Cresce urgência no Brasil por segurança “by design” em cenário marcado por deepfakes, vazamentos em massa e ataques à infraestrutura crítica
Os pesquisadores da Check Point Software alertam para o aumento significativo dos riscos cibernéticos que ameaçam em particular o setor de telecomunicações, considerado hoje uma das infraestruturas críticas mais visadas por cibercriminosos e atacantes de nação-Estado mal-intencionados.
Segundo dados da Check Point Research, o primeiro trimestre de 2025 registrou um crescimento de 94% nos ataques semanais contra o setor de telecomunicações no mundo, totalizando 2.664 ataques por organização por semana. Essa tendência acompanha o avanço de tecnologias como 5G, Edge Computing (computação de borda) e inteligência artificial (IA), que, apesar de impulsionarem a inovação, também ampliam a superfície de ataque digital.
A crescente integração da IA nas telecomunicações está gerando novas vulnerabilidades. De acordo com um estudo da Nvidia, 90% das operadoras já utilizam IA sendo que 48% estão em fase de testes e 41% em fase de implantação ativa. No entanto, a mesma tecnologia também está sendo usada por criminosos para aplicar golpes sofisticados — como o uso de deepfakes e ataques de engenharia social por meio de chatbots.
No Brasil, os riscos cibernéticos têm se materializado de forma alarmante. De acordo com dados da Check Point, o setor de telecomunicações foi o maior alvo de ataques cibernéticos, com quase 5 mil ataques por semana. Em setembro de 2024, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Polícia Federal foram alvos de ataques cibernéticos que geraram instabilidade em seus sistemas.
Além das consequências econômicas, os ataques podem gerar colapsos em serviços essenciais, como sistemas de emergência, hospitais e transações bancárias. Um exemplo crítico ocorreu na Dinamarca, onde uma pane em uma grande operadora de telecomunicações comprometeu o atendimento hospitalar e as operações de resgate.
Para mitigar esses riscos, vários países, incluindo o Brasil, estão fortalecendo suas legislações e diretrizes. A Diretiva NIS2 da União Europeia, o programa voluntário Cyber Trust Mark da FCC nos Estados Unidos e a LGPD brasileira são exemplos de esforços para exigir segurança desde o desenvolvimento em produtos e serviços.
A Check Point destaca que as operadoras devem ir além da conformidade regulatória e adotar a cibersegurança como função estratégica. Algumas práticas recomendadas incluem:
- Red teaming de IA: simulação de ataques a sistemas com IA para identificar vulnerabilidades;
- Biometria de voz e detecção de deepfakes;
- Soluções avançadas de prevenção como Check Point GenAI Protect e ThreatCloud AI, com análise contínua de exposição a ameaças.
No Sudeste Asiático, operadoras que já adotaram soluções da Check Point conseguiram reduzir em 30% o tempo de resposta a incidentes, garantindo maior continuidade operacional em ambientes de 5G.
Para os pesquisadores, as telecomunicações são o sistema circulatório da economia digital. Proteger essa infraestrutura é proteger a sociedade como um todo. À medida que os ataques se tornam mais sofisticados, a resiliência cibernética precisa ser tratada como prioridade nacional.
Sobre a Check Point Software Technologies Ltd.
A Check Point Software Technologies Ltd é líder na proteção da confiança digital (digital trust), utilizando soluções de segurança cibernética com tecnologia de IA para proteger mais de 100.000 organizações em todo o mundo. Por meio de sua Plataforma Infinity e de um ecossistema aberto, a abordagem de prevenção em primeiro lugar da Check Point Software oferece eficácia de segurança líder do setor, reduzindo riscos. Empregando uma arquitetura de rede de malha (mesh) híbrida com SASE como núcleo, a Plataforma Infinity unifica o gerenciamento de ambientes locais, na nuvem e em ambientes de trabalho, oferecendo flexibilidade, simplicidade e escala para empresas e provedores de serviços.
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