Nesta semana uma reportagem assustou e trouxe uma reflexão importante sobre tecnologia: Uma servidora do Tribunal de Justiça do Amazonas retirou o nome do noivo do SPC com a assinatura eletronica do juiz.
O que aconteceu foi o que em muitos lugares temos notícia de acontecer: A tecnologia atropela o judiciário (e muitos advogados também) e as alternativas são assessores, colegas, amigos que possam operar a tecnologia para aquele que se julga inapto de utilizá-la.
Tivemos no RS um caso curioso que tive acesso: Um juiz do interior disse que não iria usar o BacenJUD (penhora on line) porque não sabia operar, ou seja, ele tinha acesso, tinha a senha, mas por não saber operar, não ia usar. Pelo menos este foi consciente que ele (juiz) é que devia usar e não um assessor qualquer.
Por óbvio, ululante, diáfano que nem todos assessores agem como a pessoa da reportagem. Contudo, quantos tribunais, comarcas são os assessores que usam as assinaturas digitais dos juízes?
A tecnologia deveria ampliar a comunicação, quebrar barreiras, tornar o judiciário mais justo. Mas, parece que em alguns casos estamos ficando refém dela.
A mesma situação estão passando os advogados. Basta falar em processo eletrônico/virtual para deixar muitos com cabelo em pé.
Certificação digital para alguns é grego. Escaner parece coisa do futuro.
Esta é uma realidade (processo virtual) que não irá mudar. Veio para ficar. Veio para agilizar o processo e talvez agilizar a justiça. Contudo, ainda temos muito o que ver e falar destas mudanças.
A solução (e não existe apenas uma) passa pela qualificação profissional/tecnologica dos usuários, bem como conscientização que a tecnologia veio para auxiliar e não para atrapalhar (embora as vezes não pareça bem assim).
E para você? Como a tecnologia impacta no seu dia a dia?
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr
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