A principal diferença entre o dinheiro físico e o Real Digital é que o último não poderá ser convertido em cédulas físicas
Por Soluti ID Tech
Quantas notas e moedas você carrega consigo na carteira? Provavelmente, muito pouco ou quase nada. Em razão disso, o Real Digital, a nova moeda digital brasileira, tem sido um tema de muitas discussões.
De acordo com o Banco Central, somente 3% do dinheiro atualmente disponível para operações ainda está no formato de papel-moeda. Além disso, de 2019 para 2020, as transações feitas por meio de dispositivos móveis cresceram 35%.
De acordo com o Banco de Compensações Internacionais (BIS), aproximadamente 86% dos Bancos Centrais internacionais têm interesse na criação de uma moeda digital. Inclusive, desses, 60% já estão estudando a possibilidade de lançá-la, no Brasil, não é diferente. Continue a leitura e saiba mais sobre o Real Digital.
O que é o Real Digital?
O Real Digital pode ser entendido como a versão digital do real em espécie. Ou seja, é a moeda brasileira no formato digital. Sua emissão é de competência do Banco Central (BC).
Ela é uma CBDC. Isso quer dizer que é uma Central Bank Digital Currency. Na tradução, podemos entender como “Moeda Digital do Banco Central”.
O projeto de uma CBDC no Brasil tem previsão de lançamento para 2024. Seu foco é digitalizar a moeda fiduciária e facilitar as transações financeiras.
Com um CBDC do Real, qualquer pessoa poderá utilizar o dinheiro para fazer suas transações. Sejam elas compras, pagamentos e realizar investimentos.
Com o Real Digital será possível fazer basicamente tudo que já é feito. Porém, o maior benefício é que a moeda será lastreada ao real em espécie.
Por meio do Real Digital será possível realizar todas as transações costumeiras do dia a dia, mas em um formato de transação único que transforma o dia a dia dos Bancos Centrais.
Eles começam, a partir disso, a lançar dinheiro digital ao invés de notas e moedas em espécie.
A partir desse movimento, de troca de produção de dinheiro, os bancos centrais vão começar a economizar com impressão de dinheiro. Afinal, a moeda digital não possui os mesmos gastos de emissão que a moeda em espécie. Com isso, é possível proporcionar maior segurança e economia. Claro, além de ser algo completamente regulado pela autoridade monetária.
Real digital x Real físico: qual a diferença?
A principal diferença entre o dinheiro físico e o Real Digital é que o último não poderá ser convertido em cédulas físicas. No lugar da nota em formato de papel, serão gerados códigos pelo Banco Central, onde estarão os valores correspondentes da moeda.
O Real Digital será emitido pelo próprio Banco Central, assim como acontece atualmente. Sua distribuição ocorrerá por meio das instituições financeiras, bancos e organizações que participam dos sistemas de pagamento atuais. Após isso, ele poderá ser usado normalmente pelos usuários.
Inclusive, a proposta da criação do Real Digital é que ela seja usada da mesma forma que o atual dinheiro em formato de papel. Ou seja, para a realização de compras, pagamentos e demais transações. Para isso, basta ter um aplicativo de carteira no smartphone para que sejam feitas as transações.
De forma complementar, o Real Digital poderá ainda ser usado em qualquer lugar do mundo, sem que seja necessário realizar a conversão em bancos. Com isso, há redução na emissão de papel-moeda.
O Real Digital é uma criptomoeda?
Dúvida que pode ser frequente entre a maioria das pessoas, mas que tem uma resposta simples e direta: não! O Brasil não está visando o desenvolvimento e criação de uma criptomoeda.
Apesar de ambas serem pensadas para o ambiente virtual, há diferenças entre as moedas digitais e o Bitcoin, por exemplo. A principal delas está relacionada com a questão da administração. A moeda digital é administrada e distribuída de forma centralizada — ela está sob o domínio do Estado Emissor.
As criptomoedas não possuem um dono específico. Ele é determinado pelos próprios usuários e, com isso, são descentralizadas. Além disso, as criptomoedas são consideradas ativos financeiros, enquanto que a moeda digital faz somente algumas transações.
No que o Real Digital pode ser usado?
Conforme informações divulgadas pelo Banco Central, confira a seguir as aplicações que estão sendo previstas para o Real Digital brasileiro:
– Uso em massa no comércio de varejo. Ou seja, uso constante pela maioria da população para transações simples;
– Aplicação nos sistemas de pagamentos online atuais e numa nova modalidade offline em desenvolvimento;
– Distribuição imediata da moeda digital por meio de sistemas de pagamentos;
– Possibilidade de aumento de modelos de negócios inovadores e focados em tecnologia avançada.
Mas, e o que de fato vai mudar no dia a dia? Uma das principais propostas do uso do Real Digital também está relacionada com o aumento da implementação da Internet das Coisas — IoT — na maioria dos dispositivos brasileiros.
Na prática isso significa que, por exemplo, a smart TV pode identificar que a assinatura de um canal ou serviço de streaming está próximo do final do contrato e assinar novamente com o uso do Real Digital.
Quais são as vantagens do Real Digital?
A principal vantagem relacionada ao dinheiro digital no Brasil é a segurança que a moeda irá proporcionar a todos. O processo será encadeado por chaves e pelo Blockchain, deixando tanto a moeda quanto suas transações muito mais seguras. Ou seja, será muito mais complexo conseguir corromper esse sistema.
Outro aspecto positivo é a redução de custos e gastos relacionados à produção da moeda em papel. O Real Digital elimina a manutenção da nota de papel, bem como sua impressão. Entretanto, vale lembrar que isso não significa que o dinheiro em espécie vai acabar.
A expectativa é que o CBDC chegue à maioria da população e que a adaptação aconteça aos poucos, mas a proposta é mostrar que o país está buscando a adaptação às novas tecnologias e inovações. O Banco Central está proporcionando atualizações e melhorias ao sistema financeiro atual.
Por último, outra vantagem do Real Digital é a realização de compras internacionais. Será possível utilizar a carteira de moeda digital para fazer pagamentos ou transferência sem que seja preciso ir até um banco físico para a realização da conversão para outra moeda.
Da mesma forma que o PIX, o Real Digital irá agilizar a liquidação das operações financeiras, sejam nacionais ou internacionais.
Fonte: Soluti Responde
Sobre Soluti
A Soluti é uma IDTech que fornece soluções inovadoras em Identidade Digital e Assinaturas Eletrônicas.
O Grupo Soluti nasceu em abril de 2008 como uma pequena prestadora de serviço na área de Certificação Digital, em Goiânia (GO). Começou com o sonho de 3 irmãos empreendedores: Cassio Sousa, Flavia Sousa e Vinicius Sousa. A empresa deu seu primeiro grande salto ao se tornar produtora e vendedora de Certificados Digitais, concorrendo diretamente com os grandes players do mercado. Em 2012, se tornou uma Autoridade Certificadora de Nível 1, a primeira fora de São Paulo.
Com uma política comercial agressiva, em pouco tempo já estava praticamente em todos os Estados brasileiros. O Grupo Soluti detém hoje 40% do mercado nacional de Certificados Digitais, com aumento médio anual de 15% a 20% desde 2015.
Nos últimos anos, o Grupo Soluti vem mudando o seu perfil, ampliando-o para uma empresa de soluções tecnológicas. Com aproximadamente 600 colaboradores diretos no País, tem expandido a sua atuação no mercado por meio de aquisições de empresas que são referências no setor. Neste ano de 2024, criou a Everest Digital e passou a oferecer aos seus clientes o primeiro Data Center Tier III na Região Centro-Oeste do Brasil. Também neste ano adquiriu a empresa Identity del Peru S.A, proprietária da plataforma de assinatura Intellisign, dando um importante passo para a sua internacionalização.
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