A assinatura eletrônica exige mais governança com a regulamentação de IA, já que partes do fluxo utilizam automação para identificar pessoas, reduzir fraudes e acelerar validações
A assinatura eletrônica passa a exigir mais governança com a regulamentação de IA, já que partes do fluxo utilizam automação para identificar pessoas, reduzir fraudes e acelerar validações. No Brasil, o debate regulatório conecta inteligência artificial a decisões automatizadas e ao tratamento de dados pessoais, o que aumenta a exigência por transparência, rastreabilidade e possibilidade de revisão humana quando houver impacto relevante para o titular.
Para empresas, isso se traduz em questões práticas: onde existe inferência automatizada, quais dados são tratados, como a base legal foi definida e quais evidências ficam disponíveis para auditoria. Quando bem estruturada, a governança reduz contestação e retrabalho. Quando falha, eleva custo operacional e risco jurídico. O desafio é equilibrar segurança, experiência e eficiência.
Resumo
- Onde a IA aparece na jornada de assinatura eletrônica.
- Como alinhar LGPD, transparência e revisão humana.
- Governança, registros e auditoria aplicáveis ao fluxo.
- Abordagem baseada em risco e impactos regulatórios.
- KPIs para controle contínuo do processo.
Fatos rápidos
- Segundo a LGPD, o titular pode solicitar revisão de decisões tomadas exclusivamente por tratamento automatizado.
- A Lei nº 14.063/2020 define níveis de assinaturas eletrônicas para interações com entes públicos.
- A MP nº 2.200-2/2001 institui a ICP-Brasil como infraestrutura oficial de certificação digital.
Onde a regulamentação de IA afeta a assinatura eletrônica
Na prática, a IA não “assina documentos”, mas influencia decisões ao longo do fluxo. Isso ocorre em biometria facial, prova de vida, motores antifraude, extração automática de dados e roteamento para revisão humana. Esses pontos podem aprovar, reprovar ou adicionar etapas, afetando prazo, custo e experiência do usuário.
Por isso, o foco regulatório não é o documento, e sim o comportamento do sistema. Sempre que uma decisão automatizada puder gerar efeito relevante, como bloqueio ou exigência adicional, a organização deve justificar finalidade, base legal e manter evidências suficientes para auditoria e contestação.
Aplicação da governança em cinco etapas
Vejamos agora como funciona a parte prática.
1) Mapear pontos de IA na jornada
O primeiro passo é identificar onde há inferência automatizada e qual decisão ela influencia. Em fluxos com validação de identidade, por exemplo, práticas como liveness impactam diretamente a experiência. Em integrações, é essencial garantir logs e trilhas completas, como em uma API de assinatura eletrônica com rastreabilidade de eventos.
| Etapa | Uso de IA | Decisão | Evidência mínima |
| Identidade | Biometria | Aprovação ou reprovação | Método e resultado |
| Fraude | Score antifraude | Revisão humana | Score e regra |
| Documento | OCR | Extração de dados | Campos e auditoria |
2) Checar base legal e transparência
Cada ponto mapeado deve estar conectado a uma finalidade clara e base legal adequada. Transparência não significa excesso de texto, mas clareza sobre o que é feito, com quais dados e quais consequências são possíveis. A ANPD estruturou esse debate na Tomada de Subsídios sobre IA, organizada em princípios da LGPD, direitos dos titulares e boas práticas de governança.
3) Definir governança e revisão humana
Governança envolve definir responsáveis, regras de mudança e critérios de escalonamento. É essencial estabelecer quando a revisão humana ocorre, qual o prazo e quais evidências sustentam a decisão. A padronização desses critérios reduz inconsistências e facilita auditorias, como discutido em conformidade em assinatura digital.
4) Classificar obrigações por risco
O modelo regulatório em debate no Brasil adota abordagem baseada em risco. O Senado aprovou o texto que trata de avaliação de impacto algorítmico e obrigações para sistemas de alto risco. Em assinatura eletrônica, isso afeta principalmente identidade, antifraude e bloqueios automáticos.
Uma matriz simples costuma funcionar: baixo risco (automação sem efeito relevante), médio risco (fricção ou priorização) e alto risco (reprovação automática). Para cada faixa, definem-se controles proporcionais.
5) Monitorar KPIs operacionais
Governança só funciona com métricas. Os indicadores mais usados são taxa de fraude, falso positivo, tempo de assinatura, taxa de contestação e SLA de revisão humana. Esses KPIs mostram se o fluxo está rígido demais, lento ou gerando retrabalho jurídico.
| KPI | O que indica | Ação comum |
| Falso positivo | Usuário legítimo barrado | Ajustar thresholds |
| Tempo de assinatura | Atrito no fluxo | Otimizar etapas |
| Contestação | Risco jurídico | Reforçar evidências |
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- Como reduzir custos com assinatura digital: ajuda a avaliar a eficiência operacional.
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Checklist final para conformidade contínua
Um fluxo maduro segue um ciclo simples: mapear IA, definir base legal, garantir transparência, estruturar governança, classificar risco e monitorar KPIs. Esse modelo reduz surpresas regulatórias e mantém previsibilidade operacional. Assim, a regulamentação de IA deixa de ser apenas um debate jurídico e passa a integrar a rotina de gestão de assinaturas eletrônicas.
Quando esse ciclo está estabilizado, plataformas com trilha de auditoria, registros claros e opções de autenticação ajudam a sustentar a governança sem aumentar fricção. Nesse contexto, conhecer a solução de assinatura eletrônica da ZapSign pode apoiar a execução com simplicidade e rastreabilidade.
Perguntas frequentes (FAQ)
Quais usos de IA são mais comuns em assinatura eletrônica?
Biometria, prova de vida, score antifraude, OCR e detecção de anomalias. O ponto central é identificar qual decisão cada uso influencia.
Quando a revisão humana é necessária?
Quando a decisão automatizada gera impacto relevante, como reprovação automática ou bloqueio do fluxo.
O que deve constar em registros de auditoria?
Versão do modelo, regra de corte, resultado da decisão e evidências associadas ao evento.
Como reduzir a contestação em fluxos automatizados?
Com transparência proporcional ao risco, trilha de auditoria e critérios claros de revisão humana.
Quais KPIs ajudam o jurídico?
Taxa de fraude, falso positivo, tempo de assinatura, contestação e SLA de revisão.
Sobre a ZapSign

Criada em 2020, a startup brasileira ZapSign permite às empresas enviar documentos para serem assinados por meio de aplicativos de mensagens, como WhatsApp, e-mail ou qualquer outro canal de comunicação.
Com mais de 2 milhões de usuários ativos e mais de 40 milhões de documentos assinados, a plataforma apresenta interface simples e intuitiva, além de excelente custo-benefício.
Dentre os clientes, estão algumas das maiores empresas do país, como Itaú, Grupo GPA, Greenpeace, L’Oréal Brasil, Unimed e Rappi. Iniciou seu processo de internacionalização em 2021 e, atualmente, conta com clientes em 21 países. Faz parte da Truora, eleita a quarta melhor startup para jovens trabalharem no Brasil, segundo o ranking Employer for Youth (EFY).
ZapSign faz parte do Grupo Truora, uma empresa com mais de 6 anos de experiência na geração de soluções tecnológicas que simplificam a comunicação entre clientes, usuários, fornecedores ou colaboradores.
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