Pela 1ª vez na história, a iniciativa privada e entidades públicas de um país se reúnem para tratar de devolver às pessoas o valor dos seus dados
Alinhada à normatização dos ativos digitais do BC, iniciativa da DrumWave une setor privado e público para apresentar a dWallet®
Pela 1ª vez na história, a iniciativa privada e entidades públicas de um país se reúnem para tratar de devolver às pessoas o valor dos seus dados.
Este é o conceito do Ecossistema Brasileiro de Monetização de Dados, uma iniciativa inovadora liderada pela DrumWave, que apresenta a dWallet®, carteira digital que permite aos usuários protegerem, tornarem-se proprietários e gerenciarem seus dados.
A apresentação do Ecossistema coincide com a regulamentação do mercado de ativos digitais pelo Banco Central.
A lei nº 14.478/22, conhecida como Marco Legal dos Criptoativos, entrou em vigor na terça-feira (20) após seis meses de sua publicação e estabeleceu as diretrizes para a atuação do BC, definindo ativos digitais como representações de valor negociáveis e transferíveis.
Embora tenha sido apresentado à imprensa apenas na quinta-feira (22), o Ecossistema Brasileiro de Monetização de Dados já passou por duas fases de execução.
Na primeira, concluída em outubro de 2022, a DrumWave anunciou o conceito e os recursos-base da dWallet a jornalistas e potenciais clientes em uma série de três eventos em São Paulo.
Nos seis meses seguintes, como parte da segunda fase de implementação, foram testadas as primeiras interfaces da carteira no Brasil, unindo 15 empresas-líderes de seus segmentos no país.
Cada uma das companhias mapeou seu ecossistema de dados, detectou possíveis casos de uso e se engajou na construção do ecossistema da dWallet com suas equipes. No último dia 23 de maio, elas se encontraram e iniciaram o próximo passo do roadmap: a criação de ofertas.
“Juntas, as empresas no Ecossistema Brasileiro de Monetização de Dados cobrem quase 85% da população brasileira, incluindo homens, mulheres, crianças, idosos, jovens, empregados, aposentados e desempregados”, explica o CEO da DrumWave, André Vellozo.
“São companhias que juntas representam 13% do PIB nacional e empregam orgulhosamente 375 mil brasileiros. O Brasil processa um volume massivo de dados, em torno de 5,4 zettabytes por ano“, complementa Vellozo.
Entre as empresas que participam do ecossistema estão Visa, BV (Banco Votorantim) e Tecban, da rede Banco 24 Horas. Junto a outras companhias, essas empresas participaram de um evento privado no dia 23 de maio para fazer a primeira atividade coletiva dentro do projeto e da plataforma dWallet.
Nuno Lopes Alves, Country Manager da Visa, vê a iniciativa como transformadora para a economia do país.
“Como uma empresa que processa bilhões de transações por ano que geram um volume impressionante de dados de extrema relevância, a Visa enxerga muito valor na utilização de dados para empoderar e monetizar consumidores e empresas”, explica.
“A solução da DrumWave que conhecemos no evento traz a possibilidade de fazermos isso de forma segura, confiável e mais importante, com a aprovação dos consumidores. Estamos muito animados com o que temos de potencial para desenvolver“, conclui o executivo.
Gerente de open finance da Tecban, Rogério Melfi também está bastante confiante com o projeto. “A próxima revolução é dos dados e a DrumWave está na vanguarda dessa transformação”, avalia Melfi. “Com sua expertise, a DrumWave está moldando o futuro da indústria e aproveitando todo o potencial dos dados para impulsionar a inovação e promover um crescimento exponencial. Espero acelerar ainda mais essa revolução no setor financeiro impulsionadas pela força dos dados.“
Fábio Jabur, Superintendente de Data & Analytics no banco BV, vê a parceria com a DrumWave como essencial para complementar a estratégia de inovação aberta e parcerias do banco.
“A parceria com a DrumWave faz muito sentido quando olhamos nossa estratégia de conexão com o ecossistema de fintechs e startups, acrescentando a monetização de dados como um diferencial de geração de valor para os parceiros e clientes“, afirmou.
Já na visão de Priscila Saraiva Valentim Buarque, gerente de Soluções/Analytics no Banco do Brasil, que esteve presente no evento privado de apresentação do ecossistema, a monetização de dados pode trazer benefícios significativos não apenas para a oferta de produtos a clientes e decisões sobre créditos, como no campo de políticas públicas.
“Adotando uma abordagem estratégica e ética para a monetização, é possível desbloquear novas fontes de receita e estabelecer parcerias estratégicas com instituições para desenvolver e refinar tecnologias de análise de dados. Na saúde, por exemplo, temos a oportunidade de colher dados de forma para pesquisas acadêmicas e promovam qualidade no atendimento. Neste sentido, participar do evento da DrumWave foi ótimo para compreendermos esta nova dinâmica econômica e visualizar soluções de impacto econômico e social para nossos clientes”, argumentou.
Sobre a dWallet®
Para sustentar a plataforma dWallet, a DrumWave uniu-se à IBM, que fornece infraestrutura e serviços. A carteira deve ser disponibilizada no mercado brasileiro a partir do último trimestre de 2023 e nos EUA no início de 2024.
De posse da dWallet, o usuário vai ativar a Poupança de Dados, para gerenciar o valor dos seus dados, podendo então participar das ofertas do ecossistema e decidir quando e como seus dados serão utilizados.
Dados compartilhados pelos usuários podem incluir histórico de navegação, informações do dispositivo, dados de relacionamento com empresas e até mesmo dados sigilosos, como nome, CPF e situação financeira; o compartilhamento sempre é uma decisão do titular dos dados.
As empresas, em contrapartida, podem enviar propostas para terem acesso aos dados aos usuários da dWallet e oferecer recompensas com base neles, como pagamentos, descontos e investimentos.
“O coração desse ecossistema é formado pelas ofertas, que combinam casos de uso dos dados, dos negócios e dos pagamentos“, explica Fernando Teles, presidente da DrumWave.
“Com a dWallet, os usuários poderão trocar dinheiro por dados e dados por dinheiro, criando um novo paradigma de economia baseada em informações.”
Na dWallet, o valor dos dados será determinado por meio de uma análise que considera as dimensões estrutural, estatística e contextual destes.
A jornada envolve as etapas de organização, transformação, extração, definição do valor e certificação da autenticidade de dados —esta última fundamental para atribuir credibilidade e identificar a origem, natureza e propósito das informações.
“Existe uma assimetria entre o uso do dinheiro e dos dados. Você sabe o que fazer com o dinheiro, mas não sabe o valor nem como usar seus dados. Por isso, a economia de dados é uma realidade presente —o Banco Central do Brasil discutiu o assunto recentemente. Precisamos definir essa nova economia e não sermos controlados por ela. O Brasil tem potencial para ser protagonista nessa nova era”, conclui Teles.
Para André Vellozo, o Brasil tem vocação para se tornar a principal referência na economia de dados. O Brasil tem vantagens competitivas nessa corrida por ter um sistema financeiro que emprega muita tecnologia de ponta. “Se dado é um ativo, o benchmark não será o de tecnologia nem o de publicidade, o benchmark é o sistema financeiro“, avalia.
A importância das autotechs na monetização de dados
Quantum computing – a próxima era do processamento e monetização de dados
A LGPD, a experiência do cliente e a monetização de dados
Você quer acompanhar nosso conteúdo? Então siga nossa página no LinkedIn!