Identificar e corrigir possíveis falhas, aprimorar funcionalidades e garantir interoperabilidade são os focos dessa 2º fase de testes do Drex
Com a segunda fase de testes do Drex, o Banco Central tem em mãos uma etapa crucial para validar a escalabilidade, segurança e eficiência do sistema em um ambiente mais amplo, preparando o terreno para uma adoção em larga escala.
Atualmente, 16 instituições estão no piloto, com a expectativa de inclusão de novos participantes. A primeira fase de testes do Drex foi um sucesso e atingiu um recorde com mais de 700 transações realizadas, segundo dados da plataforma oficial da moeda digital do BC.
“Esse momento é fundamental para identificar e corrigir possíveis falhas, aprimorar funcionalidades e garantir a interoperabilidade com outras plataformas financeiras. Além disso, ajuda a estabelecer um novo padrão de tecnologia financeira no Brasil”, explica Fernando Nunes, CEO e cofundador da Transfeera, fintech de soluções de pagamentos para empresas.
Embora ainda não haja uma data específica para o lançamento do Drex, os testes devem continuar pelo menos até o segundo semestre de 2025.
Após esse período, deve-se acontecer a educação e sensibilização dos usuários, além da criação de um quadro regulatório claro. Para Fernando, é nesse momento que as instituições financeiras passam a ter um papel fundamental.
“As instituições devem atuar como intermediárias que facilitam a adoção e o uso da nova moeda digital. Elas são responsáveis por integrar o Drex em seus sistemas, educar seus clientes sobre a nova tecnologia e garantir que todas as transações sejam seguras e eficientes. Além disso, as instituições financeiras ajudam a expandir a rede de aceitação do Drex, promovendo sua utilização em diversos setores”, explica o executivo.
Além de trazer inovação para o mercado, o BC afirmou recentemente que o Drex tem potencial para reduzir a taxa de juros no mercado, já que permite que as instituições financeiras operem com margens menores.
“Esse fato permite que a redução nos custos nas transações seja repassada aos consumidores. Além disso, a eficiência que o Drex traz ao sistema financeiro pode aumentar a transparência. As expectativas são que todos esses fatores impulsionam o crédito e, consequentemente, o crescimento econômico”, afirma o especialista.
Com relação a adaptação da população e adoção a nova moeda, o especialista acredita que ainda é difícil de prever, mas que o Pix é uma boa base de comparação. “No caso do Pix, o período de aproximadamente dois anos foi necessário para que as pessoas compreendessem seu funcionamento e a solução fosse amplamente utilizada. Esse mesmo período deve ser suficiente para permitir a integração completa do Drex com os sistemas financeiros existentes, a adaptação dos usuários e a resolução de quaisquer desafios técnicos ou regulatórios”, finaliza Nunes.
Sobre a Transfeera
Fundada em 2017, em Joinville (SC), a Transfeera fornece soluções de pagamentos para empresas, oferecendo aos clientes meios como boleto com QR Code, pagamentos e recebimentos via Pix, e centralizando todas as entradas e saídas de dinheiro. A fintech foi autorizada pelo Banco Central a operar como Instituição de Pagamento, passando a atuar com ainda mais autonomia e agilidade.
Eleita em 2023 uma das 100 Startups To Watch por Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS, a empresa já recebeu mais de R$10 milhões em investimentos dos fundos Goodz Capital, Bossanova Investimentos, Honey Island, 4UM Investimentos e Curitiba Angels. Acesse o site da Transfeera e saiba mais.
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