Embora o e-commerce tenha tido queda tanto nos sites quanto aplicativos, dados apontam que, até 2026, o setor crescerá 20% ao ano
Agilidade nos processos e na entrega aos clientes é um dos problemas a serem solucionados, afirmam especialistas.
Segundo Magis5, uso de ferramentas de automação se torna imprescindível para agilizar tarefas, expedição, controle de estoque e potencializar estratégias a fim de alcançar o consumidor.
O e-commerce não viveu o seu melhor momento em 2022. Além da volta das lojas físicas, outras variáveis influenciaram a desaceleração das vendas on-line, como juros altos, eleições, Copa do Mundo e alta da inflação.
Dados analisados durante o ano e na Black Friday pela Magis5, hub de automação e gestão completa para e-commerces nos marketplaces, apontam que a sexta-feira mais aguardada do ano não atingiu as expectativas para a data.
Contudo, o mês de novembro passado como um todo teve alta de 21,7% no GMV (volume bruto de mercadoria) médio por cliente em relação ao ano passado.
“Em 2022, a base de clientes da startup teve um ticket médio de R$ 109,84. Levando em conta todos os marketplaces que possuem integração, o valor foi acima dos R$ 100,96 vistos na Black Friday”, destaca Claudio Dias, CEO da Magis5.
Com base nos clientes atendidos pela startup, os marketplaces que tiveram maior número de pedidos de vendas on-line foram: Mercado Livre (46,4%), Shopee (40,1%), Magazine Luiza (5,1%) e Americanas/B2W (4,1%).
Tendências para 2023
Embora o e-commerce tenha tido queda de audiência, tanto nos sites quanto aplicativos, dados da plataforma de pagamentos Nuvei, desenvolvido pela Americas Market Intelligence, apontam que, até 2026, o setor crescerá, em média, 20% ao ano.
Em geral, o comércio eletrônico tende a continuar sendo excelente alternativa de compra, porém, este ano, percebeu-se uma ansiedade maior dos consumidores para receber os produtos comprados.
“Além dos desafios externos, os empreendedores tiveram um público mais ansioso e com vontade de ter o seu produto o mais rápido possível em suas mãos. Isso devido às mudanças de hábitos de consumo, frutos da pandemia e com a volta das lojas físicas. Portanto, no próximo ano, a tendência é que cada vez mais o processo de expedição dos lojistas seja mais rápido”, revela o CEO.
Para Dias, nesse cenário as empresas que atendem no ambiente físico e virtual têm vantagem. “Elas conseguem integrar diferentes canais, nos quais o consumidor pode comprar on-line e retirar pessoalmente, ou experimenta algo pessoalmente e finaliza a compra somente no virtual. Isso dá mais autonomia e melhora a experiência do cliente”, sublinha.
Em se tratando de métodos modernos de pagamento, o pix tem se tornado mais popular e reduz a utilização do boleto pela praticidade.
“O Mercado Pago, plataforma do Mercado Livre, que faz a intermediação dos pagamentos, expandiu o uso do pix no segundo trimestre em torno de 130% e reduziu em 33% o uso de boletos em relação ao mesmo período de 2021”, complementa Claudio.
Outra tendência em tecnologia é o uso de ferramentas de automação, independentemente do porte e segmento da empresa. Esses softwares permitem maior agilidade nas tarefas internas, expedição, controle de estoque e potencializa estratégias para atingir o consumidor.
Desafios e conquistas
Diferente do que ocorreu este ano com demissões em massa nas startups, a Magis5, da cidade de Rio Claro, interior de São Paulo, teve saldo positivo com relação ao número de contratados. Somente em 2022, foram 47 novos profissionais na empresa. Hoje, são mais de 80 pessoas na equipe.
“Esse número reflete no desempenho da startup, na alta da demanda, captação e manutenção de clientes, o que faz necessária a busca por mais profissionais”, comemora o CEO. O objetivo é alcançar a marca de 100 colaboradores ano que vem.
Para isso, a empresa pretende, em 2023, superar o desempenho deste ano e dobrar a base de clientes do hub de automação e gestão nos marketplaces.
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