Apesar de ser um termo relativamente novo, a interoperabilidade já é realidade dentro de clínicas e hospitais
Um dos setores que busca sempre estar aliado às inovações tecnológicas é o da saúde, já que as evoluções na área são capazes de ajudar a salvar vidas. Uma dessas novas ferramentas, a interoperabilidade, é capaz de oferecer maior eficiência em tratamentos e diagnósticos, com segurança e qualidade.
Apesar de ser um termo relativamente novo, a interoperabilidade já é realidade dentro de clínicas e hospitais. Por meio da integração de informações que ela possibilita, o impacto gerado no cuidado com os pacientes se tornou muito mais eficiente.
Neste artigo, vamos explicar o que é a interoperabilidade de forma bem detalhada. Vamos abordar suas vantagens, seus tipos e também como ela está transformando o setor da saúde.
O que é interoperabilidade na saúde?
A interoperabilidade na saúde foi criada para conectar diversos sistemas e dispositivos com o objetivo de compartilhar informações entre si, interpretando e utilizando dados de forma a tornar o atendimento e tratamento de pacientes mais assertivo e eficiente.
Parceiros estratégicos como a Soluti têm desempenhado um papel importante nesse cenário, oferecendo soluções que garantem a segurança e autenticidade na troca de informações sensíveis entre sistemas.
É a interoperabilidade que permite que diversos componentes eletrônicos como registros eletrônicos, de saúde, sistemas de prescrição eletrônica, dispositivos de monitoramento remoto de pacientes possam compartilhar informações e trabalhar de forma unificada.
Seu objetivo é que através do compartilhamento de dados, vindos de diferentes áreas e especialistas, possam facilitar a compreensão de como cuidar do paciente de forma mais eficaz, oferecendo a ele os tratamentos mais adequados.
Como funciona a interoperabilidade em hospitais e clínicas?
Surgido em meados da década de 90, a interoperabilidade começou a funcionar à medida que os sistemas de informação e registros médicos eletrônicos foram implementados em clínicas e hospitais.
Com o avanço da tecnologia, os centros de saúde começaram a seguir padrões e protocolos que permitiam o compartilhamento dos dados dos seus pacientes, possibilitando assim a interoperabilidade entre eles.
Tipos de interoperabilidade
Existem três tipos de interoperabilidade, e vamos ver abaixo quais são eles:
Interoperabilidade técnica
Esse lado é de quem lida com os sistemas de saúde que são capazes de se comunicar, seguindo padrões técnicos e protocolos de comunicação comuns aos envolvidos. É o que oferece a troca de informações de forma segura e eficiente.
É a interoperabilidade técnica que promove o uso de normas e especificações de padrão internacional que permitam a troca de dados de pacientes. Há ainda quem use sistemas ultrapassados, e para isso vai ser necessário fazer uma atualização de sistemas para que essa troca se torne possível.
Interoperabilidade Semântica
Já o conceito de interoperabilidade semântica contempla a forma correta de interpretação das informações que são compartilhadas pelos sistemas. Ainda que haja a barreira de idiomas distintos, e a difícil compreensão de termos médicos mais complexos, é possível fazer a interoperabilidade de forma eficiente.
Com a padronização de terminologias, códigos e estruturas de dados, a interpretação das informações se torna possível, e é feita de forma mais consistente, com a redução de erros, e maior alcance.
Interoperabilidade organizacional
E por último temos a interoperabilidade organizacional, que trata do compartilhamento dos dados dos pacientes entre estabelecimentos distintos, como uma espécie de intercâmbio entre hospitais, clínicas, laboratórios e outras instituições da área de saúde.
É esse tipo de troca de informações que permite a contemplação do histórico completo dos pacientes, possibilitando assim a entrega de diagnósticos mais precisos, e por consequência um tratamento mais adequado.
É essa interoperabilidade que permite que as trocas de informações sejam feitas de acordo com as leis vigentes sobre governança de sigilo de dados, e tudo é feito com segurança e total privacidade para os pacientes.
Exemplos de sistemas interoperáveis
O Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) é quem oferece os sistemas e suporte para a interoperabilidade, e também quem cria e coloca em operação as plataformas que contém os diagnósticos e tratamentos utilizados por cada paciente.
De acordo com o Catálogo de Padrões de Interoperabilidade de Informações de Sistemas de Saúde, o CPIISS, existem alguns sistemas como o OpenEHR, que cria o Registro Eletrônico em Saúde, o RES. O HL7 é capaz de integrar solicitações e resultados de exames.
Já o SNOMED-CT é quem codifica os termos clínicos e mapeia as terminologias para interoperabilidade semântica, o TISS conecta sistemas de saúde suplementares, e o IHE-PIX é quem correlaciona identificadores de pacientes de sistemas diferentes de informação.
Temos também o PEP, que é o Prontuário Eletrônico do Paciente que reúne todas as informações sobre diagnósticos e tratamentos de pacientes. O RIS, que é o Sistema de Informação Radiológica, que tem todo o histórico de imagens.
O PACS, Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens, é responsável pelo armazenamento e recuperação de imagens. E por último tem o ERP, Sistema de Gestão Empresarial, que integra processos que otimizam a gestão de recursos e aumentam a eficiência.
Quais são os benefícios da interoperabilidade em hospitais e clínicas?
Se ainda resta alguma dúvida sobre os benefícios que a interoperabilidade oferece aos pacientes e profissionais da área de saúde, vejamos abaixo algumas características que podem fazer a diferença:
Melhora na qualidade do atendimento
Quando os médicos de diversas áreas conseguem ter acesso ao histórico médico detalhado de cada paciente, se torna possível fazer um diagnóstico mais preciso, evitando assim erros e possibilitando tratamentos mais eficazes, assertivos e com chances maiores de resolução de crises.
Redução de custos
Através da interoperabilidade é possível pular etapas de análise do quadro dos pacientes, como a realização repetida de exames. E com a troca de dados e a instalação de middleware, é possibilitado às organizações uma maior economia nas áreas de desenvolvimento, operação e manutenção de sistemas.
Aumento da eficiência operacional
Possibilitar aos profissionais de saúde a chance de ter informações mais completas sobre cada paciente atendido é a peça que faltava para que seja possível oferecer um serviço de excelência, e com isso ter um considerável aumento na eficiência operacional de instituições da área de saúde.
Quais são os desafios da implementação da interoperabilidade?
O maior desafio para a implementação da interoperabilidade é a divergência de padrões de sistemas operacionais, dificultando assim a troca de dados de maneira mais fácil. Vejamos agora algumas das questões que ainda permeiam o funcionamento completo da interoperabilidade:
Barreiras tecnológicas
Uma das preocupações na implementação da interoperabilidade é a grande disparidade de incentivos econômicos entre as organizações de saúde, que podem acarretar numa maior dificuldade no compartilhamento das informações devido aos diferentes sistemas.
As medidas a serem tomadas para atualização de sistemas envolvem um custo relativamente alto, e nem sempre disponível em todos os setores da saúde. Por isso é necessário oferecer tecnologias acessíveis para todos, para que a otimização dos serviços prestados seja realmente possível.
Questões regulatórias
A legislação que atua sobre o compartilhamento de dados é bastante rígida, e deve ser observada para que seja possível realizar a troca de informação de maneira segura, sem trazer prejuízos aos pacientes e instituições.
Há também a regulação do que cada organização de saúde está apta ou não a realizar em matéria de compartilhamento de dados, e se atentar para as leis é necessário para que nenhuma das partes sofra qualquer tipo de violação.
Resistência cultural e organizacional
A falta de recursos técnicos e humanos na implementação das soluções interoperáveis é outro entrave que pode criar barreiras, e somente através de cooperação conjunta é que pode ser possível proporcionar um atendimento mais eficiente aos pacientes.
Mas nem sempre é fácil ter acesso a esse tipo de iniciativa, já que ainda é possível encontrar restrições por parte de instituições e alguns profissionais da área de saúde, que preferem manter em sigilo seus atendimentos, diagnósticos e prescrições.
Apostar na interoperabilidade é uma mudança que se faz necessária, e cuja consciência deve ser sempre massificada, de forma a criar o entendimento de que o compartilhamento de dados pode transformar o atendimento aos pacientes.
Como implementar a interoperabilidade em hospitais e clínicas?
Depois de tantas explicações e informações prestadas sobre o tema, seguem sugestões de como pode ser feita e implementação da interoperabilidade em instituições da área de saúde:
Etapas para a implementação
A primeira etapa para obtenção de sucesso na implementação da interoperabilidade é montar um plano de atuação, que pode começar com a troca de sistemas operacionais para que seja possível o compartilhamento de informações
O Fast Healthcare Interoperability Resources é um sistema que proporciona esse compartilhamento de dados de forma segura e sigilosa, entre diferentes sistemas de saúde, de acordo com a legislação vigente.
Para garantir a segurança necessária na troca de dados de pacientes é preciso investir em medidas robustas de segurança, como a criptografia de ponta a ponta, identificação eletrônica de usuários dos sistemas, entre outras soluções.
Mais uma das etapas a serem seguidas é o estabelecimento de parcerias com fornecedores das tecnologias usadas para a interoperabilidade. Assim será possível criar um ambiente de trabalho mais coeso, e se manter continuamente atualizado sobre as inovações operacionais dos sistemas utilizados.
Tecnologias e ferramentas necessárias
Como tudo que envolve tecnologia precisa de investimento, as organizações de saúde precisam integrar sistemas, que conversem entre si para que a troca de dados se torne uma realidade.
E podemos citar como exemplos a integração de dispositivos médicos, como os aparelhos que monitoram os sinais vitais, aplicativos que atuem na área de saúde, de forma a permitir um fluxo de dados constante e eficaz.
As ferramentas tecnológicas são indispensáveis, e podemos citar os softwares de gestão hospitalar, os sistemas de prontuários eletrônicos, as plataformas de telemedicina que sejam capazes de se comunicarem entre si.
Só que para alcançar o potencial máximo de utilização dessas ferramentas é preciso oferecer aos profissionais treinamento constante para que seja possível utilizar da maneira mais adequada os sistemas interoperáveis. Investir na capacitação dos colaboradores é fundamental para obter sucesso no processo.
Fonte: Blog Soluti
Sobre Soluti
A Soluti é uma IDTech que fornece soluções inovadoras em Identidade Digital e Assinaturas Eletrônicas.
O Grupo Soluti nasceu em abril de 2008 como uma pequena prestadora de serviço na área de Certificação Digital, em Goiânia (GO). Começou com o sonho de 3 irmãos empreendedores: Cassio Sousa, Flavia Sousa e Vinicius Sousa. A empresa deu seu primeiro grande salto ao se tornar produtora e vendedora de Certificados Digitais, concorrendo diretamente com os grandes players do mercado. Em 2012, se tornou uma Autoridade Certificadora de Nível 1, a primeira fora de São Paulo.
Com uma política comercial agressiva, em pouco tempo já estava praticamente em todos os Estados brasileiros. O Grupo Soluti detém hoje 40% do mercado nacional de Certificados Digitais, com aumento médio anual de 15% a 20% desde 2015.
Nos últimos anos, o Grupo Soluti vem mudando o seu perfil, ampliando-o para uma empresa de soluções tecnológicas. Com aproximadamente 600 colaboradores diretos no País, tem expandido a sua atuação no mercado por meio de aquisições de empresas que são referências no setor. Neste ano de 2024, criou a Everest Digital e passou a oferecer aos seus clientes o primeiro Data Center Tier III na Região Centro-Oeste do Brasil. Também neste ano adquiriu a empresa Identity del Peru S.A, proprietária da plataforma de assinatura Intellisign, dando um importante passo para a sua internacionalização.
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