O Open Insurance é um dos temas mais falados ultimamente, pois está em meio a uma agenda de inovação prevista para ser colocada em prática ainda em 2022, no Brasil.
A implementação do PIX, em agosto de 2020, foi a etapa que precedeu a fase inicial de implantação do Open Bank, um ambiente inovador no qual pessoas físicas e jurídicas poderão realizar todo tipo de transação financeira.
No caso do Open Insurance, trata-se da transformação digital trazendo várias vantagens para o mercado de seguros, como a agilidade dos processos, a redução dos trâmites envolvidos nas transações e a fomentação da concorrência e da competitividade entre organizações dos mais diversos portes e setores.
Com base nesse contexto, preparamos este conteúdo para que você entenda o que é Open Insurance, como funcionará no Brasil, quais os seus impactos e desafios, entre outras informações pertinentes ao assunto. Continue a leitura para conferir!
O que é Open Insurance?
Open Insurance é um novo ambiente digital no qual os usuários poderão compartilhar dados relativos a previdência, serviços e produtos, entre diferentes pessoas físicas e jurídicas credenciadas e autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que regulamentará o serviço no setor de seguros, assim como o Banco Central faz com o Open Banking.
A implementação do Open Insurance, segundo o cronograma da própria Susep, acontecerá em três etapas. A primeira já foi colocada em prática, em 2021, e deve se estender até o final do primeiro semestre de 2022. Foi a chegada do Open Data, ecossistema de compartilhamento de serviços, produtos, dados públicos de empresas, marketplaces e canais de atendimento.
Já o segundo estágio deve começar a partir de setembro de 2022 e durar até junho de 2023, em que informações de consumidores e participantes do ambiente digital serão compartilhadas (com seu devido consentimento), como movimentação de clientes relacionados aos produtos, cadastro de usuários e registros de dispositivos eletrônicos.
A terceira e última etapa acontecerá no final de 2022, com previsão para ser concluída também até o fim do primeiro semestre de 2023. Nela, os serviços do Open Insurance devem ser efetivados, como acesso ao sistema, aviso de sinistro, resgate ou portabilidade de seguros, realização de modificações necessárias, entre outros aspectos para proporcionar uma experiência positiva ao usuário.
Quais são os pilares do Open Insurance?
O Open Insurance é composto de três pilares. Vamos entender cada um deles.
Open Innovation (Inovação Aberta)
Serviços e dados são disponibilizados na plataforma para que startups e parceiros os acessem, o que contribui com o desenvolvimento de novas soluções.
Digital Experiences
Uma das premissas do Open Insurance é proporcionar experiências inovadoras no ambiente digital a partir de uma boa usabilidade do sistema, funcionalidades simples e objetivas e disponibilização de serviços e dados.
Esse movimento tende a ganhar espaço à medida que as novas tecnologias se desenvolverem, como a Internet of Things (IoT).
Novos modelos de negócios
Note que inovação é um dos fundamentos da era da transformação digital, ou seja, o Open Insurance é fundamentado no conceito de trazer novas soluções para demandas do mercado que ainda não foram supridas.
Como vai funcionar o Open Insurance?
Resumidamente, o Open Insurance será um ambiente virtual integrado, como uma plataforma digital, no qual os usuários terão fácil acesso a dados, produtos e serviços de empresas participantes.
Tudo isso acontecerá de maneira ágil, segura e padronizada, graças às tecnologias usadas em seu desenvolvimento, como as Application Programming Interfaces (APIs), que democratizam o compartilhamento de informações.
Qual a ligação entre Open Insurance e Open Innovation?
O mercado de seguros, ainda bastante regulado, tem muitos procedimentos que atrapalham a experiência do consumidor. Mesmo em um cenário impactado pela transformação digital e por tecnologias mais acessíveis, ainda vemos que muitos dados pertinentes às apólices de seguros pessoais ou empresariais não são totalmente compartilháveis ou acessíveis.
Contudo, como mostramos, um dos fundamentos do Open Insurance é o Open Innovation, isto é, a aceleração do poder inovador interno e a expansão de novos mercados a partir de fluxos de conhecimentos intencionais. Quando a inovação aberta se torna uma tendência em ascensão, as possibilidades se tornam ilimitadas, já que todo tipo de recurso pode ser combinado.
Quais serão os impactos do Open Insurance no mercado?
Com uma infinidade de opções disponíveis tanto para as empresas seguradoras quanto para os consumidores desse mercado, a tendência é que ocorram diversos impactos positivos com a implementação completa do Open Insurance. Veja!
Democratização do acesso aos serviços de seguro
A tendência é que o Open Insurance não somente facilite o acesso a produtos e serviços, como também reduza os valores das apólices, já que haverá um aumento da competitividade entre as empresas do segmento.
Aumento da competitividade
Diante de mais facilidade, personalização, democratização, agilidade de processos e incorporação de novas tecnologias, a tendência é que o mercado de seguros deixe de ser monopolizado e passe a ter uma competitividade mais abrangente.
Personalização dos produtos e serviços
Com a conclusão do processo de implementação do Open Insurance, as seguradoras terão os meios necessários para oferecer serviços personalizados, uma vez que os dados de consumidores poderão ser compartilhados entre diferentes instituições (com a permissão deles, é claro), o que deve aumentar consideravelmente a demanda.
Quais os desafios do Open Insurance?
Por enquanto, o desafio do Open Insurance é manter um ambiente seguro, no qual os usuários poderão compartilhar e expor dados privados e públicos, com consentimento. Será necessário que as pessoas físicas e jurídicas participantes sejam idôneas e estejam em conformidade com as regulamentações.
A validação da identidade dos usuários, por meio de certificados digitais e outras tecnologias que garantam a veracidade dos dados informados, será crucial no ambiente do Open Insurance. Afinal, soluções de checagem de dados são cada vez mais precisas e eficientes, pois realizam buscas automáticas e ágeis em fontes públicas ou privadas, analisando se as informações apresentadas estão de acordo.
Além do certificado digital, há outras metodologias para autenticação que poderão transpor essa barreira de segurança. Por exemplo, a verificação por biometria no ato das transações ou para permitir o acesso às plataformas.
Como você pôde ver, o Open Insurance será um novo ecossistema virtual em que pessoas físicas e jurídicas poderão compartilhar dados, adquirir produtos e serviços e realizar todo tipo de transações relacionadas à contratação e gestão de seguros, de maneira prática, rápida e eficiente.
Fonte: Valid Certificadora
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