A inflação americana bateu 9,1% em junho, maior índice desde 81, que consequentemente, refletiu de forma negativa no mercado de criptomoedas
Com a alta das taxas de juros, Orlando Telles, sócio-fundador e diretor de Research da Mercurius Crypto, aponta a correlação do setor de criptoativos com a tecnologia norte-americana.
Nos últimos dias,o segmento de criptomoedas vem operando com pouca oscilação diante dos preços praticados.
Porém, a expectativa pelos dados de inflação nos Estados Unidos manteve os investidores cautelosos até o momento da sua divulgação: a inflação americana bateu 9,1% em junho, maior índice desde novembro de 1981, que consequentemente, refletiu de forma negativa no mercado de criptomoedas.
Orlando Telles, sócio-fundador e diretor de Research da Mercurius Crypto, explica que o mercado de criptoativos está tendo uma correlação de preço muito grande com o mercado de tech americano, o qual sofre com a elevação da taxa de juros dos EUA.
“Boa parte das empresas no país são muito alavancadas, possuem crescimento intensivo e com a elevação das taxas de juros, dificulta o cenário para crescimento, além de aumentar o custo das empresas e por consequência, impacta no valuation dos negócios. E o principal motivo para a elevação da taxa de juros é a questão da inflação norte-americana”, diz o especialista.
Muitos investidores acreditam que o investimento em Bitcoin pode servir como proteção contra a inflação, pois sua oferta é limitada e controlada pela programação segura que existe por trás do blockchain, mas porque o impacto aconteceu?
O especialista explica que, atualmente, a narrativa que impera no mercado tradicional é voltada para o mundo cripto como ativo de tecnologia, diante do seu comportamento em termos de volatilidade e preço.
“Na visão institucional, as pessoas que mais possuem capital em cripto, vêem os ativos como um bloco contínuo que está cheio de ativos em processo de adoção, então, acabam olhando muito mais o potencial de upside, assim como ações de tecnologia, do que a ideia de proteção, por exemplo, contra a inflação”, diz Orlando.
Afinal, o Bitcoin é uma reserva de valor? Na visão de Telles, mesmo o ativo tendo todas as características, ainda está em construção para se tornar.
“Enquanto não houver a adoção, o mainstream, o que provavelmente, virão junto a regulação. Infelizmente, ele ainda não será uma reserva de valor, mas tende a ser uma nova tecnologia com grande potencial de adoção e por consequência de upside, a questão da inflação acaba refletindo no seu preço”, finaliza.
Sobre a Mercurius Crypto
A Mercurius Crypto é uma casa de pesquisa em criptoativos com forte atuação nas redes sociais, que tem como objetivo disseminar conhecimento sobre criptomoedas. A empresa conta, ainda, com a Mercurius PRO, plataforma de educação em cripto exclusiva para assinantes. Mais informações no site mercuriuscrypto.com, Instagram, YouTube e Telegram.
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