As áreas de inteligência de mercado brasileiras são novas e pequenas, com 1 ou 2 colaboradores (40,9%), e atendem principalmente aos departamentos de vendas (58,5%)
O potencial da área de inteligência de mercado, responsável pela análise de dados que orienta decisões empresariais, não é totalmente explorado por empresas brasileiras. Essa é uma das conclusões do Mapa da Inteligência de Mercado, pesquisa elaborada pela Análise Econômica, consultoria econômico-financeira nativa digital, que ouviu mais de cem profissionais de grandes empresas, associações e startups.
Majoritariamente, as áreas de inteligência de mercado das empresas brasileiras são pequenas, com apenas um ou dois colaboradores (40,9%), e as áreas que mais demandam análises são as de vendas (58,5%) e marketing (15,9%), seguidas pelas áreas de produtos (5,3%), compras, financeiro e alta gestão (cerca de 3,2% cada).
“A inteligência de mercado permite que as empresas compreendam melhor o ambiente competitivo, identifiquem tendências emergentes e antecipem mudanças. Essa capacidade de análise e previsão é fundamental para a tomada de decisões informadas, com mitigação de riscos e identificação de novas oportunidades de crescimento”, afirma Franklin Lacerda, CEO da Análise Econômica.
Tipos de dados e entregas
Grande parte das áreas de inteligência de mercado (86%) lida com informações externas, sendo mais utilizados dados sobre empresas concorrentes (22%), público-alvo (19,9%), produção do setor (19,5%), macroeconômicos (18,3%), de geolocalização (14,5%) e outros (5,8%). Os principais fornecedores são consultorias (41,9%), associações do setor (18,9%), startups (12,2%) e birôs (9,5%).
Os times são alocados dentro de departamentos de vendas/comercial (32,9%), marketing (32,9%), planejamento estratégico (17,8%) ou em outros departamentos menos comuns (16,4%), como financeiro, operações, inovação e produtos. E os softwares/aplicativos mais utilizados pelas áreas de inteligência de mercado são Excel (41%), Power BI (24%) e PowerPoint (19%).
“O Excel reina, o que remete a uma infraestrutura de dados pouco desenvolvida em boa parte das empresas brasileiras. Há um espaço enorme para uso de novas ferramentas que tornem os dados cada vez mais seguros e relevantes ao negócio, desde planejamentos até tomadas de decisão”, pondera o CEO da Análise Econômica.
Perfis das empresas e dos profissionais
A pesquisa também aponta que a maior parte dos profissionais de inteligência de mercado estão em grandes empresas (91,4%) enquanto minoria atua em startups e fintechs (8,6%). Quase dois terços dessas empresas são do setor de serviços, com destaque para as áreas de tecnologia da informação (8,3%), bancos (6%) e transportes e logística (4,8%).
A pesquisa também revelou que a maioria dos profissionais entrevistados têm entre um e cinco anos de experiência na área de inteligência de mercado (44,1%) e possuem formação em economia ou administração (52%). Mais da metade (53,8%) nunca fez curso de inteligência de mercado, e grande parte desse grupo (62%) deseja fazer cursos da área, de data science e/ou de inteligência artificial.
“Esse dado nos revela um pouco sobre as tendências e os conhecimentos que rondam o segmento, como data science e inteligência artificial. Os profissionais reconhecem a necessidade de se atualizar e se familiarizar com a realidade dos negócios, com o ambiente externo e com as conexões entre ambos”, finaliza o CEO da Análise Econômica.
Sobre a Análise Econômica
Fundada em 2015 por Franklin Lacerda, André Galhardo e André Prado, a Análise Econômica (AE) é uma consultoria econômico-financeira nativa digital que atende grandes empresas, associações e startups. Contribui com o crescimento de empresas com a produção de análises macroeconômicas e setoriais, desde o agronegócio até deep techs, bem como a construção de cenários e projeções. Produz conteúdos estratégicos que vão de economia e finanças a negócios e inovação, cursos e palestras, pesquisas customizadas, construções de índices, valuations e estudos de viabilidade econômico-financeiro.
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