente.
Paralelamente a isso, sigo insistindo que as organizações agreguem os conceitos ESG, também, a decisões e ações das áreas de TI e SI. Os avanços tecnológicos estão aí para todos.
Mas é preciso estar preparado para essas inovações, repensar nossa maneira de planejar, operar e consumir para um futuro mais verde. É preciso sair do imediatismo.
Do contrário, corremos o risco de criar soluções que nos beneficiam agora, enquanto contribuem, de maneira silenciosa, para dificultar a nossa qualidade de vida no planeta.
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