O Open Banking, ou sistema financeiro aberto, é uma nova modalidade financeira que visa democratizar o acesso a serviços
Estamos falando do Open Banking, uma ação cujo objetivo é promover a autonomia e a democratização do Sistema Financeiro Nacional, além de melhorar a experiência do usuário.
O “banco aberto”, em sua livre tradução, também vem para facilitar e padronizar a comunicação entre o cliente e as instituições financeiras.
Países europeus já estão à frente com essa mesma implementação e colhem benefícios. O Brasil iniciou o processo de concretização em 1º de fevereiro de 2021, mas, por demandar ainda o cumprimento de algumas fases, o término se dará apenas em dezembro.
O Open Banking, ou sistema financeiro aberto, é uma nova modalidade financeira que visa democratizar o acesso a serviços e informações financeiras, possibilitando que as empresas criem e forneçam serviços alternativos e complementares aos já existentes em bancos tradicionais.
Na prática, elas podem ter acesso a dados de usuários, ainda que não sejam diretamente seus clientes — e desde que eles autorizem esse compartilhamento.
Essa operação será possível por meio de APIs, interfaces de programação que atuam em camadas específicas de uma plataforma e fazem a conexão e comunicação com outros dispositivos. Assim, somente uma parte dos dados é centralizada e acessada pelas instituições.
O que muda no mercado com o Open Banking?
O Open Banking Brasil traz mudanças vantajosas em vários sentidos!
– Autonomia
Com a LGPD (Lei Geral de Proteção a Dados Pessoais), o Banco Central entende que o dono dos dados é o próprio usuário, e não o banco no qual ele opera. Assim, o Open Banking proporciona autonomia e mais controle sobre a vida financeira, já que o usuário pode gerenciar todas suas contas bancárias, serviços financeiros e gastos em um só lugar.
Além disso, não há a necessidade de ser correntista em um banco para participar, reforçando assim o senso de democratização financeira. A autonomia também está presente para as próprias instituições, que se sentem mais livres para criar e oferecer serviços alternativos, de acordo com cada perfil de cliente.
– Conhecimento
Com os dados, as instituições financeiras conhecem o perfil de cada consumidor, o que é essencial para saber o melhor produto a oferecer. É uma forma de descobrir as reais necessidades, problemas e objetivos e, com isso, investir em serviços mais alinhados e um melhor atendimento.
– Foco no cliente
As instituições participantes poderão competir mais entre si. O foco estará no cliente, então será necessário ofertar produtos e serviços mais atrativos que os dos concorrentes. É uma oportunidade de crescimento.
– Experiência no uso de produtos e serviços financeiros
O cliente ganha uma melhor experiência, o que é positivo para a instituição que alcança esse objetivo. Os bancos terão mais liberdade em se relacionar com os consumidores, ainda que não sejam seus correntistas.
Você tem dúvidas?
Tem dúvidas sobre essa nova tecnologia? Selecionamos as principais perguntas!
– Quem é responsável pela segurança dos dados e serviços?
A segurança deve seguir os critérios da LGPD e é de responsabilidade das instituições participantes. Cabe a elas cumprir as exigências e disposições das legislações.
– Quais outras regras as instituições participantes devem observar?
Aquelas que constam nos atos normativos editados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central. Além disso, as instituições devem propor ao Banco Central padrões tecnológicos, procedimentos operacionais e aspectos relevantes à implementação do sistema financeiro aberto.
– Qual é o papel do Banco Central no Open Banking?
O Banco Central tem como missão instituir um sistema financeiro eficiente. Para isso, apoia inovações e desempenha responsabilidades relacionadas à supervisão e regulamentação. Assim, apenas instituições financeiras autorizadas por ele participarão do Open Banking.
– Como saber quais dados dos clientes podem ser compartilhados?
Os clientes precisam passar por três etapas para que as instituições financeiras sejam autorizadas a esse compartilhamento. São elas:
– consentimento;
– autenticação;
– confirmação.
Qual é a relação entre o certificado digital e o Open Banking?
A função de um certificado digital é criar identidades digitais. Ele dispõe de autenticidade e validade jurídica, então permite ao usuário movimentar dados e assinar documentos com mais liberdade, comodidade e confiança.
Um certificado digital corporativo atua como reforço na proteção de dados próprios e dos usuários, por meio de suas criptografias.
No Open Banking, ele oferece mais segurança ao tráfego de informações compartilhadas.
Além disso, atua com interoperabilidade, promovendo transparência e qualidade. É, ainda, uma forma de cumprir com as obrigações fiscais do negócio e evitar problemas com a Receita Federal.
Veja só alguns exemplos de uso!
– Para as instituições financeira
Uma instituição financeira que queira integrar o Open Banking terá acesso a uma variedade de conteúdos e informações de clientes, que antes eram exclusivos às grandes instituições financeiras.
No entanto, para participar, é necessário ter um certificado digital para garantir uma comunicação segura entre os sistemas e APIs.
– Para as pessoas físicas
Um certificado digital SSL é fundamental para contar com a segurança necessária na navegação e usufruir da melhor experiência possível. O certificado evita, por exemplo, cair em um ambiente de phishing (uma espécie de golpe na internet que rouba os dados pessoais).
Vale também destacar que apesar do foco desses quatro certificados ser de fato as instituições financeiras, eles refletem na usabilidade para a pessoa física; ou seja, na usabilidade de um site ou aplicativo de um banco, por exemplo.
Isso acaba se refletindo em confiabilidade para o usuário final, pois ele se sente mais confortável e seguro no momento em que é autorizado o compartilhamento de seus dados.
E o certificado digital Serasa e o Open Banking?
Esses certificados digitais ajudam a empresa a cumprir as exigências do Open Banking:
– Certificado Servidor: é emitido para proteger e autenticar o canal TLS utilizado pelas APIs;
– Certificado Cliente: autentica o canal MTLS;
– Certificado de Assinatura: realiza a assinatura do payload;
– Certificado Front-end: disponibiliza os serviços por meio de TLS. Garante maior interoperabilidade.
Dois desses certificados já faziam parte do nosso portfólio e os dois novos — o certificado cliente e o certificado de assinatura — agora passam a integrar nosso SUPER COMBO.
A emissão desses certificados pode ser realizada em conjunto, mas se a empresa já tiver certificados digitais válidos, não há necessidade de adquirir todos com a Serasa Experian. E para isto, é necessário que a empresa seja participante cadastrada e validada conforme as regras desta modalidade.
Dessa forma, é possível atuar com mais segurança, principalmente em se tratando dos dados do cidadão que faz uso do Open Banking. O certificado digital contribui proporcionando a confidencialidade e integridade das informações no Open Banking.
Considerando as regras impostas pela LGPD, é ainda mais importante ter atenção ao modo como uma empresa opera em ambientes que envolvem dados privativos e de terceiros. Por isso, tenha em mente que o certificado digital é um investimento necessário.
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