55 milhões de toneladas de alimentos vão para o lixo todos os anos no Brasil. Varejo responde por 14% do desperdício
O Brasil é um dos 10 países que mais jogam comida no lixo em todo o mundo: são 55 milhões de toneladas de alimentos desperdiçados ao ano, desde o campo até a casa dos brasileiros. Desse montante, 14% são perdas ocorridas no varejo, caso dos supermercados.
Neste domingo, 29 de setembro, acontece o Dia Internacional contra o Desperdício de Alimentos, definido em 2019 pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) como um lembrete da importância da redução do desperdício.
Um grande desafio do desperdício no varejo é conseguir equilibrar ações que impactem o excesso de produto sem gerar efeitos na disponibilidade para os consumidores, o que derruba a venda.
Outro desafio é a crescente demanda por produtos frescos nos supermercados físicos, especialmente frutas, verduras e legumes, que são mais complexos de gerir e podem representar até 65% das perdas totais do varejo alimentar, segundo a última pesquisa do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga).
A complexidade para chegar nesse equilíbrio, especialmente em perecíveis, exige soluções sofisticadas. A startup Aravita, que usa inteligência artificial para melhorar a gestão de produtos frescos em supermercados, já é capaz de trazer resultados de diminuição do desperdício, ao mesmo tempo que também diminui as rupturas de produtos.
Com inteligência artificial, a empresa usa dados internos e externos, como histórico de vendas, indicadores macroeconômicos e clima para alimentar algoritmos e fazer a recomendação de compra de frutas, legumes e verduras pelos supermercados o mais próximo da perfeição por meio de previsão de demanda, gestão preditiva de estoque e simulação de cenários de abastecimento.
Desta forma, não haverá produtos além do necessário no estoque, reduzindo o desperdício de alimentos.
Esse olhar diferenciado também fez a empresa desenvolver seu próprio algoritmo de cálculo de rupturas, que identifica falta de vendas utilizando tickets dos consumidores ao invés de utilizar dados de estoque, que muitas vezes não são confiáveis, especialmente nessa categoria de produtos.
Uma das facilidades da solução da Aravita está na interface simplificada do software no tablet usado pelos funcionários de cada loja que inserem as informações no sistema, com recursos como mensagens de voz e ajustes simples que garantem agilidade e assertividade na gestão do estoque, eliminando as antigas tabelas.
A Aravita já está em 31 das 33 lojas do grupo St Marche – rede de supermercados presente na Grande São Paulo, Campinas e Santos com as marcas St Marche e Emporio Santa Maria. A Aravita já otimiza mais de 1000 SKUs da rede, que adota as recomendações de compra da startup em cerca de 80% das suas decisões. Em breve, todas as unidades do grupo estarão com a inteligência artificial da startup implementada.
”Ao otimizar as quantidades a serem compradas, existe uma diminuição do excesso de alguns produtos, que gera desperdício e prejuízo, e da falta de outros, que acarreta perda de vendas. Estamos em um momento crítico do planeta, em que a variabilidade climática só tende a aumentar. Quando você tem condições climáticas nunca vistas, o impacto no volume de produção, na qualidade e na durabilidade de frutas, verduras e legumes e a chance de aumentar o desperdício e impactar a população é ainda maior”, conclui Marco Perlman, CEO da Aravita.
Sobre a Aravita
A Aravita é uma startup de inteligência artificial que ajuda varejistas a otimizar a gestão de alimentos frescos, como frutas, verduras e hortaliças, reduzindo desperdício de alimentos e aumentando a disponibilidade de itens demandados. Desenvolvida no Brasil e no exterior e testada inicialmente no Brasil, a solução otimiza a compra e viabiliza novos patamares de eficiência nas operações de alimentos frescos nos supermercados, o que impacta diretamente na rentabilidade da rede varejista.
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