O diretor da Agência Nacional de Segurança e do Comando Cibernético dos EUA, Michael Rogers, comentou essa semana sobre o cenário do ciberespaço e suas previsões para os próximos anos diante de um enfoque cada vez maior na segurança das informações.
Para Rogers, os conflitos em ambiente virtual estarão cada vez piores à medida que os ataques tornam-se sofisticados e as estratégias dos governos e criminosos ganham novos desdobramentos e se tornam mais destrutivos, isso geraria, de acordo com ele, uma ameaça comparável a da Guerra Fria.
A avaliação de Rogers, dada em uma audiência do Subcomitê de Serviços Armados da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos nessa quarta-feira, chega em um momento de tensão das grandes empresas americanas e do governo de Obama, que não estão medindo esforços para se defenderem dos ataques dos hackers.
“Os conflitos cibernéticos que observamos atualmente em diversas regiões vão continuar e se tornarão mais sofisticados e intensos. É provável que agentes cibernéticos estatais e outros não afiliados adotem uma atitude mais audaciosa e procurem meios com maior capacidade de afetar os EUA e seus aliados”, afirma o diretor.
Os funcionários de alto escalão do governo norte americano parecem estar apreensivos com as ameaças de ataques sofisticados, já que as medidas de segurança adotadas pelas empresas e governo custam quase US$400 bilhões por ano.
De acordo com Rogers, os Estados unidos devem tomar algumas medidas preventivas para tentar esfriar as tensões das ameaças cibernéticas, assim como fizeram na Guerra Fria com o risco de um ataque nuclear. “Eu comparo o nosso momento histórico à situação confrontada pelos EUA no começo da Guerra Fria, quando se tornou óbvio que a União Soviética e outros podiam construir bombas de hidrogênio e a concorrência entre as superpotências deu sinais preocupantes de instabilidade”, afirmou.
A meta do país para preparar-se ao novo cenário do ciberespaço é de ao menos 6.200 funcionários prontos para operar em apoio as agências de segurança nacional até 2016.