A Gestão de Ativos de Software ou SAM, da sigla em inglês ‘Software Asset Management’ ainda é um tema controverso e muito pouco conhecido em nosso país.
Por André Rangel Partner at HSCE Ltda.
Muitas vezes confundido com ‘auditoria de software’, é um assunto frequentemente ignorado pela maioria das empresas, e seletivamente ‘evitado’ pelas áreas responsáveis pela sua gestão dentro das empresas.
Há pouco mais de uma década, poucos grandes fabricantes faziam auditorias regulares de licenciamento de software no Brasil. De cinco anos para cá, este tipo de auditoria se tornou frequente, com a estruturação dos principais fabricantes de software globais, estabelecendo times locais de compliance com o apoio de grandes consultorias globais.
Ocorre que licenciamento de software não é um assunto de fácil digestão, e muitas vezes por este motivo, as empresas não dão a atenção devida ao tema, principalmente nestes tempos atuais em que a questão chave para CFO’s e CIO’s deixou de ser “será que vamos ser auditados?” para “quando seremos auditados?” pelos fabricantes dos softwares que utilizamos em nossa empresa.
Neste contexto, é importante estar preparado para o dia em que receberá a notificação para execução da cláusula de verificação de uso, presente em algum parágrafo no meio de dezenas, às vezes centenas de outros em seu contrato assinado com os fabricantes.
A questão chave para CFO’s e CIO’s deixou de ser: “Será que vamos ser auditados”? Para: “Quando seremos auditados”?
Muitas empresas se dão conta desta realidade justamente neste momento, o do confronto com esta situação nada cômoda, em que dependendo do resultado alguns milhares (ou milhões) de reais jamais previstos em seus orçamentos, lhe serão apresentados em uma fatura a ser liquidada em um prazo de meses. O que fazer em uma situação como essa? Como justificar este desembolso para os acionistas, conselhos, CEO’s?
A melhor forma de lidar com este tema é estar preparado. Mais do que nunca, informação é poder e estar bem informado sobre a situação de sua base de software não é mais uma opção e sim uma obrigação.
A Hands On Solutions está conduzindo uma pesquisa inédita no Brasil para avaliar como as empresas estão lidando com esta realidade, com o gerenciamento de seus ativos de software. A pesquisa está aberta, em fase de coleta de respostas para os interessados em participar neste link.
Compilando os resultados obtidos até aqui, eu gostaria de compartilhar alguns pontos interessantes.
[blockquote style=”2″]73% das empresas não reconciliam o software instalado com os contratos de origem, com frequência pelo menos anual[/blockquote]
De acordo com as respostas recebidas até agora, 73% das empresas não reconciliam o software instalado com os contratos de origem, com frequência pelo menos anual. Muitos clientes acreditam que instalando uma solução de mercado, paga ou de código aberto, garante uma boa base de informações sobre suas instalações porém ao receberem a visita dos fabricantes, são confrontados com situações que eram completamente desconhecidas, por exemplo, software instalado sem autorização em seus equipamentos, ou pior, software “modificado” para execução em pendrives (cracked portables). Resultado: desembolso para regularização, mesmo que sejam softwares sem a menor serventia para o negócio da empresa.
Mais um exemplo no campo da etapa de reconhecimento no inventário, ferramentas que não possuem algoritmos de reconhecimento por assinatura podem produzir resultados errados, ao não reconhecer soluções Adobe instaladas nas modalidades free trial, view only. Nestes casos estes produtos podem ser confundidos com as soluções on premise ou ainda serem enquadradas no novo modelo de negócios do fabricante, o Creative Cloud durante uma auditoria de licenciamento.
Ao longo dos anos um produto que apresenta muita controvérsia caso sua empresa não possua um controle adequado de licenciamento é o Microsoft SQL, que possui varias versões cujo custo varia de zero à cinquenta mil dólares. Este produto por exemplo necessita ser corretamente identificado e controlado, evitando tanto custos desnecessários quanto riscos de não conformidade.
Três em cada cinco empresas ainda nem pensa em estruturar um plano de ação para tratar de um tema de tamanha relevância
Ainda de acordo com os resultados colhidos até aqui, 64% das empresas sequer pensou em implementar um plano de SAM estruturado, ou seja, cinco anos depois da intensificação das atividades de auditoria de licenciamento no Brasil, praticamente três em cada cinco empresas ainda nem pensa em estruturar um plano de ação para tratar de um tema de tamanha relevância. Segundo estudos do Gartner, empresas que implementam processos estruturados de gestão de software conseguem reduções no custo total de tecnologia da informação na ordem de até 35%, já no primeiro ano de implementação.
Na Hands On Solutions, trabalhamos com a sua empresa antes ou durante auditorias de licenciamento de softwares, como membros de sua equipe, especialistas independentes em licenciamento de software, ajudando-o a reconciliar, otimizar e poupar dinheiro em licenças de software.
Segundo as respostas obtidas até o momento em nossa pesquisa, o número de empresas que já passaram por auditoria nos últimos doze meses já ultrapassa os que não receberam auditores. Das que foram auditadas no período, 12,5% receberam uma auditoria, 29,17% de duas a cinco auditorias, 8,33% de seis à dez visitas e 4,17% entre onze e quinze auditorias de licenciamento no período de doze meses.
E na sua empresa como é feito o controle sobre os ativos de software? Você tem essa informação atualizada e sob controle? Teria segurança em receber a visita de um auditor à partir da próxima segunda-feira, fornecer as informações de controle de sua empresa e dormir tranquilo quanto aos resultados da auditoria?
Participe de nossa pesquisa. São 32 perguntas objetivas, de múltipla escolha, baseadas na camada um da ISO 19770-1:2012, que trata especificamente de Inventário e reconciliação.
Onde tudo começa e a base de um bom programa SAM. Acesse a pesquisa aqui.
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Fonte: Linkedin
Partner at HSCE Ltda.