A sexta edição do Abrafarma Future Trends teve início na manhã desta terça-feira, dia 3, mobilizando um público recorde
Mais de 4 mil executivos já ocupam as dependências do Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP), para debater a profunda transformação do varejo farmacêutico com foco no estímulo à adesão aos tratamentos de saúde, especialmente entre doentes crônicos.
Com 60 horas de atividades, o evento estende-se até quarta-feira, dia 4, com a participação de nomes como o médico Drauzio Varella, que encerrará a programação.
O congresso reúne os CEOs das 25 maiores redes de farmácias do país e dos principais laboratórios em atuação no mercado brasileiro, além de gestores de órgãos governamentais e dirigentes de entidades vinculadas ao setor.
A abertura foi conduzida pelo presidente do Conselho Diretivo da Abrafarma, Eugenio De Zagottis. O dirigente ressaltou a contribuição do evento não apenas para a geração de valor no varejo, mas principalmente para os 200 milhões de brasileiros que necessitam de acesso à serviços de saúde.
“No entanto, não há como avaliar esse contexto sem levar em conta o momento econômico do país. Estamos vivendo outra década perdida, mas temos um governo com avanços inequívocos e que pode deixar legados importantes”, acredita.
Para isso, porém, Zagottis avalia que o governo deve abrir mão da retórica de campanha e cicatrizar fissuras ideológicas. “Temos uma missão de Estado pela frente, que deve priorizar as reformas com foco na liberdade econômica e simplificação tributária. E as farmácias têm um papel fundamental nesse processo, para estimular a prevenção e promoção da saúde”, destaca.
A sessão de abertura apresentou a visão da saúde sob a ótica do governo federal, representado por Denizar Vianna Araujo, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
A agenda segue com a explanação de Claudio Lottenberg, presidente do UnitedHealth Group Brasil e do conselho do Hospital Israelita Albert Einstein. Ele destaca a relevância da transformação digital para mudar o olhar sobre a jornada dos pacientes.
A presença de outros três executivos do Albert Einstein endossa a discussão em torno de modelos como a telemedicina e a necessidade de uma aproximação entre todos os atores do setor de saúde.
As grandes redes de farmácias, aliás, vêm se destacando nesse contexto pelo advento dos serviços clínicos nos estabelecimentos. Distribuído por 2.964 espaços em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, o volume de consultas do gênero aumentou 62% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2018.
“As redes totalizam 900 milhões de cupons emitidos. É como se cada brasileiro frequentasse a farmácia pelo menos quatro vezes por ano, o que atesta o potencial para ampliação desses serviços para aprimorar a atenção básica aos pacientes e desonerar a rede pública de saúde”, acredita Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
Programação paralela
O Abrafarma Future Trends prevê também sessões paralelas como a Arena de Ideias, que concentra palestras simultâneas de curta duração nos horários de almoço, divididas em três palcos. Um deles será exclusivamente dedicado às indústrias farmacêuticas e a fornecedores, com as participações de executivos da Danone Nutricia, da EMS e do Grupo Cimed, além da Dr Good, nova linha da Fini voltada ao segmento de bem-estar. Outra atração é a área de exposições com a presença de cerca de 40 fornecedores de produtos e serviços para o varejo.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico