Migrar dados, sistemas e aplicações para a arquitetura em nuvem é a grande tendência no cenário de tecnologia. Mesmo as empresas que ainda não aderiram a esse movimento já planejam o uso de cloud computing nos próximos anos
Por Carlos Eduardo Alves*
De acordo com o estudo “Além da Transformação Digital”, realizado pela Claranet, 90% das companhias estão trabalhando na adoção de ferramentas de automação para que isso aconteça no máximo nos próximos 2 anos.
A busca pela migração para a nuvem se explica pelas vantagens competitivas para as corporações, como a redução de custos, segurança de dados, além da possibilidade de execução de cargas de trabalho remotamente pela Internet a partir do data center de um fornecedor comercial em um modelo de “nuvem pública”.
Dentro deste ambiente, a variedade de serviços disponíveis é bastante vasta. Contudo, há três principais pilares que compõem a arquitetura em nuvem: Saas (software como serviço), IaaS (infraestrutura como serviço) e, finalmente, PaaS (plataforma como serviço). Estas três opções são as mais usadas por gestores de TI a fim de estruturar melhor as operações em cada ambiente.
Como estes são os pilares que ajudam as empresas a ganhar mais eficiência e reduzir gastos com infraestrutura local, vale a pena falar com mais atenção sobre cada um deles:
SaaS (software como serviço)
O pilar SaaS oferece acesso integrado aos aplicativos de software de um provedor. Trata-se de um modelo de distribuição de software.
Ou seja, em vez de baixar o software para ser executado localmente, o programa é hospedado por um provedor terceirizado. Ele é então acessado por usuários pela internet, por meio de uma interface de navegador da web.
IaaS (infraestrutura como serviço)
O IaaS é uma infraestrutura de computação instantânea, provisionada e gerenciada pela internet. Ela rapidamente aumenta e diminui com a demanda, permitindo que você pague somente pelo que usa, ajudando a evitar as despesas e a complexidade de comprar e gerenciar seus próprios servidores físicos e outras infraestruturas de datacenter.
Cada recurso é oferecido como um componente de serviço separado, e você só precisa alugar um em particular pelo tempo que precisar. Neste esquema, o hardware é fornecido e gerenciado por provedores externos no ambiente de nuvem.
Alguns dos principais benefícios do IaaS são escalabilidade (a ampliação de seus sistemas pode ser feita de maneira rápida e eficiente), eliminação da manutenção de hardware (pois o hardware por trás do IaaS é gerenciado externamente, e o investimento com esta tarefa é poupado 100%) e acesso sob demanda (paga-se pelos recursos usados, mantendo os custos baixos).
Um bom exemplo é o Banco Fibra, que recentemente fez a migração completa de suas aplicações para a nuvem usando o IaaS. A partir de agora, serviços como Internet Banking, sistema jurídico e de pagamentos, entre outros, rodam integralmente em uma plataforma de nuvem – o que deve garantir um retorno financeiro 6% maior em um período de 5 anos, além de oferecer mais estabilidade e escalabilidade às aplicações, e mais segurança aos clientes e colaboradores da instituição.
PaaS (plataforma como serviço)
O modelo PaaS proporciona um conjunto de serviços destinados, especificamente, aos desenvolvedores. Assim, os profissionais podem aproveitar ferramentas, processos e APIs compartilhados a fim de acelerar o desenvolvimento, o teste e a implantação de aplicações.
A Embraer, por exemplo, recentemente criou, com a ajuda da Claranet, o IKON, uma estrutura serverless para desenvolver um sistema em nuvem capaz de captar, armazenar e fazer análise de alto volume de dados para manutenção preditiva da família de E-Jets.
A solução em tecnologia, que reúne Big Data e Analytics, pode oferecer um ganho de 96% de produtividade em análise e processamento de dados das aeronaves, estabelecendo novos padrões em serviços e suporte aeronáuticos, além de um alto poder de escalabilidade, elasticidade, durabilidade e análise.
Para migrar suas aplicações de forma segura, é necessário buscar um parceiro de nuvem com ‘know-how’ a fim de incorporar recursos no projeto de migração e usar com responsabilidade todos os benefícios à disposição.
Apesar de o desafio ser gigantesco, a boa notícia é que a migração não precisa acontecer do dia para a noite, mas deve ocorrer de forma bem planejada e com o envolvimento de todo o time.
*Carlos Eduardo Alves é head de marketing da Claranet Brasil
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