A nuvem se dedica a workloads de IA e machine learning, um movimento que a como infraestrutura-base para escalar aplicações inteligentes
A combinação de queda gradual de custos, novas pressões de segurança, maturidade da computação em nuvem e avanço acelerado da Inteligência Artificial (IA) deve transformar 2026 em um ano decisivo para empresas que ainda avaliam a migração para o ambiente de nuvem, como o da AWS, por exemplo.
Essa mudança de ciclo já aparece em projeções recentes da Gartner. A consultoria aponta que, até 2029, metade de todos os recursos de computação em nuvem será dedicada a workloads de IA e machine learning; um movimento que consolida a nuvem como infraestrutura-base para escalar aplicações inteligentes.

Para Douglas Pereira, head of Cloud Sales & Alliance – LATAM da e-Core, empresa de consultoria que apoia companhias na utilização da tecnologia de forma estratégica, quem seguir adiando esse movimento corre o risco de perder competitividade para organizações mais ágeis e preparadas digitalmente. “A jornada em nuvem não é mais um debate sobre modernização. É a base que sustenta inovação, velocidade e adoção de IA em escala. A empresa que deixar a migração para depois pode enfrentar um atraso difícil de recuperar” afirma Pereira.
A seguir, o executivo reúne sete dicas essenciais para orientar empresas que planejam migrar em 2026.
1- Trate a migração como prioridade competitiva
A discussão deixou de ser tecnológica e se tornou estratégica. Empresas que permanecem 100% on premise acumulam um passivo que reduz sua capacidade de inovar e acompanhar o ritmo de quem já opera em nuvem. Para o executivo, esperar pode significar perder espaço para concorrentes mais jovens ou mais digitais. “A cada ano que a migração é adiada, o tempo de recuperação aumenta“, explica.
2- Reavalie crenças sobre custo e segurança
O receio de que a nuvem seja mais cara ou menos segura ainda impede decisões. Pereira afirma que esses mitos precisam ser superados. “Muitos acreditam que o servidor dentro de casa é mais seguro, mas eventos extremos mostram o contrário. A nuvem entrega resiliência e continuidade que o ambiente físico não acompanha” diz. Além disso, o modelo on premise exige compras antecipadas de equipamentos, enquanto a nuvem permite começar pequeno e pagar conforme o uso real.
3- Entenda que IA depende de workloads estruturados na nuvem
Muitas empresas querem avançar com IA, mas ainda não têm dados organizados ou cargas migradas para suportar modelos generativos e agentes autônomos. “Sem nuvem, IA vira discurso e não estratégia. A infraestrutura moderna é o que permite aplicar inteligência realmente útil ao negócio“, declara Pereira. Ele cita casos já comuns, como atendimento humanizado por voz, análises jurídicas automatizadas, orçamentos complexos em minutos e monitoramento de preços em tempo real.
4- Utilize a nuvem para testar, escalar e abortar rápido
A migração permite transformar a cultura de inovação. No modelo tradicional, uma nova iniciativa exige compra de hardware e longos ciclos de aprovação. “Na AWS, que é o exemplo de nuvem na qual nos referimos aqui, a empresa liga, testa e desliga com rapidez. O conceito de testar e abortar rapidamente é um dos maiores ganhos desse tipo de ambiente. Ele reduz risco e acelera aprendizado“, enfatiza.
5- Comece pelo diagnóstico certo com avaliação, mobilização e migração
A nuvem da AWS estrutura a jornada de migração em três etapas que ajudam a reduzir riscos. A avaliação analisa o ambiente atual e pode, em muitos casos, ser subsidiado para clientes elegíveis. A mobilização define arquitetura, governança e segurança. A migração executa a transição de forma faseada. “Um diagnóstico bem feito evita erros e permite começar pequeno, com clareza sobre custo, ROI e prioridades“, destaca o executivo.
6- Priorize segurança e ESG desde o primeiro dia
A migração precisa nascer com boas práticas. Pereira reforça que toda arquitetura deve seguir diretrizes de segurança, eficiência, governança, otimização de custos e sustentabilidade. “Aplicar boas práticas desde o início reduz riscos, evita shadow IT e contribui para metas de ESG. É um padrão difícil de alcançar no ambiente físico“, afirma.
7- Encare a IA como agente autônomo para acelerar operações
A próxima onda competitiva não está apenas em usar IA, mas em integrar a tecnologia de forma autônoma em diversas áreas. Com dados estruturados na nuvem, agentes podem negociar cláusulas jurídicas, sugerir precificação inteligente, montar cotações complexas e oferecer atendimento natural em voz, com compreensão de contexto, regras e emoção. “O potencial é ilimitado e já está acontecendo. O grande acelerador é a migração para uma infraestrutura preparada“, complementa Pereira.
Preparar a migração para 2030 começa em 2026
Para o executivo, adiar a migração significa chegar à próxima década com um passivo difícil de recuperar. Ele explica que empresas que iniciarem a transição em 2026 estarão mais preparadas para inovar, lançar produtos rapidamente, reduzir custos e entregar experiências mais eficientes aos clientes. “A nuvem tende a ficar mais barata com a escala global, a segurança se tornou prioridade e a Inteligência Artificial virou infraestrutura crítica. Migrar agora é uma escolha estratégica para garantir competitividade real“, conclui.
Sobre a e-core
A e-Core é uma empresa de consultoria que ajuda empresas a utilizar a tecnologia de forma estratégica para impulsionar seus resultados e crescer com mais eficiência.
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