No episódio “PQC na prática, como se preparar para os riscos da computação quântica”, dois especialistas se reuniram para debater os desafios do mundo pós-quântico: João Aragão, Senior Subject Matter Expert em AI e DeFi no Banco Inter, e Alexandre Gomes, Engenheiro de Soluções da DINAMO Networks.
Durante o Febraban Tech 2025, maior evento de tecnologia e inovação financeira da América Latina, a DINAMO Networks apresentou uma série de entrevistas exclusivas no DINAMOCAST, abordando temas estratégicos para o futuro da criptoeconomia. Com mais de 58 mil visitantes, 500 palestrantes e 271 expositores, o evento foi palco de discussões sobre segurança digital, inteligência artificial e o impacto da computação quântica.
O risco quântico e a urgência da PQC
A conversa gira em torno da ameaça que os computadores quânticos representam para os sistemas criptográficos atuais. João Aragão alerta que algoritmos como RSA e ECC, amplamente utilizados hoje, podem ser quebrados por máquinas quânticas em questão de minutos. A transição para criptografia pós-quântica (PQC) não é mais uma opção futura — é uma necessidade urgente para garantir a continuidade da segurança digital.
João Aragão e Alexandre Gomes discutem como a evolução da computação quântica coloca em xeque os sistemas criptográficos utilizados atualmente em instituições financeiras. A ameaça não é apenas futura — ela já influencia decisões estratégicas hoje.
Harvest now, decrypt later
Como Alexandre explica, dados protegidos por criptografia tradicional, como RSA e ECC, podem ser copiados hoje e descriptografados no futuro, quando computadores quânticos tiverem capacidade suficiente. Esse cenário, conhecido como “harvest now, decrypt later” – “coletar agora, decifrar depois” – representa um risco concreto para bancos, corretoras e provedores de infraestrutura digital.
João Aragão reforça que esse modelo exige ação proativa das instituições: a adoção de algoritmos pós-quânticos precisa começar antes que o hardware quântico alcance a maturidade. A criptoagilidade — ou seja, a capacidade de atualizar protocolos e algoritmos sem interromper operações — torna-se essencial nesse contexto.
Soluções práticas e o papel da DINAMO Networks
Alexandre detalha que a DINAMO Networks já integra frameworks de segurança com suporte a algoritmos híbridos, permitindo que sistemas funcionem com criptografia tradicional e pós-quântica em paralelo. Essa abordagem garante compatibilidade com infraestrutura legada e prepara o terreno para uma transição gradual e segura rumo ao mundo pós-quântico.
Alexandre Gomes apresenta ainda as iniciativas da DINAMO Networks na implementação de frameworks criptográficos resistentes a ataques quânticos, destacando a importância de uma abordagem gradual e compatível com os sistemas legados. A empresa atua como parceira estratégica na construção de uma infraestrutura segura para o mundo pós-quântico, oferecendo soluções de custódia, autenticação e proteção de chaves que já consideram os novos padrões PQC.
Com o tema “A aceleração do setor financeiro na era da inteligência”, o DINAMOCAST foi o ambiente ideal para discutir os riscos e soluções do universo quântico. A participação da DINAMO Networks reforça seu compromisso com a segurança digital de próxima geração, preparando instituições financeiras para os desafios que estão por vir.
Sobre a DINAMO NETWORKS
DINAMO NETWORKS é especialista em segurança digital e criptografia. Possui a maior biblioteca de APIs de alto nível e tem participado dos principais projetos de segurança do País como: Piloto do DREX (Real Digital), Anonimização de Dados para conformidade a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), assinatura e processamento do PIX, Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB), Processamento de Cartões, Assinatura do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), IR pela Internet, Nota Fiscal Eletrônica, entre vários outros. Fábrica diferentes modelos de appliances de segurança, ou Hardware Security Module (HSMs), todos com certificação internacional FIPS 140-2, nível 3, utilizados pelos principais bancos brasileiros, incluindo o Banco Central do Brasil (em especial para a criptografia do PIX) e pelas empresas dos mais diversos segmentos de forma On-Premise ou em nuvem (Cloud). Recentemente, lançou a primeira plataforma de soluções de criptografia com pagamento por uso disponível no mercado mundial, a DINAMO SuperCloud.
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