O setor jurídico não é exceção quando o assunto é o uso da Inteligência Artificial (IA) como uma poderosa ferramenta
Por Carlos Manino

Com o potencial de otimizar processos, aumentar a eficiência e aprimorar a tomada de decisões, a IA surge como uma aliada estratégica para os profissionais da área.
No entanto, em meio a tantas discussões sobre o futuro do trabalho, é natural que surjam dúvidas sobre o seu impacto nos empregos do setor jurídico.
É importante ressaltar que a IA não deve ser vista como uma ameaça aos postos de trabalho no setor jurídico, mas sim como uma ferramenta para auxiliar os profissionais a serem mais eficientes e produtivos. As aplicações da IA neste ramo são vastas e promissoras.
Desde a análise de grandes volumes de dados para identificar padrões e tendências até a automação de tarefas repetitivas, como a elaboração de documentos e a pesquisa de jurisprudência, a IA pode liberar os profissionais para se concentrarem em atividades mais estratégicas e criativas.
Recentemente, Jensen Huang, CEO da NVIDIA, e Bill Gates, fundador da Microsoft, afirmaram que o futuro do trabalho será marcado pela colaboração entre humanos e agentes de IA, com cada um desempenhando um papel complementar.
Eles defendem a implementação de agentes de IA hiper especializados em tarefas únicas, que atuam como “empregados de IA”, modelos com conhecimento altamente especializado em áreas delimitadas. Essa abordagem visa aumentar a produtividade sem comprometer o emprego, permitindo que os profissionais se concentrem em atividades que exigem habilidades humanas, como o pensamento crítico, a criatividade e a empatia.
Voltando para o cenário jurídico, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também reconhece o potencial da IA para aprimorar a prestação jurisdicional. Ao aprovar a regulamentação do uso da IA nos tribunais brasileiros, o CNJ estabeleceu diretrizes para garantir que a tecnologia seja utilizada de forma ética e responsável, em conformidade com a Constituição e a Lei Geral de Proteção de Dados.
A regulamentação do CNJ permite que a IA auxilie os magistrados na detecção de contradições em depoimentos e no alerta sobre decisões que possam contrariar precedentes jurídicos, sem, no entanto, tomar decisões por eles. Essa abordagem demonstra que a IA é vista como uma ferramenta de apoio aos profissionais do Direito, e não como uma substituta.
Segundo um levantamento do IBGE de 2023, apenas 12% dos escritórios brasileiros utilizam IA. Apesar dessa baixa aderência, precisamos tratá-la como uma realidade e entender o seu potencial para transformar a forma como os profissionais trabalham, é inegável.
Ao invés de temer a IA, é fundamental que os advogados e demais atuantes na área busquem compreender e dominar essa tecnologia, utilizando-a como uma ferramenta para aprimorar seus serviços, aumentar sua eficiência e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
A combinação de expertise humana e inteligência artificial é a chave para o sucesso na advocacia do futuro.
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