Como a automação baseada em IA está transformando decisões de crédito, risco e compliance no sistema financeiro
A digitalização do crédito corporativo entrou em uma nova fase. Se nos últimos anos o foco esteve na originação e na experiência do cliente, agora o centro da transformação avança para o núcleo decisório das instituições financeiras: risco, crédito, fraude e compliance. É nesse contexto que se insere a Sinky, plataforma que aplica inteligência artificial para reestruturar, de forma integrada, processos historicamente manuais e fragmentados.
A movimentação ganhou relevância com a matéria publicada hoje pelo Brazil Journal, que anunciou a rodada seed da Sinky, com a entrada da Randon Ventures, braço de venture capital do grupo Randon, ao lado da SaaSholic. O aporte sinaliza não apenas confiança no modelo de negócio, mas também o reconhecimento de que decisão automatizada e auditável passou a ser um tema estratégico para o mercado financeiro institucional.
Crédito como sistema, não como etapa isolada
A proposta da Sinky parte de uma premissa clara: crédito não é um evento pontual, mas um sistema contínuo de decisões críticas. Em vez de tratar análise de crédito, prevenção à fraude, onboarding e compliance como silos, a plataforma consolida esses processos em um ambiente único de decisioning, orientado por IA.
Segundo o fundador Bruno Sayão, em entrevista ao Brazil Journal, operações que antes levavam até 72 horas passaram a ser executadas em minutos. “Em poucos minutos, nosso sistema analisa todas essas informações e dá a resposta se aprova ou não o crédito e o limite”, afirmou ao veículo. A automação reduz subjetividade, aumenta padronização e fortalece governança — pontos centrais para instituições reguladas.
Do ponto de vista tecnológico, a plataforma combina IA generativa, machine learning e agentes especializados, capazes de interpretar extratos bancários, demonstrações financeiras, dados de bureaus e regras internas de crédito, entregando decisões explicáveis e rastreáveis.
Falando com exclusividade ao Crypto ID Bruno Sayão esclarece que “Nascemos AI-FIRST (e não AI-applied). Esse talvez seja o nosso maior diferencial no mercado. A Sinqia – assim como praticamente todo software legado — está agora passando por um processo de “IA aplicada”. Nós não aplicamos IA sobre um produto existente. Nós construímos o produto já partindo da IA como arquitetura. Nascemos na era da inteligência artificial”
Sayão conta que a plataforma foi desenhada desde o início para operar com modelos de linguagem, orquestração inteligente, análise contextual e agentes. Isso muda todo o jogo: velocidade, precisão, experiência e capacidade de adaptação.
“E tem mais um ponto que vale reforçar: não atuamos no core regulatório nem no SPB. Diferente da Sinqia, não operamos a infraestrutura sensível de liquidação e compensação — o que reduz nossa superfície de ataque e nos permite inovar e iterar com mais rapidez e segurança”, finaliza o executivo
Sinky é a nova Sinqia
Ao Crypto ID, Bruno Sayão explica por que a analogia “a Sinky é a nova Sinqia” faz sentido para o mercado financeiro:
“Antes de mais nada, preciso dizer que A Sinqia foi — e ainda é — a grande consolidadora do software core do sistema financeiro brasileiro. Ela conectou o país inteiro ao backbone transacional das instituições financeiras: core bancário, SPB, registradoras, liquidações. Esse é o nível mais profundo e estável da infraestrutura financeira”.
“E sobre a analogia que fazemos — ‘a Sinky é a nova Sinqia’ — está diretamente ligada a três movimentos estruturais que estão acontecendo no sistema financeiro. Primeiro, a Sinky está se tornando a nova camada de decisão do sistema financeiro. Se a Sinqia foi responsável por integrar o core operacional dos bancos, a Sinky passa a integrar o core inteligente. Segundo, somos a infraestrutura que orquestra dados, inteligência artificial e regras de risco para decisões críticas. Crédito, fraude, compliance, onboarding e KYC/KYB deixam de operar como silos e passam a funcionar de forma integrada, automatizada e auditável. E, por fim, há uma mudança de paradigma. O valor deixa de estar apenas na execução de processos e passa a residir na qualidade, velocidade e governança das decisões. É exatamente nessa camada que a Sinky atua”, finaliza o executivo.
Uma tese que se repete: a trajetória de um serial entrepreneur
A Sinky não surge de forma isolada. Ela é a continuidade de uma tese que acompanha a trajetória de Bruno Sayão como “serial entrepreneur” no setor financeiro. Em 2015, ele fundou a IOUU, plataforma de crédito peer-to-peer voltada a PMEs, posteriormente adquirida pelo Banco Voiter (antigo Indusval). Na sequência, participou da construção do Letsbank, banco digital com foco em PMEs e modelo de banking as a service, operação que acabou integrada e vendida ao Banco Master.
Esses movimentos revelam um padrão consistente: atacar gargalos estruturais do crédito por meio de tecnologia, escalar operações e realizar integrações estratégicas com o sistema financeiro tradicional. A Sinky representa a evolução natural dessa lógica, agora voltada ao backoffice inteligente, onde se concentram custo, risco e ineficiência.
Tecnologia, governança e escala regulatória
Ao contrário de soluções pontuais, a Sinky foi desenhada como uma infraestrutura de decisão, não apenas como um produto de crédito. Sua arquitetura no-code e AI-first permite que instituições configurem fluxos decisórios em minutos, integrem dados globais e operem com conformidade regulatória desde a origem.
Esse desenho é especialmente relevante em um cenário no qual reguladores, auditores e conselhos demandam explicabilidade, rastreabilidade e controle sobre decisões automatizadas. A promessa de velocidade só se sustenta quando acompanhada de governança — e é exatamente nessa interseção que a plataforma se posiciona.
A escolha da América Latina como ponto de partida não é casual. Trata-se de um mercado com alta complexidade regulatória, forte dependência de processos manuais e grande espaço para ganhos de eficiência. Ao mesmo tempo, a Sinky já nasce preparada para múltiplas jurisdições, o que amplia seu potencial de internacionalização.
O sinal para o mercado
A entrada da Randon Ventures como investidora e cliente institucional reforça um movimento mais amplo: grandes grupos empresariais e financeiros estão buscando automatizar decisões críticas, não apenas digitalizar interfaces. A análise de crédito deixa de ser uma atividade artesanal para se tornar um processo industrializado, orientado por dados e algoritmos.
Mais do que uma fintech, a Sinky se posiciona como parte da infraestrutura invisível do sistema financeiro moderno — aquela que não aparece para o usuário final, mas define eficiência, risco e escala.
Sobre a Sinky
A Sinky é uma plataforma global de decisioning baseada em inteligência artificial. Unificada, no-code e AI-first, automatiza fluxos críticos de crédito, risco, fraude, onboarding e compliance, com decisões auditáveis e em conformidade regulatória. Criada no Brasil, foi desenhada para operar em múltiplos mercados e jurisdições.
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