A BNCC – Base Nacional Comum Curricular, etapa do ensino médio foi aprovada pelo CNE – Conselho Nacional de Educação.
A Brasscom e outras instituições signatárias do documento pleiteavam que o ensino de computação fosse contemplado.
O artigo XX traz o seguinte texto: Art. XX Cabe ao Conselho Nacional de Educação emitir normas complementares com orientações específicas para:
I. Conteúdos e processos referentes à aprendizagem de computação na educação básica;
Leia o documento da Brassom
SER PROTAGONISTA DO SEU TEMPO, DESAFIO DA BNCC PARA O ENSINO MÉDIO
Na BNCC – Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho1.
Entre as características marcantes do século XXI estão a interconectividade e as transformações causadas pela tecnologia digital, assim como o fenômeno da plataforma de dados, que facilitam e ampliam as oportunidades e formas de ensinar e aprender, de relacionar-se e de inserir-se social e economicamente nos mais diferentes contextos.
Tais transformações requerem o desenvolvimento de competências e habilidades que, se não ensinadas e aprendidas, dilatam as lacunas de adversidades daqueles que não tem acesso, conhecimento ou domínio das tecnologias geradas pela área da computação, atuais e futuras, cujo uso e produção fazem partes das demandas complexas da vida cotidiana.
Ao constatar a transversalidade destas tecnologias digitais no nosso cotidiano, percebemos que elas são fator imprescindível ao desempenho das atividades, das mais simples e variadas até as mais complexas. Descortina-se, a partir desta constatação, duas perspectivas: a do usuário, beneficiário, aderente ao uso e que utiliza a tecnologia digital como o meio para realização das suas atividades, que até os dias atuais, no nosso País, é a que ensinamos e aprendemos; e outra, de oportunidade de criação, protagonismo, ocupação, emprego e profissão, que produz tecnologicamente aquilo que ele e a sociedade utilizam agora e no futuro.
Conclui-se, a partir destas visões, que a educação moderna precisa contemplar esses fundamentos para que as pessoas não fiquem alijadas dos benefícios advindos da tecnologia digital, e também para que a sua democratização induza a uma geração de protagonistas do seu tempo.
De outra frente, espera-se que desperte a vocação, o interesse, a consciência da própria aptidão e o acesso às oportunidades de trabalhos qualificados de criar, desenvolver e produzir tecnologias que melhorem suas vidas, a de outros e a sociedade.
Neste sentido, as instituições que subscrevem este documento consideram que o ensino de computação – a exemplo de linguagem de programação, algoritmos básicos e ferramentas de manuseio de dados – colabora de maneira única para formar as competências necessárias no Ensino Médio, portanto, é fator de extrema importância para a preparação da população do nosso País. Recomendamos que a inserção curricular contemple três aspectos.
O primeiro é a cultura digital, onde há a busca pela compreensão dos impactos das tecnologias digitais na sociedade de forma contextualizada e crítica.
O outro aspecto é o mundo digital, que explica como a informação pode ser codificada e organizada para que possa ser processada, armazenada e transmitida de um ponto a outro. E, por fim, o pensamento computacional, que é a capacidade de sistematizar, representar, analisar e resolver problemas através da construção e implementação de algoritmos.
Desta forma, entendemos que o Brasil colherá os resultados em um curto espaço de tempo, pois pensamento criativo, cooperação, espírito crítico, adaptabilidade, tendência à inovação, são características desenvolvidas pela computação e extremamente desejáveis a bons profissionais do século XXI.
Acreditamos que esse ajuste na BNCC – inclusão de ensino de computação – também contribuirá para promover o acesso às oportunidades almejadas, a equidade educacional e o incentivo ao protagonismo dos nossos estudantes.
1 BNCC, Documento Base, Página 8
A cultura digital precisa chegar aos nossos jovens – Movimento BNCC
Base Nacional Comum Curricular do ensino médio, BNCC, é aprovada pelo Conselho Nacional de Educação – Matéria publicada no G1
Segundo o presidente da comissão da base, o documento aprovado prevê que apenas português e matemática tenham carga horária obrigatória em todos os três anos do ensino médio.
Por Elida Oliveira e Ana Carolina Moreno, G1
04/12/2018 12h35 Atualizado há 16 horas
Conselho Nacional de Educação aprova a Base Comum Curricular do Ensino Médio
Por Elida Oliveira e Ana Carolina Moreno, G1
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta terça-feira (4) a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino médio. Foram 18 votos a favor e duas abstenções. Essa foi a última etapa antes da homologação do documento, que servirá como orientação para os currículos de todas as escolas públicas e privadas do país.
Ao G1, o CNE afirmou que ainda não tem previsão de quando o documento final será divulgado ao público.
A BNCC tem caráter normativo e não precisa passar por votação no Congresso nem sanção presidencial. Porém, ela ainda precisará ser homologada pelo ministro da Educação.
A base define o conteúdo mínimo que os estudantes de ensino médio de todo o Brasil deverão aprender em sala de aula, e deve ser implementada em cada estado conforme as realidades locais. A previsão é que as mudanças estejam em vigor no início do ano letivo de 2020.
O documento, porém, foi aprovado após diversos protestos de professores, que eram contrários ao texto apresentado pelo Ministério da Educação em abril deste ano. Algumas das cinco audiências públicas previstas pelo CNE entre maio e agosto nas cinco regiões brasileiras chegaram a ser canceladas após protestos, como foi o caso do evento que aconteceria em São Paulo.
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