POR CAMILA FUSCO
FOLHA DE SÃO PAULO
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Na esteira da preocupação global sobre perda de dados agravada pelo caso envolvendo a Sony, uma pesquisa feita no Brasil revela que a população nacional está muito preocupada com suas informações pessoais.
Segundo o levantamento Security Index, produzido pela empresa de tecnologia Unisys e que apura os principais temores das populações sobre segurança, ter os dados bancários roubados é atualmente a maior preocupação dos brasileiros em relação às suas finanças.
Da base de 1.509 pessoas entrevistadas entre 18 e 65 anos, 86% temem ter os dados de cartões de crédito ou de débito roubados.
O medo é maior entre a população com menor escolaridade –beirando os 90%–, mas fica em torno de 81% mesmo entre aqueles com ensino superior.
“Os bancos têm hoje um dos melhores índices de governança do mundo, mas em geral, pelo fato de o usuário não se proteger devidamente, a preocupação recai sobre todo o sistema”, afirma Almir Alves, professor da FIAP.
Para André Vilela, da Unisys, porém, a interpretação é diferente.
“Quando se começa a impor mecanismos de segurança entre as instituições bancárias, as pessoas ficam em alerta do próprio risco”, diz.
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Entre a lista de preocupações, aparece também saúde pública, como epidemias e surtos de doenças (citados por 79% da base). Essa variável, segundo Vilela, tende a aumentar quando existem ocorrências como as da gripe suína, que deixaram a população mundial em alerta.
Na terceira colocação, citada por 77% da população aparece o temor de roubo de dados pessoais, como documentos de identidade e CPF, que podem servir de base para outros tipos de fraude.
MEIOS DIGITAIS
Apesar do temor de fraudes, os brasileiros abraçaram de vez os meios digitais para transações bancDe acordo com a pesquisa que será apresentada hoje pela Febraban no Ciab, evento de tecnologia da entidade, cerca de 55% das 56 bilhões de transações em 2010 são feitas eletronicamente.
Entre os canais usados, os caixas automáticos atingiram 32%, com 17,8 bilhões de transações. A internet atingiu 22,9%, ou 12,8 bilhões.
O serviço online cresceu 27,4%, ante 12,5% dos caixas eletrônicos. As agências representaram apenas 9% do total.
Fonte: FOLHA.COM 04/05/2011 – 07h15
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