Usar a internet, fazer uma ligação ou enviar uma mensagem via Whatsapp parecem tarefas simples e usuais para quem faz parte das grandes metrópoles do mundo, essa porém, não é a realidade de mais de 4 bilhões de pessoas que estão desconectadas ao redor do mundo.
Pensando nisso grandes empresas como o Google e o Facebook aproveitaram o espaço da Mobile World Congress para divulgar e alcançar colaboradores em seus projetos voltados a levar a conectividade para todos os cantos do globo.
Apesar de serem consideradas concorrentes, as empresas acabam por trabalhar em conjunto para levar a internet a lugares remotos e condicionar a população desconectada a entender a importância dessa ferramenta.
O Facebook trabalha para apresentar os benefícios da internet as comunidades mais remotas e ensiná-los a entender as funcionalidades da rede através do projeto “internet.org” que é apoiado por algumas empresas de telecomunicações do mundo. A intenção do plano é levar internet gratuita a população offline e apontar o ótimo custo benefício do uso da internet.
Apesar de apoiar o projeto, as empresas de telecomunicação ainda estão com um “pé atrás” na iniciativa do Facebook, isso porque seus serviços como os de SMS sofrem queda devido a popularização de aplicativos como o whatsapp que usam a internet e substituem as mensagens de texto.
Mark Zuckerberg, no entanto, defende que o maior número de usuários em uma conexão global aumentará a receita da banda larga e cobrirá os gastos perdidos a curto prazo.
Enquanto isso no Google…
Enquanto o Facebook trabalha o lado operacional e de marketing da conectividade Global, o Google possui um projeto de base na qual pretende levar as antenas – responsáveis pela conexão – para as áreas mais remotas do planeta.
A intenção da empresa é criar uma espinha dorsal de internet e por isso precisa encontrar novos parceiros na área de telecomunicações que auxiliariam a empresa à colocar seus planos em ação.
As primeiras ações a esse respeito foram divididas em três partes. O primeiro, chamado de Projeto Loon, tem como conceito uma rede de balões que flutuam sobre áreas remotas e levam conexão de internet. Há dois anos, Sundar Pichai, vice presidente sênior do Google, afirmou que os balões poderiam ficar no ar cerca de cinco dias, esse período, porém, sofreu uma drástica mudança positiva e hoje já podem permanecer no céu por até seis meses levando internet sem fio a centenas de pessoas.
Os esforços do Google a esse respeito são complementados com iniciativas como o Projeto Titan que usa aviões movidos a energia solar para carregar pequenas torres de celular que seriam instaladas em lugares onde não havia possibilidade de conexão.
Para finalizar seus planos, o Google apresenta também o Projeto Link que construiu um Backbone – espinha dorsal da internet – de Fibra, em Kampala na Uganda afim de vender o acesso a rede para empresas e consumidores da área em que a internet ainda é novidade.
Os projetos ainda são considerados pequenos passos rumo ao desafio de levar a internet a todos os lugares e pessoas do mundo, independente disso, quando grandes empresas como o Facebook e o Google se dispõe a uma causa as companhias de telecomunicação recebem um respaldo maior para tentar alçar novos vôos, das quais só veremos o resultado em anos.