A Internet das Coisas coleta dados para tornar as máquinas cada vez mais inteligentes
Em um vídeo, um dançarino e um robô conectado a internet performam um número de dança, onde sensores instalados na máquina identificam os movimentos humanos e interagem de forma harmônica.
Esta foi a analogia utilizada por Sudha Jamthe, CEO na IoT Disruptions e Professora na Stanford University, para abrir a palestra “Global IoT Disruptions for the Connected World”, apresentada no primeiro dia do Abinc Summit – Conexão IoT, primeiro congresso realizado pela Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) para fomentar o avanço da aplicação da tecnologia na economia brasileira.
Segundo Sudha, a Internet das Coisas (IoT) torna as coisas comuns ao nosso redor mais inteligentes: “O grande volume de dados coletados podem ser processados para definir a inteligência humana, o que nos faz questionar o que é artificial sobre a I.A.”, destaca.
O aprendizado da máquina aplicado às coisas inteligentes modificam a interface homem-máquina, logo, se a inteligência humana puder ser replicada e a experiência humana puder ser profundamente aprendida por meio dos dados coletados, a barreira entre o homem e a máquina começará a desmoronar: “Os dispositivos de IoT estão sentindo nossos ambientes com computação gestual, sentindo nossas emoções com computação afetiva e personalizando nossas experiências com computação de reconhecimento, com isso, estamos ajudando as máquinas a desenvolverem autoconsciência com personalidade e opiniões, para se tornarem nossas amigas, parceiras e até mesmo parte de nossas famílias”.
Com todas essas possibilidades, os dados gerados pelos dispositivos conectados à internet fortalece a construção de uma inteligência artificial cada vez mais assertiva e personalizada.
Com isso é possível gerar inúmeras aplicações, como a tomada de decisões, em tempo real, sobre o andamento de um ciclo produtivo na indústria, por exemplo, ou a realizar uma previsão de demanda e até mesmo em negócios B2B.
“A mobilidade da informação é o grande trunfo da IoT. Ela leva a uma inteligência cada vez maior na administração de cidades, nos transportes, formas de pagamentos e diversas outras aplicações feitas para tornar o dia a dia mais prático, ágil e eficiente. Toda informação coletada é de grande valia para ajudar as empresas a entenderem as necessidades de seus consumidores para, a partir daí, inovarem na elaboração de seus produtos e serviços”, conclui.
Sobre Sudha Jamthe
Sudha Jamthe é a CEO da IoTDisruptions.com e uma empreendedora globalmente reconhecida, uma líder de negócios com vinte anos de experiência em transformação digital de organizações, moldando novos ecossistemas tecnológicos e orientando líderes do eBay, PayPal, Harcourt e GTE.
Ela é autora de três livros sobre IoT, ‘IoT Disruptions’, ‘IoT Disruptions 2020’ e ‘The Internet of Things Business Primer’ e o recente livro ‘2030 The Driverless World’ sobre a junção de carros autônomos e a IoT Cognitiva.
Ela leciona o primeiro curso de IoT Business na Stanford Continuing Education School, é produtora do “The IoT Show” no YouTube, uma defensora dos programas STEM e ‘Girls Who Code’, e organiza programas de mentoria para crianças em Devcamps e Hackathons.
Ela tem sido uma mentora de investimentos de risco do MIT e como uma respeitada futurista de tecnologia, ela contribui ativamente para os sites TechCrunch, Mashable, GigaOm, VentureBeat e colunista no HuffingtonPost.
Ela atua como presidente do conselho estratégico da Escola de Tecnologia de Barcelona. Ela tem um MBA da Universidade de Boston.
Sobre a ABINC
A ABINC, Associação Brasileira de Internet das Coisas, foi fundada em dezembro de 2015 como uma organização sem fins lucrativos, por executivos e empreendedores do mercado de TI e Telecom.
A ideia nasceu da necessidade de se criar uma entidade que fosse legítima e representativa, de âmbito nacional, e que permitisse a atuação em todas as frentes do setor de Internet das Coisas.
A ABINC tem como objetivo incentivar a troca de informações e fomentar a atividade comercial entre associados; promover atividade de pesquisa e desenvolvimento; atuar junto às autoridades governamentais envolvidas no âmbito da Internet das Coisas e representar e fazer as parcerias internacionais com entidades do setor.
A Associação Brasileira de Internet das Coisas comenta a a nova Lei de Proteção de Dados
ABINC: Lei de Proteção de Dados: impactos gigantescos e benefícios idem