Cada vez mais a rede hospitalar do Brasil adere ao uso da tecnologia da informação para dar celeridade em seus processos, otimizar resultados e racionalizar o uso de insumos.
Laudos e registros médicos, que eram elaborados em papel, estão sendo substituídos por documentos totalmente digitais, reduzindo erros e minimizando a possibilidade de fraudes.
No entanto, todo esse processo de implantação de sistemas de Prontuários Eletrônicos do Paciente (PEP) requer a legalidade, a segurança e a credibilidade promovidas pela certificação digital padrão ICP-Brasil.
Atento a isso, o Hospital Samaritano, localizado no bairro de Higienópolis, em São Paulo, decidiu adotar , em sua rotina administrativa, procedimentos que visam dar mais segurança ao paciente, ao médico e ao próprio hospital. É o que explica o gerente executivo de Tecnologia da Informação do Hospital Samaritano, Klaiton Feretti Simão.
Para Feretti, este é um tripé imprescindível na evolução da rotina hospitalar. “A principal razão foi a segurança das partes envolvidas. A do paciente, por garantir que foi um profissional habilitado quem realizou o procedimento; a do médico, por garantir que somente ele pode agir em seu próprio nome e a da Instituição, por garantir que os profissionais certos estão realizando os procedimentos nos pacientes e registrando no sistema para consulta futura, em caso de necessidade”.
Em maio deste ano, um encontro realizado na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), e que contou com a participação do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), reuniu inúmeras entidades para debater e dar contribuições ao Conselho Federal de Medicina (CFM) no desenvolvimento de um projeto-piloto de implantação da certificação digital para médicos no país.
Feretti diz que há uma segunda razão para que o processo tenha sido implantado: a causa ambiental. Para o gerente, é possível diminuir a metade do volume de papel impresso somente no Hospital Samaritano. “A estimativa é reduzir em 50% o volume de papel gerado na Instituição. Nossa previsão é que haja uma redução em torno de 400 a 500 mil impressões mensais, como são cópias frente e verso, são 200 mil folhas que deixamos de utilizar”, destaca.
Outro ponto destacado por Feretti é a celeridade que o processo adquiri com a informatização dos procedimentos administrativos do hospital. “A agilidade com que a operação é realizada no sistema em relação à rotina anterior de imprimir e assinar os documentos é superior. Não é mais necessário localizar o profissional que inseriu a informação no sistema, para que ele assine a documentação, uma vez que agora o processo é sem papel e online”, enumera.
Perguntado sobre os benefícios que a certificação digital trouxe ao sistema informatizado do Hospital Samaritano, Feretti diz que “a certificação digital é o desdobramento natural e obrigatório do processo de eletrônico. Não faz sentido informatizar e continuar a trabalhar sob os mesmos paradigmas do processo não informatizado”, conclui.
O coordenador do Setor de Tecnologia da Informação do CFM, Goethe Ramoscom, explicou que o Conselho Federal de Medicina, por meio da Resolução CFM nº 1.821/07 (Publicada no D.O.U. de 23 nov. 2007, Seção I, pg. 252), aprovou as normas técnicas concernentes à digitalização e uso dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio de documentos dos prontuários dos pacientes, autorizando a eliminação do papel e a troca de informação identificada.
Ramoscom diz que “o CFM, por meio da Câmara Técnica de Informática em Saúde, onde o ITI está representado por sua assessoria técnica, tem estabelecido normas e orientações quanto à utilização de ferramentas de RES (Registro Eletrônico em Saúde). Além disso, o CFM começará a emitir, neste ano, o chamado CRM-DIGITAL (identidade médica em cartão de policarbonato com chip) que irá facilitar ao médico a obtenção de sua assinatura digital”, finaliza.
Fonte ITI
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