A parceria entre Salvus e CESAR se iniciou em 2018 e foi possível ter o produto pronto para uso ao final de 2021
ATAS O2 fornece a hospitais e unidades de saúde monitoramento exato do consumo do gás usado por cada paciente.
Criado com o uso de tecnologias de inteligência artificial e da “internet das coisas”, ele permite antecipar a demanda por oxigênio sem que haja a necessidade de se entrar em uma situação crítica para tal.
O Produto já comprovou, em média, que sem o monitoramento integrado e a tecnologia desenvolvida, o consumo do gás é três vezes maior quando comparado com a prescrição médica.
O CESAR, centro de inovação que forma pessoas e impulsiona organizações há mais de duas décadas, e a Salvus, startup especialista em IoT e monitoramento à distância dos pacientes, uniram-se em uma parceria que vai ajudar o setor de saúde a monitorar com grande assertividade o uso de oxigênio por pacientes.
Hoje, existem vários desafios na gestão do oxigênio medicinal, desde a dificuldade em registrar no prontuário e garantir precisamente a prescrição nos hospitais, até a gestão do estoque em cilindros na casa dos pacientes, o que ocasiona risco ao paciente, desperdícios e gastos financeiros extras para resolver situações de emergências.
Com o ATAS O2 – uma referência à nomenclatura química do gás -, o produto criado pelas empresas, vem sendo possível a vários hospitais e unidades de saúde terem a exata noção da cobrança de todo o consumo de oxigênio usado em cada cilindro.
A solução, baseada em inteligência artificial e IoT (“internet of things” ou “internet das coisas”, em tradução livre), permite antecipar a demanda por oxigênio sem que haja a necessidade de se entrar em uma situação crítica para tal.
O produto já entregou aproximadamente seis vezes mais horas de uso do ponto de oxigênio em pacientes do que o registro manual, além da melhoria do engajamento do paciente na terapia.
O ATAS O2 foi desenvolvido como uma central de conectividade que permite, de forma integrada, a gestão de leitos com uso de oxigênio em tempo real.
O gás é mensurado e as informações ficam armazenadas no sistema.
São diversos benefícios adquiridos com o uso da solução.
Entre os benefícios para os pacientes, está o aumento da segurança com a vigilância contínua do tratamento.
Para os hospitais podemos destacar o registro fidedigno e automático de todo o consumo de oxigênio, redução do tempo e retrabalho da equipe de auditoria e assistência com eliminação completa de glosas da conta médica.
O dispositivo possui interfaces diferentes no sistema web para hospitais e home cares, podendo ser usada em cilindros e réguas hospitalares.
A conectividade é “Lpwan”- o que permite a implantação de aplicações com custos mais baixos e até o armazenamento em nuvem.
“Essa é uma inovação sonhada em equipe e transformada em realidade para ajudar empresas e pessoas pacientes no tratamento da oxigenoterapia em hospitais e em home-care. Ela, verdadeiramente, comprova o nosso DNA e a transformação digital que tanto nos dedicamos ao longo da jornada, que é aquela realizada para as pessoas e que cria novos modelos de negócio na simbiose entre todos os envolvidos. Um verdadeiro sucesso.”, diz Tiago Bockholt, gerente de projetos do CESAR.
A tecnologia do ATAS O2 permite mais assertividade, através do uso de sensores de pressão e fluxo, além de uma bateria que dura até nove meses, evitando desperdícios e gerando economia de recursos – sejam eles o gás em si ou os de cunho financeiro.
Vale dizer que o uso desse produto em hospitais e unidades de saúde foi aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, comenta.
“O ATAS O2 está disponível no mercado após validação em grandes hospitais, como o Albert Einstein, e agora iniciamos a internacionalização do produto a partir do Canadá. A chegada dessa solução é muito significativa para melhora na jornada assistencial, aumento da eficiência e performance, com redução de custo para toda cadeia da saúde suplementar e pública. Queremos contribuir para que o tratamento da oxigenoterapia seja feito de forma segura e esteja disponível para cada vez mais pacientes”, comenta Maristone Gomes, CEO e Founder da Salvus.
A parceria entre Salvus e CESAR se iniciou em 2018 e foi possível ter o produto pronto para uso ao final de 2021.
No primeiro semestre de 2022, com a implementação aprovada em uso hospitalar, os primeiros resultados começaram a ser colhidos.
Foi criada uma patente, hoje um produto único no mundo.
Orçado em R$2,1 milhões, o ATAS 02 será 50% financiado pelo BNDES, em recursos não reembolsáveis, e o restante pela Salvus, o CESAR e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Sobre o CESAR
O CESAR é um centro de inovação que há mais de 25 anos forma pessoas e impulsiona organizações, potencializando suas estratégias digitais.
Por meio de um time diverso e multidisciplinar de mais de mil e trezentos colaboradores, desenvolve soluções com qualidade e impacto para os negócios, articulando talentos e conhecimento nos ecossistemas onde está inserido.
Atua ao longo de todo o ciclo de inovação, desenvolvendo soluções que apoiam organizações em qualquer nível de maturidade digital que se encontre.
A organização faz parte do Porto Digital – parque que agrega no Recife mais de 300 empresas dos segmentos de Tecnologia da Informação e Comunicação e Economia Criativa.
O CESAR também possui regionais em Sorocaba, Curitiba e Manaus, atuação em São Paulo e Rio de Janeiro, e administra a CESAR School, escola de inovação criada com a finalidade de capacitar profissionais para as novas demandas de um mercado cada vez mais disruptivo.
Além disso, o CESAR também atua na aceleração de novos negócios.
A saúde digital e o metaverso na cardiologia
Como garantir a cibersegurança na área da saúde
Telemedicina, telessaúde e teleconsulta: qual a diferença entre elas?
Lei Geral de Proteção de Dados completa quatro anos: quais os impactos na saúde?
Acompanhe os principais conteúdos sobre Internet of Things (Internet das coisas)!