A UL do Brasil, por meio de sua divisão Transaction Security (TS), foi homologada recentemente para prestar serviços de certificação dos processos internos de biometria aos bancos do país.
A validação em biometria, que foi concedida após analise da capacidade técnica da UL e de sua equipe no Brasil e exterior, tem caráter indicativo, não gerando qualquer obrigação de contratação por parte das entidades financeiras.
“Trata-se de um passo muito importante para avançarmos nas discussões com o mercado sobre os benefícios e desafios que a biometria está trazendo”, avaliou Marcos Nunes, diretor de segurança digital da UL na América Latina. “Nosso objetivo a médio prazo é incentivar e ajudar ativamente na implementação de um padrão brasileiro para o uso da biometria por bancos e demais entidades financeiras, como já está em discussão em outros países”.
Atualmente, a UL colabora com a FIDO Alliance (consórcio internacional integrado por bancos, operadores de cartões de crédito e empresas de tecnologia) para a padronização de práticas e processos relativos à biometria em transações financeiras.
Ao utilizar dados físicos como a impressão digital ou traços faciais para confirmar a identidade de uma pessoa, a biometria alia segurança a conveniência. “Processos para identificação e liberação de pagamentos que hoje exigem a checagem de diversas senhas e dados pessoais, exigindo tempo e paciência do cliente, podem ser simplificados ao ponto de, no futuro, as pessoas não precisarem mais carregar consigo uma carteira”, analisa Marcos.
Mas, para atingir este ponto, a tecnologia deve avançar e o uso da biometria deve ser combinado com outras formas de validação. Em um hackathon dedicado a biometria realizado pela UL em julho do ano passado, um grupo conseguiu enganar sistemas de segurança baseados na leitura de impressões digitais com o uso de películas em alto relevo simulando os traços do dedo de outra pessoa, feitos a partir de simples imagens do polegar.
“Os sistemas baseados na biometria também possuem falhas e nosso papel é ajudar as instituições a aperfeiçoarem suas práticas e garantirem os benefícios desta tecnologia a seus clientes”, afirmou Chen Chi, líder de Advisory e Inovação da UL Transaction Security na América Latina.
A possibilidade de haver trocas seguras de informações entre os diferentes players é outra importante prática para reduzir fraudes. “Por exemplo, seria impossível uma mesma pessoa abrir contas em bancos diferentes usando dados e documentação falsa se estas entidades trocassem dados biométricos entre si”, considera Marcos.
“Para isso, é fundamental termos um padrão único no Brasil, que garanta a diversidade de soluções, mas integre a base de dados. Vemos a preocupação do setor em homologar empresas para a certificação de processos internos de biometria como um primeiro e importante passo neste sentido”, complementa Chen.
Sobre UL
A UL nasceu em 1894, criada por William Henry Merrill em Chicago. Com apenas três colaboradores e um orçamento anual de USD 3,000, a UL publicou sua primeira norma em 1903 com foco em portas corta-fogo. Em 1905, a empresa começou a trabalhar com extintores de incêndio e luzes de Natal. A partir de então, a UL se estabeleceu como uma empresa pioneira para novas tecnologias. Participamos do processo de ensaio dos primeiros rádios, dos primeiros aparelhos de televisão, das primeiras máquinas de lavar, entre outros produtos que mudariam o cotidiano das pessoas.
Em 1916, a UL começou sua expansão global a
brindo um escritório em Londres. Nos cem anos seguintes, a empresa continuou esse processo e hoje temos clientes em mais de 100 países e nossos mais de 10.000 colaboradores estão em mais de 40 países. Justamente por isso, hoje a UL é uma organização global reconhecida pelo seu conhecimento técnico e suas soluções inovadoras para os mercados nos quais atua.
Em 2014, a UL comemorou 120 anos e nesses mais de 100 anos de História, nossa missão de trabalhar por um mundo mais seguro se manteve e foi a base de todo nosso progresso.
Fonte: ABES