Em breve, o compartilhamento de dados entre instituições bancárias, autorizado pelo titular, será uma realidade nos serviços financeiros
Falta pouco para o Open Banking – sistema de compartilhamento entre clientes e bancos que dá aos usuários o poder de administrar seus próprios dados financeiros – estar definitivamente incorporado na vida dos brasileiros. Se por um lado essa inovação proporciona a melhor experiência ao cliente, por outro inspira cuidados em relação à segurança das informações.
Em 11 de outubro, a plataforma passará a funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, e até dezembro deste ano todas as fases do Open Banking estarão concluídas, permitindo que se faça transações com a instituição financeira de interesse do usuário como e quando ele desejar.
Para utilizar o sistema, o titular dos dados precisa autorizar o compartilhamento tanto para a empresa que detém as informações quanto para a que vai recebê-las.
Embora a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as regras do Banco Central garantam a proteção de dados pessoais, é preciso atenção para não expor indevidamente as aplicações e informações. Nesse cenário, o cuidado deve existir nas duas pontas: a instituição e o usuário.
Do ponto de vista técnico, há gargalos críticos nas interfaces e aplicativos atrelados aos serviços bancários, chamadas APIs (Interface de Programação de Aplicações).
Para facilitar a usabilidade, elas podem armazenar informações que ficariam expostas em eventuais ataques. Segundo o coordenador de Red Team da Cipher, Alexandre Armellini, uma medida de rotina necessária às instituições é a averiguação e limpeza periódica das APIs, com realização de testes de nível elevado.
Ele acrescenta que as instituições precisam estar preparadas e possuírem diversas camadas de controles de segurança, como criptografia e dupla autenticação, entre outros, mas não podem esquecer que o usuário é o elo mais fraco da cadeia cibernética e alvo das estratégias de engenharia social dos cibercriminosos.
Com as inovações, inevitavelmente surgem novas modalidades de fraudes que vão desde o aperfeiçoamento dos já conhecidos phishings e vishings (páginas e links maliciosos) até os temidos ransomwares, que podem levar ao sequestro e potencial perda de dados.
O especialista da Cipher também alerta que os dispositivos de entrada, sejam eles telefones, computadores ou outros equipamentos conectados, precisam ser observados com cautela, pois costumam conter dados pessoais acessíveis a aplicações com baixos níveis de segurança.
Nesse sentido, Armellini aconselha as instituições a oferecerem informação aos seus clientes. Ele explica que o trabalho de conscientização precisa ser sistemático para criar uma cultura de prevenção junto ao grande público.
“Educar as pessoas é tão importante quanto análises técnicas de vulnerabilidades. Não adianta trancar as portas se o usuário tem as chaves e pode abri-la, sem querer, a cibercriminosos”.
Sobre a CIPHER
Fundada em 2000, a CIPHER, uma empresa global do Grupo Prosegur, especializada em segurança cibernética, oferece uma ampla gama de produtos e serviços, suportadas pelo melhor laboratório em segurança da Informação: o Intelligence Lab. Com escritórios localizados na América do Norte, Europa e América Latina, possui seis centros de operação de segurança 24/7, complementados por parceiros estratégicos ao redor do mundo.
A CIPHER é altamente acreditada como provedora de Serviços Gerenciados de Segurança (MSS) por meio das certificações da empresa como ISO 20000 e ISO 27001, SOC I e SOC II, PCI QSA e PCI ASV.
A CIPHER também recebeu diversos prêmios, incluindo melhor MSSP da Frost & Sullivan nos últimos seis anos consecutivos. Os seus clientes são compostos por grandes empresas e agências de governo, com inúmeros cases de sucesso. A CIPHER provê às organizações, por meio de tecnologias avançadas e especializadas, serviços que os protegem contra ameaças, enquanto gerenciam riscos e asseguram a operação através de soluções inovadoras.
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